domingo, 31 de agosto de 2014

Vazio que chega



Vem até mim,
E me beija na testa.
Me deixe ficar assim,
Na paz que me resta.

Depois me pega no rosto,
E me olha no fundo.
Me deixa um pouco do gosto,
De um beijo mais profundo.

Os lábios molhados,
Do tudo que era.
O olhar fica parado,
Brilhando na esfera.

Depois se afasta,
De forma bem lenta.
O tempo não gasta,
O que me sustenta.

E o tudo que era,
Se vai por um fio.
E toda espera,
Se faz num vazio.

sábado, 30 de agosto de 2014

Verdadeiro sabor



Não tenho mais o teu rosto,
Com o meu  esbarrando.
Eu ainda sinto teu gosto,
Que em mim vai morando.

Eu vejo a calma,
De olhos tristes.
Eu cego na alma,
O que não resiste.

As mão são paradas,
A fala não sai.
O som de quem fala,
No coração se esvai.

Porque a mudança,
Do tudo que é belo ?
Vender esperança,
Ou botá-la no prelo ?

Não vejo teu rosto,
Mas sinto teu cheiro.
Do beijo o gosto,
É mais verdadeiro.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Prisioneiro em mim


Sou prisioneiro em mim,
Trancafiado em sonhos.
Desejos que não tem fim,
Medos que são medonhos.

Vivo um mundo que não estou,
Olho caminhos por onde andei.
Nas mãos carrego o que ficou,
No peito levo o que não me dei.

Os passos que me conduzem,
Não me levam aonde quero.
Os cantos que me seduzem,
Morrer neles espero.

Durmo por  noites longas,
Sem os olhos poder fechar.
Armado de trapizongas,
Sem asas quero voar.

Condenado pelo fim,
De algo que não mais veio.
Sou jogado enfim,
No calabouço de cativeiro.

Isolado do que há,
Para ser compartilhado.
Encerrado em um lugar,
Esquecido  como trapo.

Na esperança me ponho,
De um dia tudo mudar.
E talvez este lindo sonho,
Volte a se concretizar.








quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Vamos fugir


Vem comigo,
Vamos fugir.
Deixar tudo aquilo,
Que nos faz oprimir.

Um pequeno gesto,
E logo se vai.
O que sobra do resto,
O que não atrai.

Os ventos nos levam,
Por outros caminhos.
Os pés não carregam,
Os nossos espinhos.

Vestidos de sonhos,
Bordados em esperanças.
Assim eu suponho,
Seremos crianças.

Sem muita maldades,
A nos derrotar.
Somente a verdade,
Irá nos guiar.

Tão certos no tempo,
Que nunca existiu.
Só resta o alento,
De quem já sorriu.

Na fuga não feita,
No ardor do desejo.
E tudo se ajeita,
Na força de um beijo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Guarda-se


Guarda-se no peito o sentimento,
no olho fica a marca da lágrima.
Fica na memória o momento,
no coração um monte de páginas.

No corpo fica o cansaço,
nas mãos sobra o vazio.
Na vida fica o descompasso,
e na história, muito frio.

A vida segue correndo,
sem se importar com o que há.
A gente é que vai morrendo,
chorando de tanto chorar.

É muito ruim chorar sozinho,
Pior ainda é chorar acompanhado.
A distancia se faz num instantinho,
E você não está ao meu lado.

A alma embriago,
Afogando o que sufoca.
No olho brota um lago,
Emoção e razão se choca.

Guarda-se memórias,
Vive-se de momentos.
Alimenta-me histórias,
Abraço nossos sentimentos.


Não importa onde você esteja ou eu, mesmo assim te mando um beijo.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Sossega amor




Sossegue meu amor,
Não me consuma por inteiro.
O tempo que for,
Serei seu, verdadeiro.

Reserva-me o melhor,
Que possas oferecer.
Suicidar é pior,
Muito pior que morrer.

Amanhã é domingo,
E teremos todo o tempo.
De dormir no abrigo,
De nosso pensamentos.

Você me beijou,
Na noite calada.
E tudo passou,
Como se fosse nada.

