sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011

Tá chegando... 2011, para quem pensava que não passaria de 2010 é um prazer ver mais um novo dia raiar.

FELIZ NOVO ANO A TODOS.

Que a PAZ reine sobre todos os seus dias.
Que a HARMONIA habite seu lar.
Que a VALORIZAÇÃO do ser humano seja permanente.
Que as pessoas possam ser FELIZES.
Que a SAÚDE seja abundante.
E que o AMOR seja o único e verdadeiro vencedor.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo

Será só mais uma troca de data no calendário,
e não realmente um novo ano que começa,
se não o tentarmos fazer diferente.


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Morte do Amor ?

O amor morreu?
Não acredito. Quem o diria,
Mas ele estava tão bem,
Tão vivo, ainda outro dia.

A saudade tomou todo o peito,
não agüentou a solidão.
Apertou de tal jeito,
Que não suportou o coração

Passou a ficar na lembrança,
De quem do amor se lembrar.
Falar da esperança
De um dia, o amor reencarnar.

Mas se nunca mais ele vier,
Não se esqueçam,
Ele se foi desta vida,
Por muito amar a uma mulher.

O amor viverá para sempre,
No peito, escondido.
Ele se fará de deleite,
Em tudo que for sentido.

Não deixem o amor morrer.
Mantenha-o aquecido.
Assim não irás sofrer,
Por o deixar esquecido.


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sonhos.





Nada é mais seu,
do que seus sonhos.

Das lágrimas
vem a força para prosseguir.

É da solidão
que vem a cura dos males.

É na dor
que surge uma nova vida.

Alguns sonhos surgem devagar,
crescem aos poucos, se consolidam.

Outros, do nada, se transformam bem na sua frente
em uma parede enorme, que você tem de escalar,
para ver lá do alto o que antes você não via,
para alcançar o que se achava impossível.

Assim como aparecem,
os sonhos se vão,
e ficam as lembranças,
que com o incorrigível tempo
serão gradualmente desbotadas
e algumas até sumirão.

Mas basta uma pequena centelha de saudade
para que os sonhos renasçam das cinzas,
que achava-se que estavam apagadas eternamente,
assim como Fenix.

Os seus sonhos serão só seus,
Não espere que alguém compartilhe deles
com a mesma intensidade e dedicação
que você o faz.

Só não desista deles tão facilmente.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Aqui não tem

Estábulo aqui não tem
E muito menos manjedoura.
Tem muito neném
E uma paz sempre vindoura.

Aqui não tem Jesus menino
Nascendo em especial ocasião.
Aqui só tem falta de tino
E muito pouco coração.

Aqui a estrela não mostra o caminho.
Aqui os reis não dão presentes.
Aqui só tem só tem descaminhos
E muita gente ausente.

Aqui não tem pastores
com suas ovelhas a criar.
Aqui só tem dores
E muitas lágrimas a rolar.

Aqui é não Jerusalém.
Aqui não é magia.
Aqui é a terra do além,
Do além da hipocrisia.

Aqui não tem presentes de mirra, ouro e incenso,
Representando a realeza a pureza e a Fé.
Aqui só tem muito tormento
E muita gente sem fé.

Se lá era ruim
E Alguém veio salvar.
Vamos fazer assim,
Vamos este menino adotar.

Adote-O.
Coloque-O no peito.
Divida seu amor
Com este grande sujeito.

Deixe Ele morar
Em você sempre.
Você vai melhorar
E viver mais contente.

sábado, 25 de dezembro de 2010

É Natal !



Vamos fazer neste dia
o verdadeiro renascimento.
Que não haja barriga vazia,
só alegria e contentamento.

Vamos trazer neste dia
um pouco mais de amor.
Deixar de lado a hipocrisia
e dar um pouco mais de calor.

Vamos deixar neste dia marcado,
o quanto nos queremos bem.
Deixar as intrigas de lado,
e pensarmos um pouco mais além.

Vamos neste dia tentar
mostrar o verdadeiro amor.
E não só alguém abraçar
por obrigação ou seja lá como for.

Vamos... não é difícil,
é só deixar "rolar".
Esquecer o que fizeram conosco
e mais um pouco se dar.

Tentem, eu estou tentando.


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal ??????

Intolerância.
Irracionalidade.
Incompreensão.
Muita maldade.

Preconceito.
Desobrigação.
Fechar os olhos.
Solidão.

Sou mais forte !!!
As costas, vou virar.
Deixe-os a própria sorte !!!
Os braços, vou cruzar.

Posso, talvez, ignorar.
Não é problema meu.
Infelicidades sai prá lá,
Este mundo é só teu.

Lágrimas,
muitas lágrimas cairão.
A falta de estima,
Só leva a desunião.

Um dia,
espero que bem longe,
Tudo baterá a sua porta.
Veio, nem sei de onde.

Vamos procurar
Ser mais solidários.
A vida mostrará
Que não é só um questionário.

Ajudar.
Compreender.
Tolerar.
Enaltecer.

Não fará mal algum,
Uma mão amiga estender.
Ajudar a um ser comum
Só irá nos engrandecer.

CRISTO, até para morrer, estava com os braços abertos, descruze os seus.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Esta é uma música que "cola" e é difícil tirar.

Escolha sua versão e cole-a também.

Mais light.



Mais Balanço.



ou a original.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Esquecendo

Há dias em que a alma
se põe de joelhas a chorar.
Das vontades saídas da vida,
E que nunca mais vão voltar.

Há os pensamentos,
as idéias ainda resistem.
Insistem os novos momentos,
Naquilo que não mais existe.

No contorno das alianças,
No andar do desafio.
No entorno da perseverança,
Na imensidão do vazio.

Posto que um não sei o quê,
Toma conta de todo ar.
Para que brigar, eu e você,
é melhor deixar tudo prá lá.

Ainda que seja breve
O pequeno afastamento
Deve-se voltar mais leve,
Do escolhido isolamento.

Cheiro de mato,
Banho de cachoeira.
No corpo e na alma dão um trato
Renova uma vida inteira.

E por preciosos momentos,
Os problemas são esquecidos.
Ali todo tormento,
Se encontra adormecido.



domingo, 19 de dezembro de 2010

Lembranças

Escutando músicas me lembrei desta, do passado, que me levou a um lugar, quase ao pé de uma montanha, em uma noite um pouco fria, de lua cheia, e que haviam dois corações distantes e cheios de saudades.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Cais

Estou em um de um cais,
Ousado, que avança sobre o mar.
Escorado em longas pernas de pau,
Onde posso me sentar.

Olho, e vejo o seu fim,
Beirando o horizonte.
Onde junta céu e mar,
Onde talvez seja longe.

Vou caminhando,
Caminhando bem devagar.
Nas madeiras bem cortadas,
Que alguém as fez juntar.

Ao meu lado,
O mar bate nas pedras.
O barulho da batida
Até treme minhas pernas.

Mesmo assim sigo,
Quero no fim chegar.
Quero ver onde,
O fim deste cais vai dar.

Ao chegar,
no que penso ser o fim,
há uma praça a rodear,
me levando de onde vim.

Mas fico ali um tempo,
Observando a fúria do mar.
Ouvindo seu lamento,
Nas pedras a estourar.

Me lembro do tempo,
Em que cais não havia.
Onde só se lamentava,
Aquilo que não se vivia.

Hoje, lamento no cais,
O que aqui ocorreu.
O mar bate nas pedras,
E quem tem a dor sou eu.




sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Queixas

Coloca de lado,
Ali, no canto, deixa.
Tudo aquilo que foi falado,
Toda queixa.

No céu, decerto,
Um dia deixado será.
Toda imensidão do deserto
Que no coração ainda há.

O bem querer virá,
Iluminar o dia.
Nos braços teus vou me deixar,
Vivendo esta fantasia.

Quero parar o tempo,
Deixar acontecer.
Só lembrar o momento,
E me deixar adormecer.

No teu corpo chegar,
De maneira branda.
No teu peito pousar,
Como se fosse criança.

