sábado, 30 de novembro de 2013

Vestindo sonhos



Guardei meu sonho num sonho,
Que só abri de madrugada.
Como uma roupa eu o ponho,
E me visto como encantada.

Neste mundo me abrigo,
Das coisas tristes da vida.
Ali não corro perigo,
Ali ninguém apita.

O dia que foi medonho,
Se torna tão claro a noite.
É só vestir meu sonho,
E esquecer o que foi-se.

As cores ficam tão claras,
O céu tem perfume suave.
Ali minha alma caiçara,
Viaja num mundo sem chave.

Se olhar bem de perto,
O que se tem para ver.
Vás ver, é bem certo,
Como é gostoso viver.

Viver livre como ave,
Sem gaiola para prender.
No meu sonho tudo cabe,
Até mesmo eu e você.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sentimentos.




Reproduzir o que sinto,
Em um pedaço de papel.
É como ser extinto, 
No deserto tão cruel.

São como pedras no muro,
Formando um paredão.
São nelas que me aprumo,
Escondendo a solidão.

As ruas ficam vazias,
Pra que eu possa falar.
De todas as fantasias,
Que ainda posso sonhar.

As palavras correm soltas,
E as idéias vão na frente.
No fim sou toda envolta,
Como por forte corrente.

A distância diminui,
Entre o céu e a terra.
Donde se conclui,
Um sonho não se encerra.

Sentimentos variados,
São o que me fazem viver.
São eles os culpados,
De eu poder escrever.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Seres distintos





Que poesia há na rosa,
Ou no cactos e seu espinho.
O que há a ser dita em prosa,
Ou sob uma taça de vinho.

O que há para ser dita da chuva,
Ou sob o sol escaldante.
O que há para ser visto na nuvem,
Ou em um olhar radiante.

O que há para ser dito das flores,
E suas cores variadas.
O que há para ser dito das dores,
Que deixam as almas arriadas.

Nada de novo há de ser dito,
A não ser pela visão diferente.
A visão de quem não tenha visto,
Os problemas como a gente.

Os sonhadores são assim,
olham tudo de outro ângulo.
enxergam a poesia enfim,
sem nenhum tipo de preâmbulo.

Os olhos simplesmente batem,
e enxergam o que não se vê.
As letras logo combatem,
E no papel querem ser.

Descrever o impossível,
De uma maneira sublime.
Tornar-se ser invencível,
Romper de vez com o regime.

Este cara é um louco,
Que não vive no mundo alheio.
Da vida vive tão pouco,
Pois ela é cheia de anseio.

Eu sou um destes seres,
Que corre atrás do sonho.
Preciso me abastecer,
Ou meu mundo fica medonho.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013







Há os tão profundos.
Há os sem igual.
Há os deste mundo. 
Há os do irreal.

Há os que são como filho.
Há os que desconheço.
Há os que são martírio.
Há os do recomeço.


Há os que falam tudo.
Há os que dizem nada.
Há os que são fecundos.    
Há os que são pancada.

Há os que acalmam.
Há os que confortam.
Há os que exaltam.
Há os que revoltam.

Há os que são doces.
Há os que são fel.
Há os que se fosse.
Há o que é cruel.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sono profundo





Deitado na cama,
Olhando pro teto.
Você não me chama,
E eu não desperto.

Este sono profundo,
Parece mortal.
Nem um segundo,
Se volta ao normal.

Quem dera pudesse,
Um beijo de cura.
Você o me desse,
Por pura candura.

E o sono acabasse,
Despertando por fim.
A alma renasce,
Com você em mim

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Insistente







Vive em mim, aqui dentro,
O rosto de uma dor antiga.
Por mais que eu tento,
Ela quer ser minha amiga.

Sem jamais me dar descanso,
Ela teima em se deitar.
Ao meu lado, em todo canto,
Lá vem ela me abraçar.

Em sonhos precipitada,
Se forma em linda moça.
Como figura encantada,
Vem e me beija a boca.

Em um balé inspirado,
Ela baila para mim.
No corpo tem tatuado,
Um coração carmim.