O vento parou,
A lua surgiu.
Você não passou,
De mim não saiu.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Mudou-se




Mudou-se a avenida.
Mudou-se o tempo.
Mudou-se a vida.
Mudou-se o momento.

Mudou-se a fala.
Mudou-se o pensamento.
Mudou-se a mala.
Mudou-se o firmamento.

Mudou-se o tudo.
Mudou-se o nada.
Mudou-se o fundo.
Mudou-se a prata.

Mudou-se o mudo.
Mudou-se  a beleza.
Mudou-se o mundo.
Mudou-se a natureza.

Mudou-se a mim.
Mudou-se a você.
Mudou-se assim.
Mudou-se para valer.

domingo, 24 de agosto de 2014

Voracidade




Sonhos, delírios,
Desejos incontidos.
Amores,  fascínios,
Um mundo escondido.

Vontade de mares,
Morar no infinito.
Calor de olhares,
Abraços aflitos.

Venenos mais lentos,
Vinhos mais doces.
Viver um momento,
Contigo que fosse.

Delírios constantes,
Prazeres ocultos.
Um tempo de antes.
Não é nada absurdo.


sábado, 23 de agosto de 2014

Eu não sabia


Eu não sabia,
Que no coração cabia,
Um amor de magia,
Encontrado em um dia.

Eu não sabia,
Que o peito esvazia,
E se torna agonia,
Quando este amor avaria.

Eu não sabia,
Que de Deus a autoria,
Talvez por analogia.
Meu corpo se partiria.

Eu não sabia,
Que o coração fecharia,
Para toda folia,
Se você não sorria.

Eu não sabia,
Que no tempo havia,
Uma longa rodovia,
Para lugar que esfria.

Eu não sabia,
Que eu te prometia,
Para mim algum dia,
Como uma utopia.

Eu não sabia . . .





sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Alma viajante



Minha alma viajante,
Se meteu em uma aventura.
Foi descobrir um diamante,
Um anjo de alma pura.

Se pudesse voltar ao passado,
E todo o caminho mudar.
Não teria o peito marcado,
Com um coração a chorar.

Mas como não tenho poder,
De mudar o que está feito.
Só me resta adormecer,
E sonhar com o perfeito.

Pode até ser covardia,
do que não tenho, falar.
Mas viver esta fantasia,
Foi muito mais que sonhar.

Foi descobrir um mundo novo,
Em que tudo valia a pena.
Foi se perder no meio do povo,
E largar de vez o dilema.

Mas como já disse antes,
Minha alma é viajante.
Largar o sonho distante,
Não é coisa deste amante.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Grita poeta



Grita ao mundo o poeta,
Aquilo que berra no peito.
Grita sua fala pateta,
Como se ele fosse o sujeito.

Grita e não te ouvem mais,
Perdidos com coisa tolas.
Grita nos vendavais,
Palavras ditas a toa.

Grita a todo grito,
Tentando fazer acordar.
Grito como aflito,
Tentando o amor encontrar.

Grito até a exaustão,
Sem nada para ecoar.
Grito no coração,
De quem o possa escutar.




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Todo seu



Meu coração não é vazio,
Está cheio de lembranças.
Mesmo vivendo por um fio,
Nunca perde a esperança.

Quase não possui lamento,
Só uma dor que não passou.
Foi viver algum momento,
Que no tempo não acabou.

Ele está muito contente,
Com tudo que ele tem.
Sorriso de muita gente,
E amor como ninguém.

Ele servirá de casa,
Para que você possa morar.
Mesmo no fim da estrada,
Ele vai te esperar.

Como ele é espaçoso,
Você pode até escolher.
Fica com a parte do todo,
Ou ele todo só para você.



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dói Saudade




As vezes dá uma saudade,
Que não sei o que fazer.
De um tempo sem falsidade,
Em que era bom se viver.

Um tempo em que flores abriam,
Com o simples raiar do dia.
Um tempo que nos peitos fluíam,
Uma constante fantasia.

Sem mentiras, sem tormentos,
Era tudo muito bom.
Eram encontros e momentos,
De prazer no coração.

Ainda dói a saudade,
E cada vez mais profundo.
A tristeza de verdade,
Me arrasta para o fundo.