A loucura abastece,
de gotas o peito.
A mente não esquece
Do amor desfeito.

Vem logo,
Acaba com a maldade.
Apaga este fogo,
Termina a saudade.

Não mais dá!
O infantil afastamento.
Chega mais prá cá,
Refresca o abafamento.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sonho Real

Esta músca é muito antiga, 1984, mas é uma das mais bonitas que conheço.
Descreve, para mim, o que é esperado que se aconteça quando se encontra alguém que mexe com o coração da gente.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Palavras de Consolo

Depois da quase um ano, entre muitos silêncios e algumas revoltas, lutando pela saúde, buscava sempre a segurança naquele que é o Pai maior, a luta ainda não acabou e espero que ela dure ainda por muitos e muitos anos.
Esta música me fez muito bem, quantas e quantas vezes, na solidão da casa vazia, dobrava os joelhos no chão e no meio das lágrimas buscava ouvir uma palavra de consolo, e nesta música eu a ouvia.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Se...

Se o homem fosse mais brando,
e a mulher não deixasse tormento,
Se de cor só existisse o branco,
e na vida não houvesse lamento.

Não existiria a indiferença,
nos daríamos um pouco mais.
Acabaria toda diferença,
E teríamos muito mais paz.

Daríamos mais atenção,
as pessoas que nos são queridas.
Acalmaríamos nosso coração
Talvez fechássemos as feridas.

Se sonhos fossem verdades,
Por mais que parecesse utopia.
Deixaríamos de ser metades
Passaríamos a ser calmaria.

Se a morte não existisse,
E no destino fossemos pleno.
Talvez não houvesse crise,
E eu não dormiria no sereno.

Se pudesse te ter no bolso,
E prá onde fosse te levar.
Nunca entraria em calabouço,
Viveria sempre a amar.

De “SE” é feita a vida,
De quem vive muito a sonhar.
Procurando alma perdida,
Para na sua encaixar.

Enquanto a “vida” não vem,
Vagueia no mundo a girar.
Qual inseto em volta da lâmpada,
Doido, doido, prá se queimar.

Tome jeito na vida,
E deixe de tanto sonhar.
Ela é uma roda-viva,
E sempre vai te carregar.





Just Like You Do
Carly Simon

If you think you're alone
that you're the only one who is afraid
Let me tell you, I feel just like you do
And sometimes I stand back
From desires and dreams
I don't understand
They overwhelm me
I feel just like you do

(Chorus)
I feel just like you do
I feel just like you do
Just like you do
Just like you do
I feel just like you do
Just like you do
I feel just like you do

And when it comes to love
You want me to be the one to say
The words: I love you
But I feel just like you do
But let's try to return
To that brave innocence we once knew
I wish you were an ocean
So I could jump into you


Exatamente como você
Carly Simon

Se você pensa que está sozinho
que é o único que está com medo
deixe eu te falar, que eu me sinto exatamente como você
e às vezes eu também recuo
De desejos e sonhos
eu não entendo
eles só me deprimem
eu me sinto exatamente como você..

[refrão]
eu me sinto exatamente como você 2x
exatamente como você 2x
eu me sinto exatamente como você
exatamente como você..

E quando se trata de amor
Você quer que seja eu a dizer
as palavras: eu te amo
mas eu me sinto exatamente como você
Mas vamos tentar voltar atrás
àquela corajosa inocência que tivemos uma vez
Eu queria que você fosse um oceano
assim, eu poderia pular pra dentro de você

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Na contra-mão

Muitas vezes
andamos na contra-mão,
De propósito,
conscientes do perigo,
Mas andamos assim mesmo,
porque existe uma força maior
que nos leva por este caminho,
a força do amor.
Sofremos com a distância,
Amamos com a tolerância,
Moramos na esperança,
Trombamos com a razão.
E no caminho escolhido
Muitas e muitas vezes,
O lavamos
com as lágrimas derramadas
pela nossa incompreensão
do que nos faz seguir
este caminho árduo
e que não conseguimos retornar.
E é este amor de verdade
que cura as feridas,
seca as lágrimas,
engrandece o coração
toda vez que ele se sente
apertadinho.
A vida é assim,
Tem coisas
que não tem entendimento,
e por mais que tentemos
não encontramos explicação.
Quando o toque é forte
Nada irá te fazer
mudar de idéia.




domingo, 12 de dezembro de 2010

A menina do vestido Azul

E lá vem a menina,
descendo a ladeira,
com seu vestido azul,
florido.
Paro,
me escondo atrás de uma árvore
para vê-la passar,
privado de sentidos
me entrego a ela.
Que visão maravilhosa,
Ver a menina passar.
Pisando em versos,
andando em prosa,
deixando meu coração balançar.
Lá vai a menina,
E nem me olha.
Deixando seu brilho
ladeira abaixo.
Parece um sol.
Parece um sonho.
A menina do vestido azul,
Florido,
Andando e encantando
Quem tem o prazer
de por ela passar.

Em 1967, Antonio Adolfo e Tibério Gaspar fizeram esta musica que foi sucesso na voz do Simonal, bem que o vestido, em vez de branco, poderia ser azul e Sá Marina poderia ser "Sá Menina" (encantadora).

sábado, 11 de dezembro de 2010

Acabou....

Sinto a cortina fechar.
O ato acabou.
Todos se levantam e vão.
Só eu fico,
Perdido neste palco,
que antes era só vida
e emoção.
Ainda tento
esboçar algumas reações,
mostrar que ainda pode continuar
a peça da vida,
mas convencidos do fim,
todos se vão,
e nem olham para mim mais.
O tempo de alegrar,
de fazer rir,
e agradar
aos olhos e ouvidos alheios
acabou.
As luzes,
lentamente se apagam,
deixando a escuridão
envolver-me completamente.
O que faço agora?
Fico ou vou?
Sigo indeciso.
Ouço vozes,
Mas não sou ouvido.
Pranteio,
E alguns
pranteiam também,
inundando o coração
e o peito,
deixando os olhos
mais rubros ainda.
O sangue,
deste corte profundo,
Corre pálido pela face
dos que ficam.
E eu,
me vejo flutuar.....
para o eterno.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Anoiteceu

Anoitece,
e vejo surgirem as estrelas,
no mar.
Vago,
pela praia de asfalto,
dura e negra,
como minha alma
está agora.
O destino é ingrato
e não me mostra o caminho.
Só me mostra
um passo
de cada vez.
Não vejo nada mais
além disso,
não vejo o futuro.
Tateando,
Tento me livrar das teias,
Das tramas da vida,
que em mim
se enroscaram.
Sou simplesmente um passageiro
neste trem da vida.
Levado pelo condutor
para onde Ele assim desejar.
Antes olhava para o sempre,
Achava que nunca chegaria
o nunca mais,
mas a traiçoeira eternidade
se foi.
Agora tanto faz,
O que vier eu cato,
Como se fosse tesouro
Escondido na areia.
As palavras minhas,
Deixo no vento,
Para pousarem
Onde houver terra
mais fértil ,
por que esta aqui secou,
está árida de emoções
e felicidades.
Nem a chuva que provoco,
quase que constantemente,
a irriga mais.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Não te deixo

Não te deixo meus braços,
e sim os meus abraços.
Não te deixo meus lábios,
e sim os meus beijos.
Não te deixo meu coração,
e sim todo o meu amor.
Não te deixo meu corpo,
e sim a minha alma,
pois tudo o que eu não te deixei
se irá com o tempo,
Voltará ao pó,
e o que te deixo
viverá para sempre em você,
Nas nossas lembranças.
E estas sobrevivem,
ao tempo e ao espaço,
perpetuadas na memória.
O calor do abraço,
A doçura do beijo,
A enormidade do amor,
O envolvimento da alma,
Nada e nem ninguém
apagará estas lembranças.
Nada e nem ninguém
Se mostrará disposto ao desafio
Da entrega total.
Só quem ama.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Onde foi parar o tempo?

