quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não sou

Me chamaram de poeta,
Mas poeta não sou.
Sou um simples pateta,
Não passo de um escrevinhador.

Um poeta é pleno,
Tem a mente abstrata.
Um poeta é ser supremo
No domínio das palavras.

Um poeta é completo,
Em todo o seu escrever.
A cabeça é repleta,
Borbulhando de prazer.

Ele escreve certo,
Em tudo que lhe vê.
Ele escreve bem perto,
Daquilo que se quer perceber.

Ele é pura inspiração,
Bem dentro do corpo.
Ele é muita imaginação,
Sempre tem um escopo.

A alma viaja,
Aonde ninguém mais vai.
A palavra encoraja,
E o poema sai.

Ele não é um,
Mas vários.
É um ser comum,
Em seu próprio planetário.

Um poeta não existe,
Ele é uma mitologia.
Tudo que ele disse,
Se transforma em magia.

Até chegar a este ponto,
Muito tenho de aprender.
Terei de ir ao encontro,
Do mais belo de meu ser.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vida Torta

Não me peça para errar,
Desmanchar tudo o que já foi acertado.
Talvez deixando de pecar,
Me deixem um lugar reservado.

Não me deixe errar mais,
Além do tanto que já fiz.
De tanto ser pressionado,
Pareço até almofariz.

Nem tudo a vida erra,
Algumas coisas são certas demais.
Tem hora que tudo enreda,
Parece que não desata mais.

Então quando menos se espera,
Vê-se uma luz ao longe.
Fica de lado o desespera,
Abre-se novo horizonte.

Desagrado a uns,
A posição tomada.
Ou talvez a nenhum,
Nesta minha vida desabalada.

Mantendo firme o rumo,
E tentando não desviar.
Vou me firmando no prumo
Da nova vida tentar.

Desculpem os desagradados,
Ms não pretendo mudar.
Depois de ser desregrado,
Só quero a Um me fiar.

Um que alegria me deu,
Um que aplainou minha vida.
Um que a mim concebeu,
Um que me completa todo o dia.

A este Um sou fiel,
E assim vou me manter.
Na sua lei sou tabaréu,
Ainda tenho muito de aprender.

Já se foi a vida torta,
Agora é seguir em frente.
Ela que era quase morta,
Agora é água corrente.

sábado, 24 de setembro de 2011

Hoje .....

Hoje me esqueci das tristezas,
Hoje me esqueci das lamurias,
Hoje não quero riqueza,
Hoje não possuo balburdias.

Hoje não quero solidão,
Hoje não quero amarguras.
Hoje não quero sofreguidão,
Hoje não quero rasuras.

Hoje não quero impaciência,
Hoje não quero distancia.
Hoje não quero ambivalência,
Hoje não quero discordância.

Hoje não tem emoção,
Hoje não tem inquietude.
Hoje não tem nem ação,
Hoje não tem plenitude.

Hoje tudo some,
Hoje tudo desapareceu.
Hoje sou só um sem nome,
Hoje sou só mais um que sofreu.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Labirinto

Vou andando pela rua,
Olho rente ao chão.
Vou pisando meio firme,
Acompanhando a solidão.

Nem quero saber se chove,
Ou se o sol se fará.
O olho mal se move,
E o pensamento vive a voar.

Vôo longe,
Nem aqui estou mais.
Só o corpo se move,
A alma ficou lá trás.

Quase um morto-vivo,
Prestes a desabar.
A vida parece labirinto,
Difícil de se escapar.

E nestas valas negras,
Espero minotauro encontrar.
Para na luta derradeira,
O vencer ou me entregar.

Não conheço Ariadne e nem sou Teseu,
E nem tenho novelo a me guiar.
Somente tenho da vida o que ela me deu,
E com estas armas tenho de lutar.

Deste labirinto vou sair,
Disto podes ter certeza.
Muitas vezes ainda vou cair,
Mas levanto com ligeireza.

Vou chegar,
Ralado e sangrando.
O corpo vai festejar,
Mas a alma estará chorando.

domingo, 18 de setembro de 2011

Jejum

Jejua o saudoso poeta,
Dos tempos de imaginação.
Em que saciava a fome repleta,
Com palavras de emoção.

Na inanição do ser,
No oco da mente vazia.
Pode até não parecer,
Mas ele vivia de utopia.

E nos caminhos desencaminhados,
Conseguia sobreviver.
Com o corpo todo cortado,
Sangrava até quase morrer.

A alma se refazia,
Em tamanho sofrimento.
O coração não mais batia,
Se entregava ao lamento.

Enquanto um sofria,
O outro se alternava.
Ora um comia,
Ora outro chorava.

O tempo de seca chegou,
E chegou para ficar.
A terra fértil secou,
Nem lágrima tem para molhar.

Inverno em pleno verão,
Sufoco, falta de ar.
Que mundo mais louco
Em que fui me enfiar.

Alimentando-se do passado,
Jejua doce poeta.
Na vida tem fardos muito pesados,
a vida não é só balela.


Faça greve de fome,
Exponha todos os ossos.
Quem muito na vida consome,
Cai em profundo remorsos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Perturbações

Ali, dorme a paz,
Naquela árvore,á sombra.
Em um afago tudo esvai,
Nenhum medo mais me assombra.

Nela me deixo sentar,
Aproveitando a brisa fresca.
Fecho os olhos a sonhar,
E eles surgem pelas nesgas.

Não abraço o vento,
Por ele sou abraçado.
Recebo o avivamento,
De viver entrelaçado.

