domingo, 21 de dezembro de 2014

6 Anos



Em 4 de agosto de 2008 comecei a colocar aqui meus pensamentos, meus lamentos e todos os sentimentos vindos do coração, não havia ali nada de racional, as palavras insistiam em sair e saiam mesmo e  fim de papo.
Hoje, algum pouco tempo depois elas já não me procuram mais com a intensidade de antes, hoje elas estão escondidas, não querem se fazer como se faziam antes e não sei escrever sem ter algum sentimento envolvido.
A dificuldade não é ter as palavras, mas de colocá-las no papel com a mesma  espontaneidade de antes, está ficando  cada vez mais difícil.
Os sentimentos afloram, mas escrever para que? Para o vento? Para que outros se apossem daquilo que não lhes pertencem? Não, este não sou eu.
Então adormeço junto com as palavras.
A quem me inspirou por longos e talvez chatos e cansativos 6 anos só tenho a agradecer.
Agradecer por me fazer uma pessoa melhor, mais compreensiva com as dificuldades que a vida coloca e principalmente por ter me mostrado o que a vida tem de melhor.
O amor não se busca, ele é que nos busca, nos acha, nos agride com uma suavidade sem controle e ficamos reféns em suas mãos.
Um dia, talvez, eu entenda o que foi que aconteceu comigo e com o que há de mais sublime.
Um dia, talvez, eu me veja onde já estive e fique com o coração radiante de alegria.
Um dia, talvez, eu volte a viver, até lá estarei esperando que em momentos de sonhos as palavras resolvam se fazer e que eu ainda possa coloca-las no papel.
Não sou morto, sou só um papel envelhecido, amarelado pelo tempo, amarrotado pela vida, mas em que ainda cabem muitas histórias escritas, histórias que eu nunca deixarei de viver.


Merry Christmas and Happy New Year                 Joyeux Noël et Bonne Année


                      Buon Natale e Felice Anno Nuovo                 Feliz Navidad y Feliz Año Nuevo


                                             Frohe Weihnachten und Happy New Year 




sábado, 20 de dezembro de 2014

A escolha

Só quem viveu vai entender.



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Para quando você ficar mais velha.


Para quando você ficar mais velha.


Há de chegar um dia, em que seus cabelos deixarão ter a cor do sol e se tornarão embranquecidos como a neve, sua pele não terá mais tanto viço e mostrará as marcas deixadas pelo tempo, cicatrizes do tudo que viveu de forma tão intensa.

E cansada do dia a dia, ao final de uma tarde, em seu canto preferido próximo de uma janela vais sentar.

Uma música tocará no ambiente para relaxar, uma guitarra espanhola que tanto gostas, e com este livro nas mãos, você irá ler e sonhar, para viver um outro mundo e não este que se apresenta a você, para esquecer parte deste  mundo que existe lá fora e olhar esta paisagem perdida dentro de você.

De forma suave seus olhos percorrerão as letras tão conhecidas, sabendo o caminho que fazer, como se fossem pássaros a voar para o ninho no fim da tarde.

Virá um sentimento de vazio, um sentimento de tudo o que conquistou ficou da porta para fora e que tudo que viveu, tão intensamente, ficou guardado somente dentro de seu coração.

Lembrará de seus anos de juventude e encantamento, de alegrias e amores, de viagens e sonhos, de realidades e fantasias, de travessuras e responsabilidades.

Lembrará de pessoas com quem conviveu e que repartiu partes de suas angustias e lembrará também de quem te amou, de quem tanto te amou de verdade.

De quem tanto amou não suas alegrias, mas suas tristezas, de quem tanto amou não sua beleza, mas seus encantos, de quem tanto amou esta sua alma peregrina e passeou contigo ao pé da montanha, lembrará de quem por um tempo você dividiu suas angustias e risos.

De quem tanto te amou no mais puro sentido que esta palavra pode ter, sem querer nada em troca, somente pelo fato de te amar, como você é, mesmo sabendo que esta estrada não teria um fim, te amou e escondeu seu rosto no meio da multidão para não ser percebido.