Onde foi parar o tempo?
O tempo da paciência,
O tempo da educação.
O tempo em que se ajudava
sem pensar a um ancião.

Onde foi para o tempo?
O tempo do reconhecimento,
O tempo da abnegação,
O tempo da ajuda,
Ajuda de irmão.

Onde foi para o tempo?
O tempo do respeito,
Tempo do amigo do peito.
Tempo em que não se tinha tempo
para se dizer um não.

Onde foi para o tempo?
O tempo do aperto de mão,
Tempo do abraço verdadeiro,
batido nas costas,
vindo do coração.

Onde foi para o tempo?
O tempo da calma da vida,
Tempo da vida vivida
e não da vida corrida
com tanta sofreguidão.

Onde foi para o tempo?
O tempo da conversa,
do bate-papo no portão,
em vez de se mandar e-mail,
quase que por obrigação.

Onde foi para o tempo?
Onde foi que nos perdemos?
Em busca de uma modernidade
Perdemos o que mais prezamos,
A verdadeira amizade.

sábado, 4 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Desejos

Quero sair de minha pele,
Deste embalagem de carne.
Quero ser o que se revele,
Quero ser, ser que parte.

Quero ser chuva de temporal,
Água que tudo inunda.
Quero ser canto madrigal
Que a noite já vai profunda.

Não quero ser só lembrança,
Não quero ser só um momento.
Quero ter muita esperança,
Quero beijo mensageiro.

Quero ser saudade,
Que arde só um pouco.
Quero ser insanidade,
Ou sanidade na cabeço do louco.

Quero ser vestido de festa,
Maquiagem de palhaço.
Quero ser o que não presta.
Quero ser estardalhaço.

Quero ser tiro de canhão,
Que de longe se escuta.
Quero ser a união,
E não um ponto de disputa.

Quero ser rosa vermelha,
Com perfume enlouquecedor.
Quero ser bebida que tonteia,
No momento do amor.

Quero dama-da-noite ser,
Que doce perfume espalha no ar.
Quero ser entardecer,
Com lua cheia a chegar.

Quero ser ladeira íngreme,
Para que possas em mim subir devagar.
Quero ser amor que vingue
Para nele perpetuar.

Quero ser montanha nevada,
Quero ser jardineira florida.
Quero teu amor de madrugada,
Minha amada muito querida.


Sinto muito...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pink Floyd

Uma breve história de uma banda que adoro, e estas músicas em particular sempre me tocaram, na mocidade nem entendia, só as achava muito bonitas. Depois vim a conhecer as letras e passei a gostar ainda mais. Desde os anos 70 quando estou meio que "down", coloco meus fones de ouvido, para não perturbar ninguém, aumento o volume e estas tocam tocam sem parar. As tenho escutado demais atualmente. Viajo muito, choro, desespero e a "zica" sai um pouco.

Pink Floyd foi uma banda de rock britânica do século XX famosa pelas suas composições de rock clássico harmónico, pelo seu estilo progressivo e pelos espectáculos ao vivo extremamente elaborados. A origem do nome "Pink Floyd" deve-se à admiração do fundador Syd Barrett pela arte dos músicos Pink Anderson e Floyd Council, do blues.É um dos grupos mais influentes na história do rock, além de um dos mais bem sucedidos, tendo vendido quase 200 milhões de cópias de seus álbuns.A produção The Dark Side of the Moon manteve-se no Top 100 Billboard de vendas durante mais de uma década e continua a ser um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.





quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sonhando

Ao deitar em meu leito
Me visto de sonolências
Ao leito logo me ajeito
Entregando-me as suas conseqüências

Do senhor dos sonhos profundos
Me faço mais um seguidor
Agora sou vagabundo
Deixo de ser sofredor

Em outros mundos passeio
Encontro com outro alguém
Ali não existe rodeio
Ali não devo ninguém

As vezes vem colorido
As vezes meio sem cor
Encontro com alguns amigos
Ou seja lá quem for.

Converso,
Discuto, sorrio.
Corro
Fujo do desafio

Ao retornar da aventura,
Junto com a alvorada.
As vezes há memória que dura,
Outras vezes não lembro de nada.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Falta de Tudo

Não tenho o dom das palavras
e nem o traquejo das linhas certas.
Ainda preciso de muitas lavras
Nesta minha curta vida de poeta..

Sem chance de um novo habitar
Me deito onde der.
Pode ser na rua, na chuva
Onde Deus me quiser.

As vezes nem sei mais quem sou,
Se sou eu ou sou um mutante.
Nem sei nem mais onde vou
Nesta avalanche de romance sem chance.

O frio no corpo range,
Querendo me congelar.
Esta má solidão abundante,
Só faz o frio aumentar.

Como queria revanche,
De novo o amor encontrar.
Não queria ser desmanche
Uma parte em cada lugar.

De tanto a ti esperar.
A carne me desfalece,
Do resto de vida que há,
Não há quem se compadece

Eu tento me perdoar,
De tudo de mal que já fiz.
Só queria de novo te encontrar,
E tentar ser um pouco feliz.

Um monte de abraços dados,
Um monte de olhar perdido.
Vejo tudo com cuidado,
no carinho escondido.

Um pouco de doçura,
uma dor inconsciente.
Um pouco de travessura,
Com alguém carente.

Vem, e em meus braços se deita.
Se deixe ali por algum tempo.
Vem, e de mancinho se ajeita,
Me faz parar este tormento.

domingo, 28 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Te Amo

Te amo no escuro,
Silenciosamente.
Te amo no obscuro,
Nos cantos de minha mente.

Te amo na solidão.
Te amo na imensidão.
Te amo de coração.
Te amo de paixão.

Te amo com afeto,
Como meu ser mais dileto.
Te amo como que escondido,
Te amo para não ser percebido.

Te amo calado.
Te amo em pranto.
Te amo fadado,
A outro desencanto.

Te amo na noite escura,
Sem nenhum luar.
Te amo na morte prematura,
Do que não era para tanto durar.

Te amo, e a ti me entrego
Com o tempo que ainda me resta.
Te amo, vida minha, e espero
Não ser só canto de seresta.

Doce encanto,
Que surgiu do nada.
És o acalanto
Que acompanha minha estrada.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fostes

Fostes como rosa de sal,
Como flecha que arde.
Fostes como roupa no varal,
Quando o vento bate.

Fostes como sonho bonito,
Que não se quer acordar.
Fostes como pássaro faminto
Que muito quer se alimentar.

Fostes a casa perdida no monte,
No meio da verde floresta.
Fostes o sol nascendo no horizonte
Que ilumina através da fresta.

Fostes mais, muito mais
Que se pode imaginar.
Fostes parte de meu corpo
Que não quer se desgrudar.

Fostes vida,
Fostes morte.
Fostes partida
Fostes na sorte.

Assim como vieste, tu foste,
Deixando para trás um tanto de magia.
Um homem perdido no espaço
Sem tua doce companhia.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

50 receitas

Leoni, simplesmente Leoni, mesmo sendo bem antiga.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Avassaladora

Ela chega devagar,
Com cuidado e carinho.
Mal sabe ele o que vai dar.
O que será deste descaminho.

Eu acho,
que ele vai se dar mal.
O macho,
que tudo domina, está no final.

Como quem nada quer,
Chega, domina e perpetua.
É a especial mulher
Que tudo coaduna.

Ele, sem mais nem saber quem é,
Se entrega.
Se joga totalmente ao seu pé
E diz, me leva.

Dominadora, sem se fazer notar,
Deixa que ele domine.
Começa seu jogo de amar,
E de uma maneira bem sublime.

Entregou seu coração e alma,
Coitado, nunca mais será o mesmo.
Nunca mais terá calma,
Passará a andar a esmo.

Ela, com nos lábios um sorriso,
Se diz dominada.
Ele, sem nenhum tipo de aviso,
Recebeu sua flechada.