Do rio sou leito,
Escondido sobre as águas.
Quando vem saudade no peito,
Por um instante tudo apaga.

Na chuva ainda me molho,
A face não fica seca.
A torrente que sai dos olhos,
Brota dentro da cabeça.

Neste mundo muito escuro,
Tateando eu vou.
Estou cercado de muros,
Nem sei mais quem eu sou.

Sem minha voz sair, canto.
Os sons não se detem.
Parece até quebranto,
Ou coisas que não convém.

O perto sempre está longe,
Parece tudo infinito.
Quem sabe sendo monge,
Não me torne um ser maldito.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Não Sei



Não sei se posso ir,
Não sei se posso ficar,
Não sei como sair,
Não sei como voltar.

Não sei como viver,
Não sei quando gostar,
Não sei quanto sofrer,
Não sei como não chorar.

Não sei mais amar,
Não sei mais falar,
Não sei o que dizer,
Não sei o quando calar.

Não sei com quem sonhar,
Não sei em quem pensar,
Não sei para quem cantar,
Não sei com quem beijar.

Não sei mais do silencio,
Não sei mais da escuridão,
Não sei mais o que penso,
Não sei mais da solidão.

Não sei,
E fico sem saber.
Um dia me deitei
E me deixei adormecer.

sábado, 10 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O último poema


Queria escrever,
Um último poema de amor.
Em que pudesse descrever,
Tudo aquilo que o coração guardou.

Tentei o início buscar,
E não o encontrei.
Depois de muito pensar,
Na cama me larguei.

E com a mente solta,
Imagens começaram a vir.
No meio da noite revolta,
Você começara a florir.

Tanta gente passava,
Nem sei para onde vão.
Só você se destacava,
Balançando o coração.

E num impulso imediato,
Nossos olhares foram trocados.
E em total desacato,
Nós ficamos abraçados.

O tempo a volta parou,
nem sabia o que dizer.
Um lábio no outro colou,
Uma lagrima se fez escorrer.

Tentei escrever a cena,
Mas um sinal vermelho acendeu.
Você foi embora, que pena,
E tudo a volta emudeceu.

E o poema não sai,
As palavras não ajudam.
Quem sabe um dia vai
E no papel se juntam.

Enquanto o vento não vem,
Fico guardando saudades.
Do tempo que não se detêm,
E leva toda mocidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Com você



Me encontrei,
me perdi.
Viajei,
Conheci.

Magoei,
Fiz sorrir.
Chorei,
Adormeci.

Me dei,
Seduzi.
Fui um rei,
Me perdi.

Acabei,
Reconstruí.
Fora da lei,
Me prendi.

Naveguei,
Fui ali.
Alto voei,
E cai.

Machuquei,
Sacudi.
Agarrei,
Conduzi.

Implorei,
Frenesi.
Agora eu sei,
Eu morri.

sábado, 3 de setembro de 2011

Sou Única



Mente,
Diz que me quer.
Não me faz sentir carente,
Me chama de tua mulher.

Não me abandona,
Andando só pela rua.
Diz que ainda me ama,
Que sempre serei só sua.

Sou rosa solitária,
Preciso ouvir isto.
Em minha vida imaginária,
Tudo vira paraíso.

Tudo oprime,
Em todas as horas.
Só assumo desanime,
quando você vai embora.

Fica,
Fica mais um pouco.
Em seu colo me aninhe,
Deixa meu pensamento louco.

Seu carinho me sufoca,
Me deixa enlouquecida.
Vem, me afoga,
Em seus beijos e mordidas.

Com você sou plena,
Com você sou Eva.
Sou a eterna Helena,
Me bota no peito, me leva.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Linda Chuva

Perpetuum Jazzile é um coro esloveno que executa a música jazz e popular. Foi fundado como Gaudeamus Coro de Câmara em 1983 por Marko Tiran. Em 2001, Tiran passou a direção de arte do coro para Tomaž Kozlevčar, o renomado produtor musical, arranjador e vocalista, que foi seguido por Peder Karlsson dez anos mais tarde.

O coro é composto por dois cantores feminino e masculino. Eles são, ocasionalmente, agravado por instrumentistas de jazz da Banda Big RTV da Eslovénia e eslovena estrelas pop como Alenka Godec, Čukur 6pack, Alya, Pestner Oto, Plestenjak Jan, Derenda Nusa e outros.

O coral utiliza um amplo espectro de estilos de jazz, realizando harmonias complexas e densas,característica da música estreita harmonia. Eles foram originalmente inspirado por Gene Puerling, The Singers Unlimited, e The Swingle Singers.Eles executam bossa nova e música swing, bem como funk, gospel e pop ou a cappella com vocal percussionista Saso Vrabič aka. Multitarefa, ou com um trio de jazz.

Em 2006, o coral gravou seu álbum Čudna NOC, que foi lançado pela Dallas Records em setembro. Logo depois que ele organizou um concerto com Mansound (de Kiev, Ucrânia). Em dezembro, lançou seu primeiro vídeo Čudna NOC, a faixa-título de seu novo álbum. Faixas do álbum ocupou o topo das paradas das emissoras de rádio mais importante em torno Eslovénia, [carece de fontes?] enquanto o álbum em si foi classificado entre os dez melhores álbuns mais vendidos em Eslovénia. [carece de fontes?] Dois vídeos separados YouTube de seu desempenho de "África" ​​teve quase 10 milhões de visualizações combinado desde a publicação primeiro em maio de 2009 até junho de 2010. O desempenho também rendeu elogios do da canção co-escritor , David Paich .