E olhando o sol que se deita no horizonte, pintado de ouro, por entre montanhas, sentirá saudade do amor que fugiu.

Uma saudade que não dói, mas que fica marcando o peito, como se pulsasse junto com o coração, como se já fizesse parte de seu corpo.

Uma lágrima teimará em escorrer lentamente, como forma de incompreensão da perda deste amor, e você viverá, em segundos, novamente, todo o esplendor e grandiosidade deste amor que teve e que o tempo não permitiu que ficasse ao seu lado fisicamente, mas que nunca deixará de estar ao seu lado na emoção do sentimento puro.

A vida continuará, como se nada disso tivesse acontecido um dia, mas amanhã, você se sentará, no mesmo lugar, na mesma tarde, olhando o mesmo sol, com o mesmo livro nas mãos, e viverá, de novo, este mesmo amor que nunca morrerá.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Fim



Durmo agora,
Acalmo meu coração.
Deixe o mundo lá fora,
E sonho o sonho da ilusão.

Me entrego aos momentos,
Que ficaram na memória.
Alegria transborda do pensamento,
Revivendo uma linda história.

Acalmo todo o corpo,
Desligo o que não presta.
Fico como se estivesse morto,
De tanto curtir uma festa.

Me embriago da ilusão,
Tonteio com o vivido.
O que guarda o coração,
Não pode ser esquecido.

O fim é chegado,
Então fecho os olhos bem.
Deixo o coração cansado,
Viver este sonho também.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Nada mais será igual





Me apaixonei pela derrota,
E mesmo assim ignorei.
Mas isto não mais importa,
Agora só eu é que sei.

Era como abrir uma porta,
Para um mundo diferente.
Deixar uma vida  torta,
Ser outro, no corpo, na mente.

Era um mundo desejado,
Como sempre eu sonhei.
Mesmo que ele fosse errado,
Nele me imaginei.

Um caminho pela frente,
Sem paredes a me cercar.
Não seria sol poente,
Que iria me afastar.

Neste mundo eu vivi,
Por um tempo prematuro.
Nem deu para me despedir,
Nem dizer, “- Eu volto, juro.”

Nesta cama os sonhos deixo,
e me visto da vida real.
Deixa prá lá se eu me queixo,
nada mais vai ser igual.

domingo, 14 de dezembro de 2014

sábado, 13 de dezembro de 2014

No lixo, faça um favor.


Transportei por tanto tempo,
Umas idéias escondidas.
Retalhos de sentimentos,
Que eram parte da vida.

Alguns eram iluminados,
Outros eram de escuridão.
Uns eram abafados,
Outros gritavam do coração.

Ora aplaudiam a vida,
Ora rolaram na face.
Talvez por causa perdida,
Ou então para que me calasse.

Hoje não sei o que há,
As palavras já me somem.
Estou sem hora e lugar,
Não sou mais o mesmo homem.

O caminho só se fecha,
A luz  já fica escassa.
Transpassado por uma flecha,
Coração não se disfarça.

Foi entre poesias e poemas,
Que por um tempo sonhei.
Para a musa de todo tema,
Foi a quem eu me dei.

A voz ficou rouca, arfante,
E não posso me controlar.
O céu que era brilhante,
Agora só faz trovejar.

As letras tão encantadas,
Que só falavam de amor.
Agora são descartadas.
“- No lixo, faça um favor.”


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Viver assim



 
Um dia talvez,
Eu olhe para trás.
E veja na tez,
A saudade que jaz.

Reveja o tempo,
Que foi tão vivido.
E não o momento,
De um tempo perdido.

Um sorriso na face,
Me faz recordar.
Coração não me cace,
Me deixe chorar.

Lembrança em mim,
Que foi tão imensa.
Parece sem fim,
De tão, tão intensa.

Palavras do peito,
Não fazem calar.
Amor tão perfeito,
Não pode acabar.

A solidão acompanha,
O coração meu.
Sorriso se assanha,
Pensando no teu.

Poema que chora,
Que molda no fim.
Lembrar o outrora,
É viver assim.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Exposição





Me desculpe por expor,
de maneira tão direta.
Este sentimento chamado amor,
pela mulher que me completa.

