quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não sou

Me chamaram de poeta,
Mas poeta não sou.
Sou um simples pateta,
Não passo de um escrevinhador.

Um poeta é pleno,
Tem a mente abstrata.
Um poeta é ser supremo
No domínio das palavras.

Um poeta é completo,
Em todo o seu escrever.
A cabeça é repleta,
Borbulhando de prazer.

Ele escreve certo,
Em tudo que lhe vê.
Ele escreve bem perto,
Daquilo que se quer perceber.

Ele é pura inspiração,
Bem dentro do corpo.
Ele é muita imaginação,
Sempre tem um escopo.

A alma viaja,
Aonde ninguém mais vai.
A palavra encoraja,
E o poema sai.

Ele não é um,
Mas vários.
É um ser comum,
Em seu próprio planetário.

Um poeta não existe,
Ele é uma mitologia.
Tudo que ele disse,
Se transforma em magia.

Até chegar a este ponto,
Muito tenho de aprender.
Terei de ir ao encontro,
Do mais belo de meu ser.

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