Me agarro na esperança,
Esperando suportar.
Que o tempo de bonança,
Ainda um dia vai voltar.





segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Atores da vida


O importante na vida,
É sermos atores.
Escondendo as feridas,
Encenando nas dores.

Atuando para alguns,
Aquilo que não se é.
Aplaudindo para nenhuns,
Como bem lhe convier.

Usando o palco do dia,
Como se fosse atual.
Com a cara pintada de fantasia,
E a roupa exposta no varal.

Ator que só ensaia,
encenando a todo o tempo.
Sem aplausos, sem vaias,
apenas no seu momento.

E assim vai se passando,
uma peça que não tem fim.
No palco vamos atuando,
Até a cortina do fim.

P.S.:Estou indo ali, rapidinho, normal, mas volto logo, deixo tudo programado até 24 de setembro mesmo assim.  Fui. . . 

Deixo aqui um poema, Só em mim,  que me emociona muito, toda vez que o uso para viajar nos meus sonhos. Pudesse eu ter lido o futuro.

domingo, 17 de agosto de 2014

Tristeza


Hoje fiquei triste da vida,
Ao saber que chorou meu amor.
Chora não minha querida,
Passe para mim esta dor.

Eu a conduzo no peito,
E a jogo bem longe.
Ou a enterro de um jeito,
Que não haverá quem a encontre.

Só não quero te ver assim,
Triste deste jeito doce.
Você é para mim,
Como se a minha vida fosse.

Não desperdice lágrima,
Com o que não as mereça.
Vire depressa esta página,
que a vida não é tristeza.

Então combinamos assim,
Quando te bater a tristeza.
Você manda para mim,
E eu a levo, beleza.


sábado, 16 de agosto de 2014

Quem ?


Quem pôs em meu desejo,
A vontade de te amar.
Será uma forma de despejo,
De tudo que não posso gostar.

Quem tão grande te fez,
Dentro de meu pequeno coração.
Talvez como forma de lucidez,
Neste meu mundo de ilusão.

Quem traria tanta felicidade,
Para depois a retirar.
É mesmo uma enorme maldade,
Só para me maltratar.

Quem viverá por uma eternidade,
Escondido entre meus anseios.
Mas não na forma de saudade,
E sim como forma de devaneios.

Quem será capaz de com tal prazer,
Enlouquecer a uma pessoa totalmente.
Chegando ao ponto de se desfazer,
De tudo que havia guardado na mente.

Quem esvaziará um coração,
para ocupá-lo em um todo.
Só mesmo este amor de paixão,
Que neste peito é muito pouco.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os Quatros




O homem escreveu,
O que o poeta pensou.
Foi a menina que leu,
mas a mulher que se encantou.

O homem que fez,
O poeta que sorriu.
A menina  desfez,
mas foi a mulher que sentiu.

O homem que fala,
O que o poeta sonhou.  
A menina disfarça,
mas foi a mulher que chorou.

O homem implora,
O poeta é quem chora.
A menina namora,
mas é a mulher que consola.

O homem vive,
O poeta morre.
A menina insiste,
mas só a mulher socorre.



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Te prometi



Te prometi a mim,
Mesmo com tudo contra.
E tudo foi indo assim,
Passando até da conta.

Ora chuva pesada,
ora um sol brilhante.
Ora noite enluarada,
Ora um olhar de diamante.

Numa constante mudança,
Foi moldando este amor.
Foi um sonho de criança,
Ou de Deus um favor.

Não me importa o que há,
Eu só sei o que sinto.
Este amor há de ficar,
Dentro deste meu labirinto.

E das promessas feitas,
A minha não abro mão.
O teu amor é que deleita,
Este maltratado coração.



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Se



Se você voltar,
eu beijo.
Se você partir,
me queixo.

Se você gostar,
eu  gosto.
Se você sorrir,
enrosco.

Se você cantar,
eu canto.
Se você dançar,
encanto.

Se você olhar,
eu paro.
Se você pedir,
disparo.

Se você amar
eu gamo
Se você chorar,
reclamo.

Se você quiser,
eu fico.
Só você mulher,
prefiro.




terça-feira, 12 de agosto de 2014

Onde estou ?




Estou longe de um lugar,
estou longe de onde estou.
Estou onde não posso ficar,
estou onde o tempo não passou.