Não adianta disfarçar,
ou esconder embaixo dos panos.
Uma hora vai estourar,
e revelar todos os planos.

Todos os sonhos sonhados,
e todos os beijos perdidos.
Estão bem fundo guardados,
em um coração aflito.

Que bate na esperança,
de tudo poder voltar.
E o amor que descansa,
vai de novo nos pegar.

E sacudir, e jogar no chão,
extasiado de tanto amar.
E poderá o coração,
enfim descansar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Amaria




Eu quero amar loucamente,
amar sem limite nenhum.
Amar perdidamente,
e não como qualquer um.

Quero amar como nos sonhos,
só por amar simplesmente.
Amar, como eu suponho,
é matar o igualmente.

Quero amar sem barreiras,
entregar-me por inteiro.
Amar sem fincar bandeiras,
como flor em um canteiro.

Amar sem alvorada,
sem cinzas ou restos outros.
Amar na madrugada,
amar no meu conforto.

E quando o amor  descansasse,
Ou chegasse ao seu final.
Amaria até que de novo acabe,
este amor que é sem igual.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Estarei ao seu lado.






Quando você estiver cansada,
Ou quando a noite vier escura.
Quando você não ver mais nada,
Ou quando achar que não és mais pura.

Estarei ao seu lado.

Quando as lágrimas correrem,
Ou quando o olho ficar turvado.
Quando todos ao seu lado correrem,
Ou quando não tiver mais pecado.

Estarei ao seu lado.

Quando não tiver mais amigos,
Ou quando todos fugirem.
Quando te faltar abrigos,
Ou quando todos de ti rirem.

Estarei ao seu lado.

Quando tudo o mais se for,
Ou quando estiveres caída.
Quando não houver mais calor,
Ou quando só restar feridas.

Estarei ao seu lado.

Quando ninguém mais restar
Ou quando se sentir perdida.
Quando quiser me achar
Ou quando precisar guarida.

Estarei ao seu lado.

Quando o pior vier a acontecer,
Ou quando nada restar além da solidão.
Quando você quiser se arrepender,
Ou quando sonhar o coração.

Estarei ao seu lado.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Frio como espada






Não pensei que amaria,
Uma pessoa assim, perdidamente.
Como se vestido de fantasia,
Em um mundo diferente.

Quando me lembro do sabor,
que tinha esta tua boca linda.
Toma-me o corpo um calor,
Que parece fogueira infinda.

A leveza dos teus passos,
Soam como bailarinas.
Dançando em mundos castos,
Com vestidos de menina.

Frio como lâmina de espada,
É o fim que vem chegando.
Sem você não há mais nada,
Só o trágico me tomando.

E no som do silêncio,
Que só eu  a noite ouço.
Começa de novo o incêndio,
E todo seu alvoroço.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Incompreensão






Hei de algum dia entender,
Nem que seja no infinito.
Como um pode sofrer,
E dois viver no aflito.

Se tu pudesses ver,
Como fico de cansaço.
No final do entardecer,
A esperar o teu abraço.

O teu olhar em mim,
Hoje é mais terno.
As cores, cinzas assim,
Que pintam o meu inferno.

Nada mais me cativa,
Perdeu-se todo o encanto.
Sem entender esta deriva,
Que jogou-me neste canto.

Um dia, quem sabe,
Possa eu compreender.
Como um mundo que se abre,
Pode assim desaparecer.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Leva eu





Leva eu solidão,
Nesta terra não quero mais.
Viver sem emoção,
Deixando tudo para trás.

Leva eu minha saudade,
Para bem longe daqui.
Para o amor que é de verdade,
Que eu deixei fugir.

Leva logo o meu pensamento,
E o deixe de vez repousar.
Nem que seja por um momento,
No colo de quem eu quero gostar.

Leva a mim por inteiro,
Sem deixar nenhum pedaço.
Mesmo sendo terceiro,
É lá que me enlaço.

Leva tudo que é meu,
E leva agora, correndo.
Pois tudo isto é seu,
Não vá nunca se esquecendo.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Flor de desejo






Dá-me a flor do desejo,
Que eu te devolvo encanto.
Acompanhando de um beijo,
E um leve acalanto.