Inebriado pelo vento,
Que seu perfume trás.
Sozinho já não aguento,
E não me controlo mais.

Entrego todo o corpo,
A esta deusa bendita.
Passo a mero adorno,
Em suas mãos aflitas.

Amanheço com olhar triste,
De mais um sonho perdido.
Deixaste a quem feriste,
Quem foi por ti seduzido.

domingo, 24 de novembro de 2013

Chuva forte


Choveu esta noite,
Palavras de ternura.
E para ti foi-se,
Como chuva de candura.

Secava as gotas caídas,
Com uma seda fina.
Nas tuas mãos, menina,
Eram contos de rapina.

A cada gota secada,
Uma outra ia surgir.
Trabalhavas como escrava,
Para não ver as gotas cair.

Cada gota uma lembrança,
Que só querias apagar.
Deixar de ver a herança,
De um dia me amar.

E a chuva segue forte,
Inundando todo o tempo.
Seriam pequenos recortes,
Espalhados pelo vento.

Cesse chuva maldita,
Me deixe ao menos enxergar.
Preciso ter uma vida,
Preciso deixar de te amar.


sábado, 23 de novembro de 2013

Quem por mim



Quem por mim escreve,
Não sabe o que dizer.
Deixa lá letras alegres,
Para outros entreter.

Tantas vezes tentei falar,
Dizer do que não vi.
Cheguei até imaginar,
Que outro mundo eu nasci.

Por mim eu não falo,
Sou apenas porta-voz.
As letras que eu declaro,
Não é de nenhum de nós.

Permaneço ali calado,
Fincado como junco.
Ao vento sou jogado,
E com ele vou junto.

Por vezes até me assombro,
Com as letras ali deitadas.
São sobras como escombro,
De uma parte arrancada.

Tantas vezes naveguei,
E me perdi em seu caminho.
Onde vou para não sei,
Só sigo por ele sozinho.

Quem por mim escreve,
Faz-me de seu fantoche.
Manipula quando pede,
Ao seu eterno deboche.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Uns e outros






Uns são diferentes,
Outros são tão iguais.
Uns andam com a gente,
Outros ficam para trás.

Uns amam com jeito,
Outros com empolgação.
Uns são nossos defeitos,
Outros a nossa correção.

Uns sempre estão por perto,
Outros na palma da mão.
Uns são amigos fraternos,
Outros são mais que irmão.

Uns são eternos dilemas,
Outros também o são.
Uns são nossos problemas ,
outros a final solução.

Uns são gente contente,
outros a tristeza pura.
Uns são gente da gente,
outros uma grande amargura.

Uns poucos entendem,
outros nem querem saber.
Uns são seres viventes,
outros preferem morrer.

Uns na vida real,
outros na fantasia.
Uns são quase animal,
outros uma maravilha.

Uns são como livros,
outros a televisão.
Uns são amigos vivos,
outros nem sei quem são.

Uns são muito amigo,
outros carrego no peito.
Uns eu fiz ferido,
outros não tem mais jeito.

Uns eu trago comigo,
outros os trago também.
Uns eu corro perigo,
outros vou mais além.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O que um poeta quer.





O que um poeta escreve;
Carinho,
Emoção,
Sentimento,
Ilusão.

O que um poeta percebe;
A falta,
A ausência,
A ribalta,
A demência.

O que um poeta vê;
As cores,
as dores,
os amores,
seus torpores.

O que um poeta ouve;
Um grito,
aflito,
partido,
tolhido.

O que um poeta é;
Maluco,
Palhaço,
Caduco,
Devasso.

O que um poeta quer;
Um sonho,
falar,
me ponho,
a amar,

O que um poeta deseja;
Um beijo,
Lampejo,
Desejo,
Me deixo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Parece mentira





Parece até mentira.
Mas um dia te encontrei.
Era noite, não era dia,
Foi assim que desejei.

Tinha muita gente na rua,
Andando, olhando o céu.
Cada um estava na sua,
E eu no fogaréu.

