sábado, 29 de janeiro de 2011

Trancado

Tranco no peito,
Todos as solidões e medos.
Os momentos em que me deleito,
Hoje em dia conto nos dedos.

Tranco nos olhos a esperança,
Que é onde sempre renasce.
Guardo no peito a confiança,
Para que esta nunca murchasse.

Me tranco em mim,
Como se fosse eremita.
Guardo de mim,
Uma aflição infinita.

Tão pouco tenho escrito,
Parece que o coração me seca.
Estou parecendo proscrito,
Em terra de gente cega.

Inseguranças demais as tenho,
E tento a todo custo esconder.
Tem horas que tudo redesenho,
Que é prá ninguém perceber.

E me enganando,
E enganando aos demais,
Vou andando,
Sabendo o que deixei prá trás.

Não adianta me esconder,
Pois sei que tudo virá.
Vou fingindo que nada ver,
E ver onde isto vai dar.

Pode-se nunca entender,
E também nunca acreditar,
Mas nada mais tenho a perder,
E somente a vida aproveitar.

Solidão, angustia,
E muita ilusão.
Esperança que se ajusta
Neste velho coração

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uns e Outros

Uns me chamam de bruxo,
outros me chamam de poeta.
Uns me acham um absurdo,
outros um grande pateta.

Uns de mim tem raiva,
outros por mim tem louvor.
Uns por mim tem carinho,
outros de mim tem pavor.

Uns de mim sentem pena,
Outros adoram me ver rachar.
Uns prá mim são poemas,
Outros a mim só fazem encantar.

Uns de mim falam mal,
Outros nada estão a falar.
Uns são frutas maduras no quintal,
Outros vento forte a destroçar.

Uns e outros, não tem importância,
Outros e uns, são pura bonança.
Uns e outros são agonia,
Outros e uns são esperança.

Outros...uns.... tudo passa,
Mesmo aquele que nada semeia.
Nem tudo na vida é de graça,
Tem de ter muita peleia.

Prá uns e outros dou adeus,
Prá outros e uns um até logo.
Vou nos caminhos que são meus,
E ver se não me afogo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lampejos

A vida é feita de lampejos.
Pequenos fragmentos de energia estourando no cérebro, apagando e reacendendo de novo.
São lampejos de saudades, lampejos de lembranças, lampejos de esperanças, lampejos de dor, lampejos de vida.
Para uns estes lampejos são mais intensos.
Para alguns estes lampejos ocorrem de maneira tão intensa e rápida que parece que não apagam nunca, parece que juntam uns nos outros e permanecem acessos direto, são como lâmpadas incandescente, mudando constante e rapidamente o estado emocional de quem assim os sente.
Para estas pessoas estas emoções mudam de maneira muito rápidas, estas pessoas são pessoas agitadas, frenéticas, intensas e vivem seus lampejos emocionais também da mesma forma, rapidamente mudam suas sensibilidades.
A vida é curta demais para ficar se prendendo a pequenos lampejos emocionais, eles vem e vão, só isto.
Já para outros estes lampejos vem lentos, apagam e acendem de uma maneira bem mais lenta, mas com não menos intensidade, são como vagalumes.
Para estas pessoas estas sensações duram mais, custam um pouco a apagar enquanto a próxima não vem.
Estas pessoas lentas “curtem” mais seus lampejos, sejam de dor, de emoção, de saudades, de lembranças. E entre um lampejo e outro a sensação obtida parece durar mais, doer mais, emocionar mais, até que o próximo lampejo emocional se manifeste.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Não me culpes

Não me culpes por amar a vida,
Que logo irá apagar
Esta chama breve e tão querida,
Irá só uma lembrança deixar.

Não me culpes por falhar as vezes,
Por falar o que não devia.
Por brigar com as paredes,
por sentir o que não sentias.

Não me culpes pela lástima sentida,
Pela censura sofrida.
Pela lágrima caída,
Pela morte não morrida.