Beija-me o rosto querida,
Acolhe-me em teus braços.
Limpa a minha ferida,
E conserta o embaraço.

Bendito seja teu tempo,
Sejas tu por um ano mais.
Num segundo, num momento,
Que não passe nunca, jamais.

Que no tédio deste encanto,
Seja tudo novidade.
Cada palavra como canto,
Cada olhar uma saudade.

Sem principio demarcado,
E sem um fim por marcar.
Nos desejos sou levado,
Para neles descansar.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Talvez


Você até me perdoaria,
Se eu pudesse me explicar.
Talvez, quem sabe algum dia,
Quando a gente se encontrar.

Te falaria dos encantos,
Ou até sem te falar.
Contaria no entanto,
Como é bom só te olhar.

Você ate me entenderia,
Se eu pudesse te beijar.
Meu rosto no teu encostaria,
E deixaria a emoção sobrar.

Voltaríamos no tempo,
Como se nada tivesse acontecido.
Seria só por um momento,
para não ser nunca esquecido.

Deixaria você no peito,
e esqueceria a solidão.
Voltaria a ser perfeito,
E não mais um na multidão.

Talvez, quem sabe, um dia,
Isto possa acontecer.
Viver esta nova fantasia,
Um dia antes de morrer.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Restos do passado


Vai andando pela rua,
Um corpo sem alma.
Distante como lua,
Num mundo sem calma.

Arrastando destroços,
Catando os restos.
Nem sei como posso,
Para nada mais  presto.

As mãos estendidas,
pedindo clemência.
Cabeça envolvida,
Em pura demência.

Em sonhos perdidos,
Se foi  o poeta.
No combate vencido,
A razão é o que resta.

Memórias paradas,
Congeladas no tempo.
Palavras castradas,
Um pouco me lembro.

Silencio profundo,
Agora se faz.
O mundo fecundo,
Ficou para trás.

Restos do passado,
Que vivem na mente.
Me faz enjaulado,
Como louco, demente.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Maria Lucia





Minha cara Maria Lucia,  agradeço suas visitas diárias, assim como os seus comentários, embora às vezes não concorde com eles, mas os respeito.
Como está público meu nome é Older, tenho 61 anos e dois filhos, portanto sendo PAI, não posso e nem poderia ser, fruto de um relacionamento seu que não deu certo.
Estive afastado por um bom tempo deste blog, aproximadamente 40 dias, por problemas particulares e deixei tudo programado, hoje lendo os comentários aqui deixados constatei que você mais uma vez descarregou sua atenção para mim.
Não sou a “pessoa” que lhe provocou tantos problemas e que você teima em me qualificar como tal.
Não sou a “pessoa” a quem você deveria cobrar atitudes.
Portanto sou a “pessoa” que você pensa que sou.
Mais uma vez lhe digo, respeito suas opiniões, agradeço suas visitas e comentários, mas, por favor, não me confunda com quem você acha que sou.
Escrevo para uma só pessoa, que infelizmente não é você, e para ela entrego parte de meus sentimentos.
Ela sabe reconhecer o que ali está exposto.
Ela entende, apesar de tudo, o que eu quero dizer.
Não se aproprie de sentimentos alheios, não tome conta de sentimentos que não lhe pertencem.
As palavras você pode até usar, guardá-las onde bem desejar, mas os sentimentos não, estes são meus, estes são de quem eu escrevo e de mais ninguém, estes você não pode ter a posse.
Não fique chateada com este desabafo, mas como você desabafa aqui achei que teria, talvez, o mesmo direito.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Fingimento






Eu corro, corro,
atrás do impossível.
E morro, morro,
a cada instante indivisível.

O tempo não volta
só a vontade de nele viver
Navegar num mar de revolta
para poder sobreviver

Nós e elas,
vivendo como comuns.
Verdade que se revela,
só sendo mais uns.

As linhas traçadas,
que um dia se cruzaram.
Não podem apagadas,
e nem desembaralhadas.