Um leve toque de mão,
E um abraço logo surgiu.
Não houve nenhum não,
O amor nos conduziu.

Um passeio pela praia,
E eternos sinais fechados.
Toda hora se ensaia,
Um beijo de olhos cerrados.

Os encontros foram tantos,
Que nunca chegava a enjoar.
As vezes rolava um pranto,
Que era para lembrar.

Muita felicidade é pouca,
E devemos aproveitar.
É tiro à queima-roupa,
Acerta para matar.

E matou o infinito,
Num breve de olhos  piscar.
Aquilo tudo tido,
Não podia continuar.

Cada um foi para um canto,
Rodando pelo mundo afora.
O mundo segue girando,
E o dia foi embora.

Este mundo redondinho,
Ainda vai nos encontrar.
E no meio de um estrondo,
Voltaremos a nos achar.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Não





Não vai.
Não briga.
Não sai.
Não liga.

Não deixa.
Não fale.
Não beija.
Não cale.

Não chore.
Não peça.
Não more.
Não peca.

Não grite.
Não reclame.
Não xingue.
Não chame.

Não ame.
Não ignore.
Não brame.
Não adore.

Não viverei.
Não rache.
Não poderei.
Não ache.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Viagem fantástica






Deste milênio, nono era o ano,
Já corria o quinto mês.
E se não muito me engano,
Era sábado, dia vinte e três.

O profeta da baleia,
junto com seu irmão.
Fazia palestra na aldeia,
cantando para a multidão.

Como lá não ia,
resolvi passear.
Com a lua como companhia,
andava a beira mar.

De repente apareceu,
algo que me fascinou.
Um disco voador me prendeu,
e consigo me levou.

Era uma viagem maravilhosa,
por onde ele passava.
Tudo belo, cor de rosa,
este mundo me encantava.

A lua no céu brilhava,
e eu fiquei viajando.
O disco no céu girava,
em cada giro me levando.

Um dia aqui me deixou,
depois de tanto viajar.
A sua procura estou,
querendo de novo voar.

domingo, 17 de novembro de 2013

Tô indo

Estarei indo ali, obrigatório, mas volto já, estas idas, para quem me conhece,  já fazem parte desta minha rotina.
Deixarei publicações programadas até o final de janeiro, pois tenho escrito muito e ainda tenho muito para publicar. (espero)
Bjs, abs apertos de mão e inté.

E para relaxar, vá curtindo  enquanto isto.



Que a lua seja de festa
Que o dia seja de brilho
Que haja sempre uma fresta
Neste mundo tão vazio.

sábado, 16 de novembro de 2013

Incontido





Sou de Marte;
Sou de Vênus.
Sou quem parte;
Vou te vendo.

Nestas linhas;
Perigosas.
Não são minhas;
São tão nossas.

Vou andando;
Pelos campos.
Vou catando;
Novos cantos.

Neste tempo;
De bonança.
Sou o vento;
Esperança.

Sou caminho;
Sou a fé.
Vou sumindo;
Vou a pé.

Sou sorriso;
Sou quem chora.
Sou por isso;
Quem implora.

Sou o nunca;
Sou talvez.
Sou bagunça;
Que se fez.

Sou momento;
De saudade.
Sou o tempo;
Que me abate.

Sou azul;
Sou vermelho.
Sou mais um;
No espelho.

Sou o mundo;
Sou espaço.
Vagabundo;
me afasto.



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Não dê






Não dê tempo ao tempo,
Dê vida a vida.
Não dê lamento ao lamento,
A vida é muito corrida.

Não dê sopro ao vento,
Dê cor na partida.
Não dê tempo ao momento,
Dê um beijo na saída.

Não dê corrente ao pensamento,
Dê asas para a subida.
Não dê calor ao abafamento,
Dê amor que consolida.

Não dê trela a quem não fala.
dê razão a quem a tem.
Não dê alça para quem é mala.
Dê a mão a um alguém.

Não dê demais de você,
Dê o que não for racional.
Não dê olhos ao que não vê,
Dê amor incondicional.



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Tempo






O tempo passou,
E levou o que me tinha.
Ele nem me perdoou,
Nem deixou uma sombrinha.

Cruel este tempo,
Que não perdoa por nada.
Nem adianta um lamento,
Ele leva de puxada.

Só deixa no peito cravada,
A espada solitária.
Que sangra como danada,
Uma vida secundária.

Que tolo seria se fosse,
Se não levasse este alento.
A vida seria mais doce,
Com muito menos tormento.

Uns me perguntam se dói,
Outros nem querem saber.
A todos digo que rói,
Um  coração a bater.

Lembranças de alguém,
e do encanto que houve.
Mesmo que a espada arrancarem,
Este alguém já não me ouve.

O tempo que deixa assim,
Tudo conforme está.
A lembrança fica para mim,
E este eterno gostar.  

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Há pessoas





Há pessoas que levam.
Há pessoas que trazem.
Há pessoas que negam.
Há pessoa que traem.

Há pessoas que deixam encanto.
Há pessoas que conduzem.
Há pessoas que deixam pranto.
Há pessoas que nos fazem refém.

Há pessoas que vem para completar.
Há pessoas que nos faz sorrir.
Há pessoas que nos fazem desabar.
Há pessoas que só faz ferir.

Há pessoas boas.
Há pessoas demais.
Há pessoas a toa.
Há pessoas eventuais.

Há pessoas que são porto.
Há pessoas que são paz.
Há pessoas que são aborto.
Há pessoas que vão para trás.

Há pessoas que são fantasia.
Há pessoas que muito amamos.
Há pessoas que são nostalgia.
Há pessoas por quem choramos.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Vento da Noite





Vem com o vento da noite,
Teu nome suavemente soprado.
Perfumado pela dama da noite,
E com andar delicado.

Milhões de pensamentos,
Estouram em minha cabeça.
A sua simples presença,
É algo que não se esqueça.

Cantando um tango arrastado,
vem você lentamente.
Andando como bailado,
Flutuas toda reluzente.

Inebriado, fico tonto,
Com a visão que tenho.
Me apronto para o confronto,
Tão certo será ferrenho.

Rendido pela ansiedade,
E tomado pelo medo.
Sou um poço de saudade,
Sou parte deste enredo.

De repente tudo escurece,
E tua imagem me vai.
Meu corpo todo entristece,
A alma aos poucos me trai.

E o vento da noite sopra,
mil palavras balbuciando.
No chão, sou eu que sobra,
Chorando....chorando.

sábado, 9 de novembro de 2013

Momento





Eu quero o momento,
Que a pouco aqui passou.
Sem choro, sem lamento,
Somente o que restou.

Quero o momento querido,
O momento inusitado.
Como se tivesse chovido,
Em um campo todo plantado.

Quero o momento de amar,
Até levar a exaustão.
Quero no momento ficar,
Deitado em teu coração.

Quero do momento a palavra,
De poder dizer te amo.
Quero deixar arrancada,
Esta dor do cotidiano.

Quero o momento eterno,
De olhar nos olhos teus.
Quero fugir do inferno,
Esquecer o que se perdeu.

Quero somente um momento,
Por menor que ele seja.
Um gostoso pensamento,
Que é quando você me beija.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Recordações






Recordo, ainda tão perto,
de tudo que passou aqui.
Estava tudo tão certo,
não era para o certo fugir.

A lembrança suave,
de um belo fim de tarde.
Em mim quase não cabe,
esta fria esperança que arde.

Soprou fria a noite morta,
congelando tudo aqui.
Alguém bate na porta,
sou eu, querendo fugir.

Joguei minhas tralhas no ombro,
e corri pela estrada afora.
Era tamanho o assombro,
que corri para ir embora.

Como pobre menino acreditei,
que poderia um dia conseguir.
Hoje mais velho eu sei,
que este dia não há de vir.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A sete chaves







Tenho um monte de letras,
deitadas na palma da mão.
Só queria poder vê-las,
Dentro do seu coração.