Fatal,
A flechada e a mulher.
Não faz mal,
Prá ele é tudo que se quer.

domingo, 21 de novembro de 2010

As Palavras

As palavras aqui postas,
São como oásis no deserto.
Quase sempre nascem tortas,
Nem eu sei bem ao certo.

As vezes nem mesmo existem.
São as vezes ilusão.
É que elas muito persistem.
Só em minha imaginação


Matam a sede de quem passa,
Dão sombra a quem precisa.
As vezes são escassas,
Outras vezes atemoriza.

As palavras são donas de si,
Ninguém tem domínio sobre elas.
Umas vezes até fazem rir,
Outras vezes descabela.

As palavras, as palavras.
O que seria se não fossem elas.
Uma vida muda, sem lavra,
Uma vida sem cor, branquela.

A palavra pode ser dura,
Pode ser macia.
Podem ser urdidura.
Podem ser armadilha.

Uma teia que se atira
Tentando algo pegar.
Pode ser uma fantasia
Ou então um outro pesar.

É melhor jogá-las no ar,
Do que guarda-las na garganta.
Quem sabe podem encontrar,
Um pouco mais de esperança.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Teimosia

Neste vasto
deserto da vida,
Andei,
andei muito
Tentando te achar.
Sei que você
está por aí,
Em algum canto,
Esperando
eu te encontrar.
Muito arrisquei
Nesta busca infinda.
Nosso amor,
E somente
o nosso amor
É o que me levou
a tão longe.
E tão longe fui,
Na esperança eterna,
De um dia
te encontrar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

One Love

Bob Marley, da série Sound around the world


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Que Rumo?

Que rumo devemos tomar ?
As vezes tá ruim de seguir,
Não há nada a guiar,
E toda vontade é sumir.

Sem ter mais o que fazer,
Sem ter mais por onde ir,
E toda vontade é deitar,
E deixar a vida sair.

A dose foi muito elevada,
O corpo não quer prosseguir.
Aí meu amigo se manca,
E não se deixe seduzir.

O amor se perdeu,
Se foi todo o sentido.
Só mesmo Deus,
Prá ajudar este perdido.

Não há mais razão.
Não há forças prá lutar.
Não há mais solução.
É hora de se calar.

Mas como tudo na vida
não é para sempre,
deixa fechar a ferida
e tentemos ser de novo contente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Vida ou Mais uma Batalha Vencida.

Há o dia em que se sente à vida escorrendo por entre os dedos, e por mais que os fechemos, que os lacremos com todas as nossas forças, nada parece conter este escorrimento.
A guerra pela vida, depois de tantas batalhas travadas em silêncio, sem divulgação, para não ser alvo de pena ou tentar manter a dignidade, parece perdida.
Então nos damos conta de que nada somos além de um corpo sem rumo, uma alma perdida, buscando um pouco de luz para, talvez, poder ir descansar em paz.
Buscamos a uma força superior, com todas as nossas angustias, buscamos ajuda até em quem abandonamos a algum tempo, pedindo perdão, solicitando clemência e mais algum tempo de vida. Nesta busca sem fim nos aproximamos um pouco mais de quem tem a LUZ DA VIDA e por mais que nos abandonemos na revolta da impotência da solução do problema, Ele vem, e nos mostra que o fim ainda não é chegado, nos mostra que esta "hora final" pode ser enfrentada e adiada temporariamente, nos mostra a força da vida e como diz a musica, nos susssurra:
" Veja quanta vida ainda há !"
Creia e tudo se resolverá.


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Olhos rubros

Para que os olhos vermelhos?
Senão para embotar a alma.
Eles são puros anseios,
Só retiram um pouco da calma.

De água se fazem,
Expulsando uma dor.
Ali, nas lágrimas jazem
Uma linda esperança de amor.

Olhos, vitrines da alma,
Refletindo o que nela há,
Amor, dor, esperança
E tudo que se possa guardar.

Deixe-os de novo brilhar.
Deixe-os de novo ver.
Faça a alma sonhar,
Deixe dela de compadecer.

Os faça secar,
Com a brisa matinal.
Olhe para outro lugar,
E tudo voltará ao normal.






Pela Vida.

Quantos “Marcos” passam por nossas vidas,
deixando sentimentos fortes,
e nem perguntam se nós os queremos ou não,
simplesmente vêem e se vão,
como se tudo fizesse parte
de uma rotina diária e imutável.
Nada perguntam,
Nada respondem,
pois deixam angustias e prazeres
sem descrição.
A simples presença sua,
Mesmo a distância,
Nos levam a outros caminhos perdidos.
Este... sofrimento gostoso.
Esta dor.... aguardada.
Este amor.....quebrado e remendado,
Nos levam a buscar sempre o impossível
Na solidão que fica.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vida Marcada

Tenho a vida
nos dedos contada.
Ela ainda não é perdida
Ela ainda não está acabada.

Cada coisa vivida,
É mais uma esperança.
Por mais que seja sofrida,
É um presente de criança.

Uns dias passam lentos,
Outros rápidos demais.
A uns eu só agüento,
há os outros que me satisfaz.

E assim a vida é levada,
Olhando sempre para longe.
Todo dia renovada.
Todo dia novo horizonte.

Embora na calada,
Se saiba onde isto vai dar.
Sou criatura marcada,
No eterno não vou ficar.

Sentar em casa,
e esperar a dona do destino final?
Isto eu não faço,
Prefiro ser um jogral.

Corra atrás de mim,
Se ainda quiser me pegar.
Como se diz aqui: “ É ruim....”
Eu não vou me entregar.



Como tudo aqui está programado, e se nada der de errado, hoje é o dia do novo procedimento, mais um que este orgão apaixonado vai sofrer.
Volto logo e continuam as postagens programadas até o final do mês.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Prá Você.....

Deixe as nuvens pesadas passarem e que seu belo sol volte de novo brilhar.


Tem dias.....

Tem dias que bate uma tristeza, o crédito na vida fica meio que balançado, mas o rádio toca uma música que te traz para a realidade. Acredite, tudo dará certo.






You Will Know
Stevie Wonder


Lonely one of young so brokenhearted
Travelling down the rigid road of life
Using pharmaceutical extractions
To find the paradise

Finds the high but comes down feeling lower
Gets down on their knees and starts to pray
Looking up to heaven for the answer
They hear a voice that says

You will know
Troubled heart you'll know
Problems have solutions
Trust and I will show

You will know
Troubled heart you'll know
Every life has reason
For I made it so

Single parent trying to raise their children
But they would much rather not alone
Reaches out to find that special someone
To make their house a home

Finds someone but no one is the right one
Gets down on their knees and starts to pray
Looking up to heaven for the answer
They hear a voice that says

You will know
Lonely heart you'll know
Problems have solutions
Trust and I will show

You will know
Lonely heart you'll know
Every life has reason
For I made it so



Você Saberá
Stevie Wonder


Solitária a jovem com o coração tão partido
Viajando pela estrada rígida da vida
Usando extrações farmacêuticas
Para encontrar o paraíso

Acha o alto, mas desce se sentindo menor
Fica de joelhos e começa a rezar
Olhando para o céu pela resposta
Eles ouvem uma voz que diz

Você saberá
Coração aflito, você saberá
Problemas têm soluções
Confie e vou mostrar

Você saberá
oração aflito, você saberá
Toda vida tem uma razão
Por que eu fiz assim

Pai solteiro tentando criar seus filhos
Mas preferiria não estar sozinho
Se esforça pra tentar encontrar alguém especial
Para tornar sua casa um lar

Encontra alguém, mas ninguém é a pessoa certa
Fica de joelhos e começa a rezar
Olhando para o céu pela resposta
Eles ouvem uma voz que diz

Você saberá
Coração aflito, você saberá
Problemas têm soluções
Confie e vou mostrar

Você saberá
oração aflito, você saberá
Toda vida tem uma razão
Por que eu fiz assim

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Poema marginal

Este poema é marginal.
Não obedece a nada.
Igual a ele não tem igual,
Não foi feito para fada.

