Mulher verdeConheci uma mulher.
Não é vermelha, e nem amarela.
Não é negra, e nem é branca.
Verde. Sim, verde! É a cor dela.
Esta mulher me encanta.
Quando briga, quando chora.
Quando faz carinha
e diz que vai embora.
Quando vem,
e se aninha com jeito,
como uma gatinha,
enrolada em meu peito.
Ela é uma menina-mulher,
Uma mulher-menina,
Que encanta, me prende,
e que tanto me fascina.
Que tem ciúmes demais.
Que faz e não desfaz.
Se arrepende e me atrai.
Cada vez mais.
Menina minha,
Seja verde a cor tua,
Seja sempre minha menina,
Nunca fique madura.
Deixe que maduro fico eu.
Que só a mim, o tempo passe.
E você que me prendeu
Que nunca amadurasse.
Feliz, risonha, alegre.
És minha, e sou teu.
Assim te quero sempre.
Assim te quero eu.
Vamos deixar que a vida
Resolva o que fazer.
Deitemos na relva umedecida
E estrelas vamos recolher.
Vivamos de sonhos.
Vivamos de ilusões.
Vivamos o tamanho
De nossos corações.
Nosso coração é grande,
Mas não pode preso suportar
Todo amor que nele há.
Deixe o amor solto em nosso coração saltar.
Agora me basta uma declaração tua.
Diz que me ama, com palavra crua.
Sem rodeio, sem aflição.
Com devaneios, com emoção.
Aliás, não diz nada,
fica calada.
Como anjo te quero assim.
Simplesmente vem, caminha pra mim.