E corro, corro,
como se de mim fugisse.
E morro, morro,
como se vivo fingisse.

domingo, 30 de novembro de 2014

Versos para o vazio




                                                                                                           

Escrevo de forma desordenada,
Sem ter muito o que dizer.
Falo de tudo e do nada,
Que abateu-se sobre meu ser.

Com o coração faminto,
Me abro para o vazio.
E conto aquilo que sinto,
Como se fosse doentio.

São soltos sentimentos,
Que se unem em uma corrente.
Causando transbordamento,
Em uma alma doente.

Doente por não saber,
O que  fazer da vida.
Se vive com o sofrer,
Ou corre para a sua partida.

Enquanto não me decido,
Escrevo não sei para quem.
Se quem eu quero não faz o lido,
Ou se esconde como refém.

Nestes versos para o vazio,
Encho de tristeza o coração.
No olho brota um rio,
Que inunda a solidão.

sábado, 29 de novembro de 2014

Meu amor, por você, não morre








É melhor ter tido,
do que nunca o ter.
Mesmo que tenho ido,
não se vai esquecer.

Viver das memórias,
que não estão empoeiradas.
Lembrar desta história,
é voar de madrugada.

Mesmo sem asas ter,
sobre montanhas vou voando.
Esperando poder te ver,
pela rua passeando.

E passar só ao teu lado,
Como sombra que alivia.
E voltar admirado,
Da beleza que contagia.

Me perdoar de coisas tolas,
Que eu fiz sem um querer.
Reviver as horas boas,
Que eu tive com você.

Sem poder tirar de dentro,
O que foi aqui plantado.
Eu costuro meus remendos,
Neste amor idolatrado.

E mesmo que tenha saído,
Dentro do peito teu.
Em mim nunca foi ido,
Este amor é só meu.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Perdido







Perdi um tempão,
Até as letras eu perdi.
Tentei em vão,
Sem conseguir.

Dar um jeito,
Nesta situação.
A dor no peito,
Não tem perdão.

Me vejo só,
Perdido sem nada.
Como se fosse pó,
Sem ter com quem se faça.

Não volta o tempo,
Somente a lembrança me vêm.
O sabor de um momento,
Que ficou lá, além.

Um amor que se planta,
Nunca deve morrer.
Mas a dor é tanta,
O que se há de fazer.

Eu fico calado,
Com o olhar perdido.
Triste como um fado,
É um coração arrependido.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Vida amorosa





Não poso comer croissant,
E nem passear em Paris.
Vou comendo pão doce com maçã,
E tentando na vida ser feliz.

No sinal não tem mais beijo,
E nem cortina branca voando.
Fora disto não me vejo,
E por isto saio cantando.

Nem tudo o que se quer,
É aquilo que conseguimos.
Me  engano quando der,
Quando não der nos iludimos.

E disto a vida é feita,
De ilusão que fabricamos.
Pode até não ser perfeita,
Mas se vai passando os anos.

É só isto que se leva,
as lembranças mais gostosas.
É a alma que se eleva,
Nesta vida amorosa.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Obrigado amor








Obrigado amor pelas lembranças,
Obrigado amor pelo carinho.
Obrigado por me fazer criança,
E também por me deixar no ninho.

Obrigado amor pelas viagens,
Obrigado amor pelos cafés.
Obrigado pelas miragens,
E também por ser mulher.

Obrigado amor pelos risos,
Obrigado amor pelas lágrimas.
Obrigado por plantar o siso,
E também por virar a página.

Obrigado amor pelas visões,
Obrigado amor pelas possibilidades.
Obrigado por trazer meu coração,
E também pelas saudades.

Obrigado amor pelo gostar,
Obrigado amor por tudo que vi.
Obrigado por tanto te amar,
E também que eu não te esqueci.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sorte Minha






Dizem que minha musa tem sorte,
o que eu discordo plenamente.
Vou dizer até a morte,
sorte minha eu a ter em mente.

Pois é ela que me acalma,
é ela que me suporta.
Sem ela não teria alma,
seria figura morta.

Ela é quem me ilumina,
é ela quem me  sustenta.
Sem ela não haveria rima,
e nem o coração esquenta.

Então quem tem sorte sou eu,
por a ter guardada no peito.
Foi presente eu Deus me deu,
e este eu não rejeito.

E a ambos agradeço,
por tudo quem tem me dado.
Nem sei se eu mereço,
mas não deixo ficar de lado.

Eu a guardo como posso,
bem junto ao coração.
E este amor que é só nosso,
é  a marca de uma união.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Um Sonho







Tenho de acordar desta ilusão,
largar para lá esta insensatez.
É hora de botar os pés no chão,
e seguir a vida de vez.

Foi bom este sonho sonhar,
foi bom até demais.
Chegou a hora de acordar,
e deixar o sonho para trás.

Mesmo que nada mais reste,
deste sonho maravilhoso.
Tenho de trocar as vestes,
calar este coração chuvoso.

Este pobre sonhador,
deve outros sonhos sonhar.
Ainda que nunca mais seja sonhador,
deve-o no coração levar.

Para que possa sempre lembrar,
o quanto um sonho pode bom ser.
E se deixar neste sonho embarcar,
mesmo que venha de novo  a sofrer.

domingo, 23 de novembro de 2014

Sou um museu




 
Virei um museu,
Só vivo de lembranças.
Nem mesmo sou mais eu,
Perdi a esperança.

E cheio de velhas memórias,
Vou me deixando de lado.
Me deixei morar na história,
Que não faz parte do passado.

Vou a poeira limpando,
E deixando tudo como estava.
Não estou mais me importando,
Se você não está em casa.

Emendo fragmentos,
Vou colando fotografias.
Remendando meus momentos,
Desta minha fantasia.

Faço este um mundo só meu,
E vou vivendo na solidão.
Já que tudo isto não é mais seu,
Aprendi a só ter o não.

O que tenho é muito grande,
Para se deixar morrer no tempo.
Ele vem como avalanche,
Tantas vezes, não me lembro.

Nesta história bonita,
Não há lugar para mais ninguém.
È uma história de vida,
Da vida que sou refém.

sábado, 22 de novembro de 2014

Sinto muito





Sinto muito pela mágoa,
por machucar seu coração .
Nem mesmo com muita água,
vai lavar a solidão.

Machuquei-me por inteiro,
por não seguir a emoção.
Um amor só é verdadeiro,
quando fala ao coração.

E eu o encontrei,
e perdi, fiquei sozinho.
Nunca me perdoei,
por seguir este caminho.

Mas meu corpo eu abro,
e te falo com a alma quebrada.
Em pedaços me acabo,
me dando muita porrada.

Espero que o perdão,
venha em forma de conforto.
Pois viver com este não,
é fazer um caminho torto.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

De que adianta






De que adianta escrever
Falar daquilo que sinto
Se quase você não lê
Ou se lê pensa que minto

De que adiante jogar
Minhas palavras ao vento
se elas não tem onde pousar
e morrem no tempo

de que adianta me deixar
levar por este amor encantado
Se ele não vai vingar
Ou vai ficar condenado

De que adianta te colocar
Como minha eterna musa
Se você não pode trocar
Sua vida pela que assusta

De que adianta cada vez
mais eu ficar apaixonado
Se não foi desta vez
Que ficarei ao teu lado.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Meu blog






Este blog é um diário,
um diário de uma paixão.
De um amor tão voluntário,
que não cabe no coração.

Nele eu escrevi,
falando do que eu sinto.
Descrevendo o que vivi,
de uma andança em labirinto.

Mas agora perdeu a fé,
pois nele não vens  mais.
Parece bem até,
que o passado ficou para trás.

Então eu continuo a escrever,
pelos quatro cantos do mundo.
Só guardarei este prazer,
para este coração vagabundo.

A na alegria da visita,
me perdi como poeira
E o  presente dado com fita,
ficou esquecido na ladeira.

Se desfez como ninguém,
não faz mais parte da vida.
Querer o que não se tem.
nesta viagem sem ida,

Eu me perdoo então,
por derramar todo este tempo.
Meu amor de coração,
a quem se foi no breve vento.