Não me culpes pelo silêncio obtido
Também assim não gostaria,
Mas quando perco o sentido
Me sinto pulga em pradaria.

Não me culpes!
Não tenho com o que culpar.
Só me desculpes
Por não poder te encontrar.

Não me culpes por sumir assim,
Falta coragem prá dizer.
Que tudo na vida tem um fim
Até a hora de viver.
(ou de sofrer)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ao Mar

Escrevo ao mar,
Este amigo tão intenso.
Nele tantas vezes fui desabafar,
Contar um pouco meu lamento.

Obrigado por me ouvir,
E tanto minhas lágrimas lavar.
Obrigado por me permitir,
Um tanto assim em ti mergulhar.

Oras te encontrei bravio,
Murmurando sem parar.
Batias no que não via,
Espumavas sem cessar.

Sentado perto de ti,
Esperava tranquilamente.
No momento em quem me vias
Tornavas serenamente.

Amigo querido mar,
Tão gigante e profundo.
Obrigado por participar
Da vida deste ser miúdo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Quem sou eu?

Eu sou nada.
Sou grão de poeira,
Perdido,no meio da estrada.

Sou gota no oceano.
Sou trapo,
Pedaço cortado de pano.

Sou um cisco no mundo.
Sou pária,
Sou vagabundo.

Sou pólen
que ninguém vê.
Sou dor, que dói de doer.

Sou raio de sol
Que uma nuvem rasga.
Sou grão que na garganta engasga.

Sou sujeira
que na unha encrava.
Sou ponta de uma estaca.

Sou nódoa,
Que gruda.
Sou água, que tudo inunda

Sou a pior e a melhor coisa.
Sou ser que nunca existiu.
Sou imagem que nunca partiu.

Sou marca,
Sou chão.
Sou carinho guardado no coração.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mundo branco

Sem história,
Começa a viagem.
Sem memória,
Na terra sem paisagem

Brancos parcos passantes,
seguem com olhar despido.
Agora e adiante,
Tudo se faz sem alarido.

Na inconseqüência da passagem
Por caminhos já trilhados.
Nem adianta mirar a paisagem,
Ela já é parte do passado.

Nunca existirá cor
Neste mundo desbotado.
Só o dissabor
De nele já ter habitado.

Mudos sons percorrem o ar
Levantando as folhas mortas.
Batendo onde mais dói
Deixando a alma torta.

Ser invisível,
É o que sou.
Ser insensível
Ao que passou.

Eremita na solidão.
Selenita sem amor.
Erudita na sofreguidão
Maldita sem calor.

Neste branco mundo isolado,
Como se fosse de gelo.
Segue o homem calado,
Buscando mais um apelo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Homem Só

Em fatiota aprumado,
Vai o velho homem passear.
Andando em passo acertado,
Lembrando de um tempo que não há.

Busca relíquias e lembranças,
Dos tempos da doce vida.
No dedo uma aliança,
Resquício de uma acolhida.

Em pequenos passos vai
Andando solitário.
Passeando um pouco mais
Nos caminhos centenário.

O que pensará o homem só?
Nestas andanças vespertinas.
Me prendo em muitos nós
Em achar a adivinha.

Uma coisa posso afirmar,
E desta não há suposto.
Ninguém a lhe amparar
Somente seu sorriso no rosto.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Na estrada.

Acho que estou voltando...


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Impossível..

Hoje...domingo...dia de descanso, mas é impossível ficar parado com esta música, amnhã descansa.

sábado, 8 de janeiro de 2011

ainda está ouvindo?




Não precisa ser morena,
No cabelo ou na pele.
Seja simplesmente pequena
e deixe que a vida te leve.

Não precisa vir prá ficar,
Basta se deixar um pouco.
Que na vida possa te levar
E esquecer este mundo louco.

Deixe o trem da vida
Fazer as paradas que quiser.
Seja sempre esta menina
Em um corpo de mulher.