Ele deforma.
Ele desarmoniza.
Ele só transforma,
Quem da à vida como perdida.

É um poema de revoltas,
algumas revoltas em poema.
A vida e todas as suas voltas,
sem teoria, sem teorema.

Ele é moleque.
Ele é traiçoeiro.
Ele não tem salamaleque,
É poema de puteiro.

Ela fala do normal.
Do dia a dia da gente.
De problemas a dar com pau,
Que esmaga de repente.

É um poema vazio,
Sem conteúdo a mostrar.
Feito por um coração vadio,
Que só pensa em se acabar.

Um poema marginal,
Que sai assim, do nada.
Um poema desigual,
Que na face dá um tapa.

Um poeta embriagado,
Querendo muito ainda dizer.
Tem os pensamentos embotados,
E um corpo a apodrecer.

Se atira ao chão,
Deixa o corpo cair.
Ali não tem senão.
Aqui tudo pode ruir.

Pobre coitado,
Que na bebida busca uma fuga.
Mal sabe ele,
Que desta sanha não tem cura.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Apenas mais uma de amor.

Lulu Santos.

Pode aparecer fraqueza, pois que seja fraqueza então, sem a menor pretensão de acontecer.



domingo, 7 de novembro de 2010

Baladinhas

Depois dos excessos de sábado, só umas baladinhas para relaxar.
Feche seus olhos e relaxe com uma taça de espumante, rosé.




sábado, 6 de novembro de 2010

Feliz

Quando uma música diz tudo.
Gonzaguinha.




sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Quantas vezes.

Quantas vezes, amor,
Mesmo sem te ter ao meu lado,
contei-te sobre meu amor.
Quantas vezes, amor,
Deslumbrei meus olhos
com tua ausente presença.
Quantas vezes, amor,
encantei meus ouvidos
com tua mudez ,
só de te imaginar
falando comigo.
Quantas vezes, amor,
caminhei ao teu encontro,
recitando poesias,
catando estrelas diurnas
perdidas no céu de meus sonhos.
Quantas vezes, amor,
ao estar ao teu lado
sorvi todo o ar,
que continha teu cheiro
para dele impregnar
minha alma.
Quantas vezes, amor,
deitei-me ao teu lado,
em silêncio,
e fiquei a noite toda
admirando tua beleza
Quantas vezes amor.....
quantas vezes.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Perdido

Deste vasto oceano
Nem uma gota sou, desconfio.
Se ao menos uma gota fosse,
Formaria um rio.

No vastidão da emoção,
Me perco no desafio.
De manter o coração
Sempre frio, sempre frio.

Como isto não consigo,
E estou sempre perdido.
Todo dia um desafio,
Todo dia um renascido.

Nunca vou entender o amor,
E acho que ele nunca vai me entender.
Ando perdido na dor,
Ando sem onde saber.

Amar é viver.
Viver é amar.
De outro modo não poderia ser.
Seria como nunca se achar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Separação de bens

Leve seu dilema,
E também as suas poesias.
Eu fico com o novo poema,
E também com as fantasias.

Leve este entardecer,
E também as estrelas e a lua.
Eu espero novo sol nascer,
Com um pouco da saudade tua.

Leve seu coração,
E também todas as lembranças.
Eu fico com o meu,
E um pouco de sua dança.

Deixe um pouco de seu sorriso,
E leve todo meu.
A sua parte que eu tanto preciso,
Infelizmente acho que morreu.

Eu levo o dia,
e te deixo a noite.
Amparo a agonia,
Escondo o açoite.

Leve tudo que quiser,
Cuide de tudo muito bem.
Eu, assim que der
Tentarei ser feliz também.

sábado, 30 de outubro de 2010

Como?

Como é possível ter paz?
Se a alma não sossega.
Se o coração dispara,
Cada vez que me falais.

Como é possível viver?
Se tua figura fugidia,
Teima em se esconder
Na solidão da selva vazia.

Como é possível amar?
Se teima em brigar,
Discorrer o improvável,
Discutir o que não vê.

Como é possível sonhar?
Se só tens o pés no chão
E um par de asas
não quer usar.

Como será possível sobreviver?
Este amor caloroso,
Esta desatino de louco,
Se na troca há tão pouco.

Como?


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Encontros e Despedidas

Toda vez que ouço esta música me lembro de uma pessoa muito querida que diz que gosta de viajar sem fazer planos.
Então, prá você, uma homenagem de Milton Nascimento e Fernando Brant.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Nosso Grito

Tem horas que tudo fica ruim, tudo perde a cor, falta chão.
E quando se pensa que tudo está ruim, piora mais um pouco.
É hora de sumir, desaparecer e esperar que tudo melhore uma hora qualquer.
Eita vida.....



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Serei Rei

Um dia serei rei
Neste mundo que é meu.
Um reino eu terei
Estarei em camafeu.

Morrer não faz parte,
No meu mundo,
Viveremos só pela arte,
Serão todos vagabundos.

Comida não será necessário,
Nos alimentaremos de pó.
Moraremos no dispensário,
E nunca seremos só.

Neste mundo que é meu,
Todos serão felizes.
Seja você ou seja eu,
Todos teremos matizes.

Todos teremos luz,
Todos viveremos em paz.
O amor de Deus é quem conduz
E todos iremos atrás.

Neste mundo encantado,
Repleto de fantasia,
Ninguém é deixado de lado,
Todos teremos primazia.

Diferenças não mais existem,
Seremos todos por um igual.
O amor é o que resiste,
Neste mundo não há mau.

Ninguém irá governar
Ninguém a obedecer.
Todos irão falar,
Todos irão fazer.

Neste mundo utópico
A idéia é o que persiste.
Não há ser melancólico
E muito menos alguém triste.

Este mundo meu sonhado,
Um dia irei encontrar.
E te quero ao meu lado,
Para nele habitar.


domingo, 24 de outubro de 2010

Não Vou, ainda.

Ei! Você! Do terno escuro!
Sai prá lá, não acabou.
Não existe desconjunto,
Porque um novo dia já raiou.

Vem você com pessimismo,
Vem querendo me levar.
Tô na beira do abismo,
Mas não penso em me jogar.

Tô correndo pelo mundo.
Com novas coisas a encontrar,
Eu não sou um moribundo,
Prá você me levar.

Vai–te embora!
Vades retro !
Eu não sou um caipora,
Pra querer ficar por perto.

Tô tranqüilo e muito bem protegido.
Tô com muita luz.
Vou viver meu paraíso,
Seu cantar não me seduz.

Sou menino passarinho,
Que só pensa em voar.
Vou voando devagarzinho,
Onde o vento me levar.

Sou menino sonhador,
Vivendo toda esta emoção.
Também quem mandou por asas
no lugar coração.

Quero mais é brincar,
Sorrir e cantar.
Vem você prá junto de mim,
E vamos a vida alegrar.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Meu Amor.

Meu amor é como um rio
Que se entrega para o mar,
Mas que não cai no vazio
E sim cresce sem parar.

Meu amor não é frio,
Pelo contrário incendeia.
Queima tudo, até o pavio,
Falta ar, até tonteia.

Meu amor é puro,
Não é singelo.
É feito com apuro
E assim me entrego.

Meu amor é completo
Ao teu lado sou feliz.
É muito mais que repleto,
Ela sara a cicatriz.

Meu amor só é triste
Quando ao lado não te vejo.
Não há coração que resiste
Na alma falta lampejo.

Meu amor é você,
E não adianta mais falar.
Nem tento mais esconder
Já não dá prá segurar.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Renascendo

Depois de muito sentir
Depois de muito chorar
Agora voltei a sorrir
E na vida acreditar.

Este órgão é danado,
Meu coração não tem jeito.
Oh..., menino levado,
Este que carrego no peito.

Ele brinca comigo,
Me testa, prá ver onde vou chegar.
Ele é meu melhor amigo,
E faz isto para me lembrar.

Que a vida é muito curta
Para tantos aborrecimentos.
Se solta, desgruda,
Não viva dos desalentos.

