São
como pássaros os poemas
Que
migram feito louco
As
vezes vem as dezenas
Outras
vezes só um pouco
Pousam
onde não se sabe
Formando
um livro que lês
Talvez
nunca acabe
Este
presente para vocês
Quando
fechas este livro
Pensando
em sufocá-los
Nem
um pouco me livro
De
novo pouso lhes dá-lo
São
navios sem porto
Buscando
alimentação
Pode
suscitar um morto
Ou
joga-lo na escuridão
Em
meio a tuas mãos vazias
Eles
são como esperança
São
águas em uma bacia
Contidas
por uma lembrança