E andam separados,
o corpo e a mente.
Cada um do seu lado,
escondendo o que sente.

Com o corpo acordado,
e a mente em altos sonhos.
Um mundo fica de lado,
enquanto em outro mundo me ponho.

Estar onde não quero,
ou correr para onde desejo.
É matar o que espero,
enterrar onde me  vejo.

Entre a vontade de ir,
e a obrigação de estar.
Não consigo partir,
e nem consigo ficar.





segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O acaso


O acaso é assim,
Vem chegando e ninguém vê.
Vai trocando tudo enfim,
Sem a gente perceber.

Troca o certo pelo roto,
Troca o errado pelo certo.
Troca tudo a seu gosto,
Troca até o que é incerto.

Vai mudando sua vida,
Te fazendo bem melhor.
Vai matando a despedida,
Enterrando o pior.

O acaso vem ligeiro,
Vem correndo como vento.
É menino bem arteiro,
Carregando pensamento.

Se o acaso chegar,
O receba com carinho.
Ele pode não voltar,
E você ficar sozinho.



domingo, 10 de agosto de 2014

Há horas



Há horas que tenho asas,
Em outras os pés no chão.
Há horas em que  tenho casa,
Em outras um avião.

Há horas que sou mudez,
Em outras falo demais.
Há horas de sensatez,
Outras de loucura ancestrais.

Há horas que tudo vejo,
Em outras total censura.
Há horas que  sou lampejo,
Em outras só amargura.

Há horas em que sou como ponte,
Em outras sou só uma estrada.
Há horas em que voo longe,
Em outras só fico parada.

Há horas em que eu sonho,
Em outras sou pesadelo.
Há horas que me ponho,
Em outras eu sou novelo.

Há horas que não te largo,
Em outras eu  me esguio.
Há horas que dou um passo,
Em outras me distancio.

Há horas que não passam,
Em outras passa voando.
Há horas que me arrastam,
Em outras vou me arrastando.

Há horas em que são demais,
Em outras queria morrer.
Há horas de sonhos lá trás,
Em outras querendo viver.






sábado, 9 de agosto de 2014

Louca



Vive querendo voar,
Em uma louca paixão.
Vive querendo amar,
Sem tirar os pés do chão.

Vive querendo sofrer,
Sem ao menos querer chorar.
Vive querendo viver,
Sem um mundo para dar.

Vive a cada segundo,
Como se fosse mais um.
Vive correndo do mundo,
Chegando a lugar nenhum.

Vive iluminando,
A cada canto que passa.
Vive sorrindo, cantando,
Assim ela disfarça.

Vive tentando não ser,
Mais uma louca no fundo.
Vive sonhando viver,
Um amor  mais profundo.

Vive a louca bendita
O que lhe apresenta a vida
Vive a louca de partida
Buscando uma eterna saída



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A Menina


Menina bonita,
Da pele rosada.
Com laço de fita,
E a boca encarnada.

Azul o vestido,
Cabelo dourado.
Sorriso  bonito,
Olhar encantado.

Anda dançando,
Em seu mundo só.
E eu me apaixonando,
Sem pena, sem dó.

E vai a menina,
Bem solta no mundo.
É como fonte viva,
De amor do mais puro.

Musica desta sexta-feira.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Quereres



Queria ouvir tua voz,
Ao telefone me falando.
Quem sabe contando de nós,
ou como as coisas vão andando.

Falar do dia a dia, dos problemas,
Das crianças e seus trabalhos.
Das angustias, dos dilemas,
E até de nossos atos falhos.

Contar algumas besteiras,
E matar um pouco a saudade.
Sorrir sem eira nem beira,
Rir de coisas de nossa idade.

Simplicidades que perdemos,
Com uma loucura que veio.
Que faz falta, nós sabemos,
Que eram base, eram esteio.

Só queria poder,
Novamente te ouvir.
Fazer você saber,
Que ainda não te esqueci.


Não me canso desta música, não sei pq, mas ela e uma taça de vinho me transportam.




quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Onde estamos ?



 
Onde estamos?
Pelo mundo perdidos?
Não nos encontramos,
Nem em nosso paraíso.