Como isto não pode ser,
Eu as planto  no papel.
Esperando vê-las crescer,
E virar pote de mel.

Com doçura escaldante,
Destas loucas ilusões.
Vivo um mundo distante,
Repleto de aflições.

Que correm como corisco,
Chicoteando a todo tempo.
Eu nem mais me arrisco,
A pensar no pensamento.

Deixo ele guardado,
Trancado a sete chaves.
Viver neste imaginado,
Só sendo muito suave.

domingo, 3 de novembro de 2013

Uma



Uma vida errada.
Uma vida curta.
Uma história contada.
Uma coisa maluca.

Uma alma deserta.
Uma rotina desfeita.
Uma vida incerta.
Uma atitude mal feita.

Uma falta de cores.
Uma fatia de nada.
Uma balança de dores.
Uma cerveja gelada.

Uma caminho distante.
Uma falta de carinho.
Uma imagem errante.
Uma roupa em desalinho.

Uma boca encontrada.
Uma história foi embora.
Uma mão entrelaçada.
Uma memória que mora.

Uma, no meio de tantas.
Uma, que só realiza.
Uma, que muito encanta.
Uma, que não é divisa.

Uma que chegou numa boa.
Uma que é tão terna.
Uma que não me magoa.
Uma que será eterna

sábado, 2 de novembro de 2013

Recordando.

Hoje pode ser um dia triste, um dia de lembranças, então . . . . . . .
uma taça de vinho, uma música e o silêncio são as melhores companhias.


Não demores






Desde o dia que partiste,
Nada mais ficou igual.
Tudo a volta ficou triste,
Parecia um funeral.

Levaste o que trouxeste,
E ainda um pouco mais.
O amor que tu me deste,
Não era para levar jamais.

Levaste contigo meu sonho,
E as minhas alegrias.
Deixaste rasgado, suponho,
Toda minha fantasia.

Se eras para ir que vá,
Com toda graças divina.
Mas se quiser voltar,
 Não hesite menina.

Meus sonhos, o que sobrou,
Estão guardados com jeito.
Conserto o que quebrou,
E tudo dentro do peito.

Só não demore demais,
Para não me acostumar.
A sua falta e meus ais,
Poderão me empedrar.

Coração fica tão duro,
Que é difícil quebrar.
Acostumo andar no escuro,
E não precisas voltar.

Não demores






Desde o dia que partiste,
Nada mais ficou igual.
Tudo a volta ficou triste,
Parecia um funeral.

Levaste o que trouxeste,
E ainda um pouco mais.
O amor que tu me deste,
Não era para levar jamais.

Levaste contigo meu sonho,
E as minhas alegrias.
Deixaste rasgado, suponho,
Toda minha fantasia.

Se eras para ir que vá,
Com toda graças divina.
Mas se quiser voltar,
 Não hesite menina.

Meus sonhos, o que sobrou,
Estão guardados com jeito.
Conserto o que quebrou,
E tudo dentro do peito.

Só não demore demais,
Para não me acostumar.
A sua falta e meus ais,
Poderão me empedrar.

Coração fica tão duro,
Que é difícil quebrar.
Acostumo andar no escuro,
E não precisas voltar.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Passarinho





Até o silencio restar,
Voarei como passarinho.
Botando as asas parar voar,
Saindo sempre do ninho.

Voarei sobre casas,
Olhando os seus telhados.
Afinal quem tem asas,
Não podem ficar plantado.

Deixarei o sorriso escorrer,
Pelo canto doce da boca.
Com saudade a recorrer,
Como forma quase louca.

Com os olhos bem fechados,
Vou na direção do sol.
O corpo todo invado,
Com roupa de rouxinol.

No peito bate ligeiro,
Um coração sonhador.
Sou dono, como posseiro,
De uma menina em flor.

Ela de azul se veste,
Para me ver passar.
Acena como se estivesse,
Comigo neste voo a voar,

Do alto tudo vejo,
Sem nada poder fazer.
No vento lhe mando um beijo,
E volto a adormecer.