No momento do descanso,
Na toada se envolva .
Deixe o amor no remanso
E o resto que se f......

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vá ouvindo......

Enquanto eu estiver fora, vá ouvindo.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Fui....

Tudo aqui já estava programado para ser postado, e deixei este post de stand-by, se ele aqui apareceu é que viajei para a passagem do Novo Ano e ainda não voltei, aind adevo estar na Região dos Lagos.
Deixo então meus abraços e beijos a os que por ventura aqui estiveram visitando, prometo que qdo voltar retribuo a visita.
Bjs, abs, apertos de mão ou simplesmente "oi."

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Página em Branco

O que você faria
Se recebesse uma página em branco?
Algo nela colocaria
Ou deixaria a marca do pranto?

Você teria na mão
Caneta, lápis, o que quiser.
Poderia escrever um palavrão
Ou poesia para uma mulher.

Você poderia nela rabiscar
O que lhe viesse na cabeça.
Ou poderia nela soltar
Aquela palavra presa.

Pense bem e não faça besteira,
Pense no que ali colocar.
Um dia você poderá relê-la,
E o que escreveu não gostar.

O que você colocaria
Na página que a vida lhe dá.
Ou nada escreveria,
Deixando a oportunidade passar.

Você a recebe todos os dias
Só que ainda não percebeu.
A força desta magia
Da vida que Deus lhe deu.

domingo, 2 de janeiro de 2011

As Palavras

As palavras servem
para encher a angustiante solidão.
Servem para dar alento
A um sofrido coração.

As palavras, vindas de onde vierem,
São mensageiras de alivio e esperança.
Carregam consigo muito mais
do que a alegria de criança.

As palavras, doces ou amargas,
Frias ou as vezes duras.
Serão sempre guardadas,
No meio da nossa armadura.

A palavra de anseio
é sempre insegura.
Não diz prá veio,
Só nos leva a lonjura.

As palavras de apoio,
Sempre com muito carinho.
Acabam com o arroio,
Que do olho sai no cantinho.

As palavras de esperança
Iluminam um pouco mais.
Nos mostra que a vida avança
E deixemos o ruim prá trás.

As palavras benditas
São como uma oração.
Nos tornam malabaristas
Com os problemas nas mãos.

As palavras de amor,
Ah... estas são especiais
Afastam toda dor
Nos tornam angelicais.

As palavras ditas,
pela boca de quem ama.
Não são simples visitas,
São como deitar na cama.


sábado, 1 de janeiro de 2011

Novo Ano

FELIZ 2011 a todos.

Aproveite seu dia,
você nunca sabe quando ele poderá acabar,
seja por uma discussão boba
ou por absoluto tédio.
Seja mais você
e não aquela pessoa que você acha
que os outros gostariam que você fosse.
De vez em quando diga um " DANE_SE !!!!" bem alto,
mas saiba onde e quando dizê-lo.
Tenha mais paciência,
paciência e canja de galinha
nunca fizeram mal a ninguém.
Engula sapos,
mas vomite-os logo mais a frente.
Experimente fazer algo diferente,
troque o caminho,
vista algo inusitado,
prove novos sabores.
Converse, ria, chore.
Observe as coisas e as pessoas a sua volta
e as valorize,
só quem passou por uma experiencia
de quase falta de vida
é que aprende a observar isto,
não espere passar por esta experiência para observar,
eu garanto,
não é nada agradavel,
eu sei e posso dizê-lo de cadeira.
Elogie sempre,
mesmo que o elogio não seja tão verdadeiro,
mas quem o recebe poderá estar precisando de palavras de incentivo.
Ao acordar agradeça pelo novo dia
e ao deitar agradeça pelo dia que passou.
E se alguma coisa der errado
ria, sorria, já deu errado mesmo
e você não poderá mudar isto mais.
Viva......



Esta é uma mensagem que nunca envelhece, desde 2003 encanta e tenta nos mostrar a simplicidade da vida.