E aqui estamos nós,
Mais uma vez a vibrar.
Desatado alguns nós
Esperando outros que venham a dar.

De tropeção em tropeção,
De cura em cura.
Vamos, eu e meu coração,
Driblando a amargura.

Ninguém sabe o que se passa,
Só ele e eu sabemos o que se diz.
A nossa vida de trapaça,
Tentamos enganando Nyx.

O sol surge de novo.
Um novo dia que nasce.
Estamos no meio do povo,
Passamos por outros “quase.”

Agora é continuar
A sorrir... e a amar.
O que vivi não lembrar,
E me deitar em novo sonhar.

domingo, 17 de outubro de 2010

Redecorando ou pelo menos tentando.

Resolvi fazer uma mudança,
E redecorar todo o interior.
Surge nova esperança,
Tentarei na vida dar mais cor.

A mágoa, vou arrancar,
E colocar perdão em todo o canto.
A raiva, vou pintar,
Escondendo todo seu pranto.

A tristeza, vou desmontar,
E com suas partes outra coisa fazer.
Talvez consiga remodelar,
E um pouco de alegria trazer.

As lágrimas, de todo não secarei,
As deixarei o chão marcar.
Para lembrar que não remocei
De tanto nelas debulhar.

O sentimento de vingança,
Por não mais cuidar morreu.
Plantei em seu lugar esperança,
E esta logo, logo, floresceu.

O coração de vermelho pintarei,
Um vermelho bem vivo.
Nos olhos mais luz porei,
Para iluminar o que ver consigo.

O externo não mudarei,
Deixarei assim como está,
Pois ao olhar no espelho perceberei,
O quanto ainda devo mudar.

De erros e tentativas,
Vou tentando me acertar
E achar a estrada perdida
Durante o meu caminhar.


Já disse várias vezes que existem músicas que me tocam profundamente, esta é mais uma delas.
Não sei se pela beleza da letra ou pela situação que vivo, mas me toca muito.

sábado, 16 de outubro de 2010

Briga

Nunca serei poeta,
Serei eterno sonhador.
Tenho de sonhos a mente repleta
E o corpo coberto de dor.

A cabeça vai voando,
O corpo pesado, não acompanha.
A mão de tinta riscando,
O papel, letras que ganha.

O corpo fica parado
Esperando acontecer.
A mente busca ansiosa
O que tiver de viver.

De um lado um quer parar,
O outro só quer carmim.
É um eterno lutar,
É uma briga sem fim.

Mente e corpo,
não se entendem.
E buscando novo escopo,
Tropeçam, e ninguém se entende.

Parem de brigar,
Ambos querem prazer.
Passem a se entregar
Sem muito querer acontecer.

O que vier é lucro,
Aproveite enquanto há.
Não seja animal chucro
Que não tem onde pastar.

Se deitem no vento amigo
E vamos juntos sonhar.
Derrotemos este inimigo
Que só quer te fazer chorar.

E na paz nós ficamos,
Com o amor a conquistar.
De noite sempre sonhamos
Com aquela mulher para amar.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Promessa

Quero fugir no sonho,
Quero morrer sem asas.
Quero apagar o medonho
Pensamento que me arrasa.

Quero fugir do mundo,
Quero viver na solidão.
Quero ser oriundo
Do prazer do coração.

Quero pintar de dourado
O céu que sobre mim está.
Quero morrer fantasiado
De tudo que possa sonhar.

Quero abraçar o mundo,
O meu mundo de ilusão.
Não quero ser moribundo
De tamanha obstinação.

Quero ser uma brisa
Que revolve seu cabelo.
Queria ser poetisa
E destruir todo este gelo.

Mas como nada posso ser,
Tento ser o que não sou.
Talvez um dia possa parecer
Um pouco do que você sonhou.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Na Pele

Como posso deixar de sentir na pele,
O teu chamado ofegante.
Não há quem o revele,
Só o sentido vibrante.

É um crime controverso,
O teu apelo distante.
Eu tento, desconverso,
Mas não resisto, vou avante.

Sussurras em meu ouvido,
Palavras desconexas.
São coisas tão sem sentido,
Que ferem com se fossem flechas.

Ali não é você,
Ali não sou eu.
Ali é só prazer,
Ali é só apogeu.

Na pele o suor abundante,
Resultado de uma luta infinda.
Não há quem vá adiante,
No meio da batalha finita.

Esgotados pelo confronto,
Caímos ao lado, só.
No corpo um assombro,
Quase viramos pó.

Um olhar carinhoso,
O encaixe no corpo alheio.
Um beijo amoroso,
A busca novos anseios.

E a batalha recomeça,
Com todo seu vigor.
Não há nada que impeça
Este banho de amor.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Graça Maravilhosa.

Depois de um curto tempo na Marinha Real, John Newton iniciou sua carreira como traficante de escravos. Certo dia, durante uma de suas viagens, o navio de Newton foi fortemente afetado por uma tempestade. Momentos depois de ele deixar o convés, o marinheiro que tomou o seu lugar foi jogado ao mar, por isso ele próprio guiou a embarcação pela tempestade. Mais tarde ele comentou que durante a tempestade ele sentiu que estavam tão frágeis e desamparados e concluiu que somente a Graça de Deus poderia salvá-los naquele momento. Incentivado por esse acontecimento e pelo que havia lido no livro, Imitação de Cristo de Tomás de Kempis, ele resolveu abandonar o tráfico de escravos e tornou-se cristão, o que o levou a compor a canção Amazing Grace (em português: "Graça Maravilhosa").

domingo, 10 de outubro de 2010

Aguardando

Pensei em algumas palavras dizer,
mas isto não aconteceu.
De tanto esperar acontecer,
a folha branca apodreceu.

No chão úmido de meu solo
Os pensamentos passam longe.
Nada mais cai em meu colo,
Tudo está no horizonte.

O sol nasce,
e a tudo aquece.
Só não renasce
quem jamais se esquece.

Terra fria, outrora vivida.
Pensamentos, que se foram no tempo.
Nem tudo nesta vida
Será só contentamento.

Só o tempo o dirá
Se irá florescer.
Um novo tempo de amar
Um novo jeito de viver.

Enquanto dura a estiagem
A terra racha de seca.
Nesta vida de bobagem
Não tem nada que permaneça.

Não há nada o que perdura,
Nem felicidade, nem amor.
Nem mesmo toda candura
Resiste ao um dissabor.

O tempo da bonança se vai,
Novas chuvas irão chegar.
Nuvem e raio, se atrai
Para o trovão descarregar.

E no imenso gritar estrondante
Das forças da natureza.
Me protejo vacilante,
Mostro toda minha fraqueza.

Escondido, aguardo só,
Que tudo fique calmo.
Enquanto não volta o sol
Constrito, rezo um salmo.



De onde vem a inspiração senão de dentro de nós?
Um sopro de esperança, que alimentar o corpo, fortalece o espírito e liberta a alma.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Separação

Na cama vazia
Só lembranças amarrotadas.
Sobra de picardias,
Resto de uma intifada.

Um grito de alerta
Foi solto no ar.
Numa conversa deserta,
não há o que sustentar.

Cada um no seu cantinho.
Cada um com sua razão.
Dois viraram descaminhos.
Os dois disseram não.

E tudo assim se vai,
nas lágrimas o que não foi dito.
Nada no momento se atrai.
Só o silêncio é bendito.

A raiva a alimentar,
A mágoa a nos guiar.
O medo de separar,
Sem saber no que vai dar.

A hora é chegada,
É tomada a decisão.
A porta da rua é entrada,
De um mar de solidão.

Tanto eu, quanto você,
Não sabemos o que fizemos.
Talvez iremos arrepender,
talvez nunca mais nos encontremos.

Assim foi feita a vida,
Nós é que a moldamos.
Viveremos com a ferida,
Que nós mesmo provocamos.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bom dia

Para animar o dia de quem tanto adora deste ritmo.




Perfume de Mulher.




Vem Dançar




Dança Comigo

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reticências

é....
fui.....
tá bom.....
deixe assim ......
de lado.....
debruçado no chão.....
a fé..........
e a solidão.......
vai......
segue teu rumo......
eu me aprumo.....
tentarei.......
eu juro.....
já sou bem maduro......
sufocado.......
na paixão......
esquartejado.........
no pensamento......
emoldurado.........
na emoção........
sou levado.......
pelo vento.......
o corpo.......
atado........
amordaçado.........
retalhado........
despedaçado.......
no coração......


terça-feira, 5 de outubro de 2010

O que sou?

Sou dono de circo,
Sou vendedor ambulante.
Sou como cachorro arisco,
Sou pássaro avoante.

Sou bolha de sabão
Que sobe, e brinca no ar.
Sou brasa fumegante,
Que queima até cinza virar.

Sou chá de erva-cidreira,
Que acalma de vez em quando.
Sou sem eira nem beira,
Não valho este tanto.

Sou soldado,
Sou coronel.
Sou um ser moldado
Nas mãos do tabaréu.

Sou tijolo,
feito de barro.
Sou consolo
Sou bizarro.

Sou pedra,
sou poder.
Meu nome é Older,
muito prazer.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

És livre......

És livre...
Livre para amar,
a luz do sol
ou a luz da lua.

És livre...
livre para sonhar,
em noite estrelada,
ou no meio da rua.

És livre...
Livre para andar,
Por entre o verde campo,
ou em noite escura.

És livre...
Livre para fazer o que quiser,
Ou lhe convier.
Só não caia na amargura.

És livre...
Livre como nuvem passageira,
Ao sabor do vento
Com pouca conjectura.

És livre...
E sempre serás.
Faz sua história
como muito lhe apraz.

És livre...
Como sempre quis ser,
Mas com sua liberdade,
O que farás?

domingo, 3 de outubro de 2010

Poema Vazio

Debruço sobre a página em branco
Um novo texto irá nascer
No olho, rola um pranto.
Será obra de um novo sofrer?

Escrevo sem vontade própria,
Sou escravo de um alento.
As mãos, de vida sóbria,
São leves como vento.

Se mexem descompassadamente,
Os dedos sobre o teclado.
Aflitos, não seguem a mente,
Vai um para cada lado.

Assim se juntam as palavras eventuais,
Montando um grande mosaico.
Tentam ser especiais,
Apesar de ser prosaico.

E o texto sem conteúdo,
Revela o se passa.
Mesmo envolto em veludo,
Se mostra sem muita graça.

Vírgulas e pontos,
Tentam dar respiração.
A quem o lê de encontro,
Buscando uma emoção.

Mas emoção aqui não há,
Só dor e ressentimento.
As letras tentam abafar,
O que se passa no momento.

E o poema vazio toma forma,
Uma forma bem redondinha.
Ele viu no que transforma,
Escrever algumas linhas.

De alma lavada,
Encerro este texto aqui.
A lágrima foi arrancada,
Surgirá um novo sorrir.


sábado, 2 de outubro de 2010

Sábado

Sábado, normalmente o dia que tiro para afogar a alma, escolho um estilo de música e vou fundo, não quero nem saber se os vizinhos vão gostar dela ou não.
Neste sábado, boleros, muito Luis Miguel tocando e eu e meu amigo portenho, Syrah, fazemos a festa.
Um bolero em especial, que eu adoro,Delírio, ótimo para dançar, até sozinho.
Taça de vinho na mão, corpo imáginário na outra e vamos nós.


Vestindo-me

Me visto com a noite,
em meu vestido de estrela.
Ninguém tem o pernoite,
só eu que posso tê-las.

Como nuvem vagueio,
com os pés sem onde pousar .
Só a lua é meu esteio,
neste sem rumo voar.

Mas vamos logo andar,
Andar e não ficar parado.
Deixar o muito gostar,
Ficar um pouco de lado.

Mágoa não levo comigo,
só um pouco de solidão.
Preservo o prazer amigo,
com carinho do coração

Foram tempos de felicidade,
E de muita alegria.
Mas, cedo ou tarde
Sempre acaba chegando este dia.

A ingratidão fica no alheio,
de mim ninguém sabe.
Eu tinha muito receio
que tudo isto se acabe

Mas o que irá acabar?
que já não se acabou.
É melhor parar e olhar,
esquecer o que passou.

Deito-me,
como se deita o sol ao fim da tarde.
Vesti-me de profundo abismo,
no peito tudo arde.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ser Adulto

Ser adulto é muito chato,
Não quero ser mais não.
É discutir a toa,
é julgar de antemão.

É ser preconceituoso,
é ser egoísta.
É sempre querer ser jeitoso,
é botar tudo na lista.

Uma hora punição.
O que é que há com você?
Eu não fiz nada não,
Você não consegue entender?

Ser adulto é muito ruim,
é mostrar independência.
E levando a vida assim,
nos deixará muita carência

Uma hora eu me calo,
na outra quero muito te ver.
As vezes eu nem reparo,
no que faço com você.

Uma hora, queda de braço,
Na outra, muito prazer.
Uma hora, eu te rechaço,
Na outra, "ai que saudade d’ôce"

Se adulto é muito chato.
É difícil entender.
Uma hora faz um trato,
Na outra tem de desfazer.

O melhor é ser criança,
Só brincar e muito sorrir.
Ter sempre a esperança,
e o coração a florir.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sentimentos

Vem brincar comigo
Me põe ali, me põe acolá
Vem, sou teu amigo
Não me faça mais esperar.

Se desnude,
se entregue.
Não fique ataúde,
Me carregue.

Me ponha nos braços
Me tire do mundo.
Rompa meus laços
Penetre profundo.

Faz de mim parte tua,
Me encha de esperança.
Vem coaduna,
Me transforma em uma criança.

Destrua minha crença,
Transforme o meu viver.
Que o amor vença,
E eu pare de sofrer.

Me solte no ar,
Me dê emoção.
Não consigo mais segurar
O que sente o coração.

Me dê lágrimas,
Ainda que seja.
Me faz matéria prima
Daquilo que desejas.

Sou tua dor,
Sou tua armadura.
Traz de volta a cor
Na minha vida sem pintura.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sábias palavras

E um jovem disse, Fala-nos da Amizade.
E ele respondeu, dizendo:
O vosso amigo é a resposta às vossas necessidades.
Ele é o campo que cultivais com amor e colheis com gratidão.
E é o vosso apoio e o vosso abrigo.
Pois ides até ele com fome e procurai-lo para terdes paz.
Quando o vosso amigo fala livremente, vós não receais o "não", nem retendes
o " não".
E quando ele está calado o vosso coração não deixa de ouvir o coração dele;
Pois na amizade, todos os pensamentos, todos os desejos, todas as esperanças
nascem e são partilhadas sem palavras, com alegria.
Quando vos separais de um amigo não fiqueis em dor, pois aquilo que mais
amais nele tornar-se-à mais claro com a sua ausência, tal como a montanha, para
quem a escala, é mais nítida vista da planície.
E não deixeis que haja outro propósito na amizade que não o aprofundamento
do espírito.
Pois o amor que só procura a revelação do seu próprio mistério, não é amor
mas uma rede lançada que só apanha o que não é essencial.
E deixai que o que de melhor há em vós seja para o vosso amigo.
Já que ele tem de conhecer o refluxo da vossa maré, que conheça também o
seu fluxo.

Pois para que serve o vosso amigo se só o procurais para matar o tempo?
Procurai-o também para viver.
Pois ele preencher-vos-à os desejos, mas não o vazio.
E na doçura da amizade que haja alegria e a partilha de prazeres.
Pois é nas pequenas coisas que o coração encontra a frescura da sua manhã.

Khalil Gibran



Se quiser ler mais, acesse:
http://www.clube-positivo.com/biblioteca/pdf/profeta.pdf

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Poesia Incerta

Shhh! Silêncio!.....
Quero pensar,
Pescar o que está no tempo,
Catar o que ficou no ar.

Nadando por entre palavras,
Escolho as preferidas.
Pego as que mais gosto,
Escolho as mais coloridas.

Enfeito um jarro branco,
Que sobre a mesa está.
O rego com todo meu pranto,
Mostrando a beleza que há.

De longe fico olhando
O prazer que me dá.
O dilema de escrever,
Falando do que não há.

Com o enfeite concluído,
Agora formado está.
Guiado por meus ouvidos,
enfeitei mais um sonhar.

Cantam pássaros alegremente,
Com seus vôos descontrolados.
Descansei um pouco a mente,
Estou mais desabafado.

Sem paradeiro,
sem origem certa.
Este não é o derradeiro
Sempre virá nova incerta.

Novo chão irei pisar.
Novo monte encontrarei.
E depois de o escalar,
No seu topo dormirei.

De repente o vazio volta,
A revoada de palavras se fez.
Não há de ter revolta,
É só buscar que as encontrarei

No vazio do nada,
Tenho de tatear.
Buscar minhas pegadas,
Para de novo me achar.


P.S.: Estou ficando muito sem paciencia para aguentar certas atitudes, acho que envelheci.

domingo, 26 de setembro de 2010

Desatinos

Amei tanto nesta vida
Que me perdi de tanto amar.
Não encontro mais o caminho
Que faça eu me encontrar.

Do amor fui escravo.
Pelo amor fui refém.
Bati-me com muito agravo
Para poder ir além.

De nada adiantou,
Me perdi de mim.
Também quem mandou
Se entregar ao amor assim.

Liberdade não mais existe,
Solidão é o que contem.
Os dias são muito tristes,
À noite o frio vem.

Aceno para a vida,
Apelo a vil razão.
Leva esta alma perdida
Que vive na solidão.

Seguirei amando,
Como sempre amei.
De todo me entregando
A quem eu encontrei.

Não me basta ser amante,
Quero ser muito mais.
Quero teu sorriso radiante
Enfeitando meus umbrais.

Como isto não posso ter
Me acabo em desatinos.
Se que um dia irá nascer?
Isto é obra do destino.

sábado, 25 de setembro de 2010

Amanhã

É amanhã,
o dia,
vamos ver o que diz o doutor
e toda sua sabedoria.

Ansiedade demais,
esperança maior ainda,
passar logo este dia,
acabar logo esta agonia.

Não sei se diminuiu,
não sei se foi aumentado,
só peço que a mão de Deus,
no meu peito tenha tocado.

Confio sempre,
naquele que tem a Luz maior.
As vezes passo rente,
de algo muito pior.

Enquanto Luz houver,
enquanto amor existir,
haja o que houver
que Deus não me deixe desistir.


Obs.: escrito em 09/09/2010, antes do novo cateterismo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ela

Passa um barco a vela.
Que paisagem mais bela,
Vista da janela
daquela casa amarela.

Na ruela,
Da favela,
Parecendo aquarela,
Lá está ela.

Sentada, a sombra da capela,
Perdida nos devaneios dela,
Sonhado com a novela,
Com os pés na poída chinela.

Ao seu lado, a cadela,
tadinha, magricela,
fiel como sentinela,
Da só uma espiadela.

No rabo, uma abanadela.
A pata dá uma coçadela,
No que resta da costela,
Do pobre animal banguela.

Bem que a ruela, aquela,
Podia sofrer uma arrumadela.
E por uma bagatela
Viraria uma passarela.

Nós aqui não temos baixela,
Nem moramos em cidadela.
Isto aqui é uma cela,
Só nos resta a mazela.

Na planta que enfeita, uma molhadela.
De sobremesa, doce de banana com canela.
No cinto falta a fivela.
Esquece tudo; cancela.

Crianças correm....como gazelas.
A luz que temos....é a de vela
No céu as pipas voam....como caravelas
As casas se escoram umas nas outras....em uma encostadela.

Mas aqui seu moço, na viela,
Mesmo andando na pinguela,
A vista é muito bela.
Dá só uma olhadela.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma Poesia

Uma poesia pode ser plena,
Serena,
talvez um pouco amena,
mas nunca será pequena.

Uma poesia pode ser pobre,
Nobre,
Pode até ser que se desdobre,
Mas será algo que comove.

Uma poesia pode ser rica,
Burrica,
conter um pouco de cica,
Mas nunca será nanica.

Uma poesia pode ser honesta
Uma festa,
Com seresta,
Mas nunca será aresta.

Uma poesia será sempre uma poesia,
De noite ou de dia,
Pode ser um ato de dramaturgia,
Mas conterá muita fantasia.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Vida

Segue o tempo,
passa lento,
como vento.
Um tormento
No lamento de amar.

Segue a vida,
Bem querida,
As vezes muito sofrida.
Maldita e bendita
de se entregar.

Segue o povo,
Caloroso,
Maldoso.
Ardiloso
Pegos no covo prá alimentar.

Brotam rugas,
brotam fora,
brotam sem hora.
Tanto no senhor, quanto na senhora
Com suas marcas a deixar.

E tudo vai passando,
Se arrastando,
Confessando.
Se culpando
Prá tentar regenerar.

Somos só,
Voltaremos ao pó,
Sem pena, sem dó.
E como coió
Iremos deitar.

domingo, 19 de setembro de 2010

Fragilidade

Escrevo no papel minha poesia,
Palavras soltas,
sem sentido,
Um mar de agonia.

Como se fosse galho,
De uma árvore frondosa,
Cresce em poesia,
As vezes até em prosa.

No arranjo parecem buquê,
De colorido matiz.
E este, ofereço a você,
Como se fostes imperatriz.

No contorno da palavra,
Percorrem coisas tristes.
Colho como se fosse lavra,
Aquilo que não existe.

As inseguranças ali contidas,
Refletem uma ansiedade.
São as coisas escondidas,
Que surgem na fragilidade.

Na fragilidade da dor,
Na incompreensão dos sentimentos.
Me cubro de torpor,
Me isolo em pensamentos.







sábado, 18 de setembro de 2010

Desculpe

Desculpe, mas não sei te amar.
Me perco em meus encantos,
Me perco em meu cantar.

Desculpe, mas não te quero mais sofrer.
Caio nos meus tropeços,
E no medo de tudo perder.

Desculpe, mas não sei nem falar.
Falo o que não devo,
Na hora que deveria calar.

Desculpe, eu não sei mais viver.
Plantei um campo de sonhos,
E não tenho como colher.

Desculpe, mas não consigo mais sonhar.
A realidade bate direto,
Na cara, a espancar.

Desculpe por meus sonhos te vender.
Eu não tinha o direito,
De neles fazer você viver.

Desculpe, mas não quero chorar.
Colhi um pouco de medo,
E não consigo dele me livrar

Desculpe por promover,
Uma tempestade de lágrimas
No seu rosto a escorrer.

Desculpe, mas não posso mais te olhar.
Minhas pernas dobraram fracas,
E não consigo levantar.

Desculpe .....

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sexta-feira

Como eu escutei muito ontem, "esadof" o mundo, pq hoje é sexta-feira.
Prá quem não entendeu leia de trás prá frente.
Fui..........


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Anormal

Escrevo apressado.
Escrevo chorando.
Descrevo o passado.
Descrevo o pranto.

Escrevo pesadelo.
Escrevo agonia.
Descrevo a falta de zelo.
Descrevo a fantasia

Escrevo com raiva.
Escrevo sem imaginação.
Descrevo a taipa.
Descrevo desunião.

Escrevo o desespero.
Escrevo o desassossego.
Descrevo o desapego.
Descrevo entrevero.

Escrevo o que não quero,
Escreveria o que gostaria.
Descrevo o que carrego,
Descreveria idolatria.

Escrevendo vou,
Descrevendo sempre,
O que se passou
Em torno de minha mente.

Nem tudo é real,
A maioria é fantasia.
Eu sou anormal,
Se não fosse não viveria.