Vivemos duas vidas,
Como se uma ainda fosse.
Buscando nossas almas perdidas,
E um beijo bem mais que doce.

Vivendo num tempo vivido,
Que não apaga na mente.
Recuperando o tempo perdido,
Nas palavras deste demente.

Por ai devem estar,
Buscando nas suas lembranças.
Um calor que não vai apagar,
E que alimenta esperanças.

Onde nós estamos,
Que não mais nos vemos.
Estamos no mundo que criamos,
No amor que nós nos demos.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Amantes



Eram dois amantes,
Como filme de cinema.
Nada mais era como antes,
Tudo na vida era poema.

Eram encontros escondidos,
Que duravam uma eternidade .
Eram as tardes de sumidos,
Matando as suas saudades.

E nos  seus beijos acalorados,
Nada mais ali importava.
A vida não tinha seus traços,
Só o amor ali morava.

Era tanta felicidade,
Que nem eles acreditavam.
Estavam na mesma cidade,
Mas ali não moravam.

Uma dia a distancia se fez,
Por motivos sem entendimentos.
Abafou o calor na tez,
E lágrimas por um momento.

A distancia continua,
Mas junto os corações estão.
Este amor só perpetua,
Nos amantes que não se vão.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Uns e Outros 2



Uns são lembranças,
Outros são passado.
Uns são esperança,
Outros só mais um caso.

Uns são vida,
Outros desilusão.
Uns são feridas,
Outros uma mão.

Uns são  verdadeiros,
Outros são falsidade.
Uns se dão por inteiro,
Outros nem pela metade.

Uns são um amor,
Outros nem são paixão.
Uns são só calor,
Outros  desunião.

Uns  teimam em ficar,
Outros vão logo embora.
Uns ficam a chorar,
Outros nem se demora.

Uns são para sempre,
Outros somem num piscar.
Uns residem na mente,
Outros no chão a pisar.

Uns é quem eu sou,
Outros não quero saber.
Uns foi quem se agarrou,

Outros estão a correr.

domingo, 3 de agosto de 2014

Viagem



Todas as viagens são idas,
Muitas até as sem destino.
São desejos plantados na vida,
Ou sonhos de um menino.

Muitas vão muito longe,
Algumas nem saem do lugar.
Vão em busca de uma fonte,
Ou de um eterno sonhar.

As vezes são obrigações,
Que não queremos cumprir.
Ou então são ilusões,
Só para se divertir.

Toda ida tem um retorno,
E repleta de saudades.
Voltar para um mundo morno,
Catando um pouco da vontade.

Toda viagem é ida,
Todo retorno é saudade.
Trazendo novidades na vida,
E algumas  felicidades.


sábado, 2 de agosto de 2014

Sonho Gostoso




Quero chegar devagar,
E te beijar a nuca.
Fazer você suspirar,
Como sempre, como nunca.

Pelo teu corpo viajar,
Como se fosse a última vez.
Em cada canto encontrar,
O que me tira lucidez.

E no momento bem certo,
Fazer parte de ti.
E estando assim, tão pertos,
Sentir que não te perdi.

Já com dois corpos suados,
E levados a exaustão.
Acabar o dia abraçados,
Acalmando o coração.

Acordar deste sonho maravilhoso,
E algo que não se quer.
Viver este momento gostoso,
Só com você, mulher.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Não importa



Não importa o quanto estejas longe
Ou me ignore.
Não importa se não se vai na fonte
Ou te apavore.

Não importa se não me ouves mais
Ou estás ao lado.
Não importa se não ficou para trás
Ou se é do passado.

Não importa se não vais mais me beijar
Ou nem abrace.
Não importa se o tempo é de sonhar
Ou ele nem passe.

Não importa se a viagem é longa
Ou esmorece.
Não importa se me confrontas
Ou me esquece.

Não importa o que foi dito
Ou a revolta.
Não importa nada disso
Ou  tudo a volta.

Não importa o que eu sinto
Ou não esqueço.
Não importa o labirinto
Ou como eu  vejo.

Continuarei a te amar,
Como nunca, como sempre.
Continuarei a te sonhar,
Escondida em minha mente.

Música de sexta-feira: