quarta-feira, 30 de abril de 2014

Desanimo




De repente é assim
Tudo vai ficando igual
Não tem mais que dar de mim
Tudo fica atemporal

As cores vão se matizando
Puxando para um tom de cinza
O mundo parece parando
E a vida nem acabou ainda

Aos poucos vai morrendo
Ou deitando sem querer
A agonia vai crescendo
Espremendo só você

A reação não acontece
Para te tirar deste marasmo
O desejo não apetece
O vontade vira engasgo

Se não te derem um sacode
Aos poucos via morrer
Só você é quem pode
O desanimo desaparecer

Que venha o sacolejo
Pela mão divina que seja
Desanimado não me vejo
É quando você me beija

terça-feira, 29 de abril de 2014

É tão bom




É tão bom teu beijo,
Que jamais quero partir.
Só aumenta meu desejo,
E esta vontade louca de rir.

É tão bom estar a teu lado,
Que todo o resto esqueço.
Só quero ficar calado,
Admirando ao que estou preso.

Nada muda o sentimento,
Que morrerá um dia comigo.
Que o tempo passe lento,
Que não seja meu castigo.

Direi todos os versos,
Que ainda puder compor.
Serão fontes sem retrocesso,
Falarão do meu amor.

Enquanto houver a chama,
Deste perpétuo gostar.
Serei peito que inflama,
Só de em ti pensar.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Nos livros





Os livros sabem de cor,
Os poemas que escrevi.
Poderia ser muito pior,
Não viver o que vivi.

Lembrar do desperdício,
Do pouco tempo deixado.
De usar mil artifícios,
Para poder ficar do teu lado.

Cada encontro uma história,
Cada encontro um prazer.
Estão para sempre na memória,
Que nunca vou esquecer.

Um ao outro seduzindo,
E rindo como crianças.
Os olhos só reluzindo,
Este mundo só de danças.

Nos livros vão escritos,
Um sentimento completo.
Um coração partido,
E um prá sempre afeto.


domingo, 27 de abril de 2014

Sem Iguais




O que quis te dizer?
Não ficou sabendo?
Eu ainda amo você,
Está todo mundo vendo.

Pode correr para longe,
Ou então ficar bem perto.
Se olhar não tem por onde,
Vou estar de peito aberto.

Mesmo no silencio teu,
Até no desvio de olhar.
Mesmo não sendo mais eu,
Até que possas me ignorar.

Ficou plantada na lembrança,
Os momentos sem iguais.
Sempre haverá a esperança,
De voltar a ter casais.

Que possam andar na praça,
Ou então comer pipoca.
Não perceber o tempo que passa,
Ficar só trocando beijoca.

Sem iguais ficariam,
Causando inveja nos demais.
E para sempre viveriam,
Até não poder mais.


sábado, 26 de abril de 2014

Falta




Falta um beijo
Falta um abraço
Falta um desejo
Falta um compasso

Falta um carinho
Falta uma atenção
Falta eu sozinho
Falta sua mão

Falta um mar batendo
Falta um nuvem no céu
Falta eu te querendo
Falta um fogaréu

Falta o nosso amor
Falta os nossos papos
Falta um por favor
Falta fazer o laço

Falta de tudo um pouco
Falta um muito de tempo
Falta eu ficar louco

Falta aqui o seu momento.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Morte lenta




Me deixei aos poucos tomar,
Pelo fim de uma alegria.
Sem remorso, sem notar,
Foi saindo, escorrendo pela pia.

E o pouco, que muito era,
Sempre foi tão querido.
Amansava de vez a fera,
Segurava o leão ferido.

Anoiteceu todo meu canto,
Quando o lindo sol se pôs.
Não tem jeito, nem quebranto,
Que o faça voltar depois.

As flores que eram belas,
Cinzas foram ficando.
O amor que só era dela,
Vai enfim se apunhalando.

Um bocado de  fantasias,
Foi ficando empoeirada.
E a luz que tu trazias,
Foi virando assombrada.

Tenho medo deste escuro,
Que aos poucos vai crescendo.
Coração vai ficar duro,
E aos poucos vou morrendo.

Tão perdido eu estou,
Sem um chão a sustentar.
E no olho já brotou,
Uma lágrima a queimar.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Emoção que passou





No silencio do fato,
Derramo nas letras.
Sou mais um retrato,
No final da gaveta.

Trancado no ato,
refletido no espelho.
Rastejo sem tato,
no futuro vermelho.

Então olha,
espalhada na cama.
Coberta de glória,
a figura que ama.

E no calor da emoção,
me despeja um carinho.
De quem não tem razão,
numa taça de vinho.

Um beijo partido ao meio,
fica assim como selado.
Como marca do anseio,
de não ser  mais o seu lado.

Sobra um corpo cansado,
da batalha perdida.
Mais um corpo suado,
com a alma roída.

Decidido eu parto,
sem a cama olhar.
Rastejando no quarto,
sem bilhete deixar.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

Paraíso eterno





Na clausura de momentos,
Fernando Pessoa me faz companhia.
Faz aflorar sentimentos,
Faz encharcar a nostalgia.

Nas letras doces,
O poeta me contagia.
Quisera talvez fosse,
Um farrapo da agonia.

Viajo nas suas letras,
novos temas enredando.
Derrubo algumas cercas,
e outras vou montando.

Faço castelos de sonhos,
E montanhas com tanto ar.
A realidade transponho,
Para poder me enganar.

E com mentiras sinceras,
Acredito em todas elas.
O tempo não é uma vela,
Que se acende na primavera.

Podem não acreditar,
Nas palavras que lhes digo.
Mas o meu eterno sonhar,
Este é o meu paraíso.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

domingo, 13 de abril de 2014

Hoje




último post programado.
jan/2014.

sábado, 12 de abril de 2014

Calei



Já muito falei,
Agora emudeço.
Até quando não sei,
Qualquer hora apareço.

Já muito te disse,
Do que eu sentia.(sentia?)
Mesmo que muito pedisse,
Você não me leria.

Lá ficou meu desejo,
Por um tempo sem fim.
Sem ele não me vejo,
Não sou parte de mim.

Então eu me calo,
No silencio absoluto.
Se com coração não falo,
É melhor vestir o luto.



sexta-feira, 11 de abril de 2014

Só tinha de ser com você.


Se a vida é uma pintura,
que a sua seja uma aquarela.
Cheia de cores e ternura,
e sempre com uma manhã bela.

Abraços para quem é de abraço,
Parabéns para quem é de Parabéns.
Um amor que não desmancha o laço,
Beijos para quem vive além.

Hoje, desejo um olhar,
um olhar só e simplesmente.
Que não me deixa apagar,
o que se esconde na mente.




Me deixa morar neste azul......

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Não coube no tempo



Não coube no tempo,
Amor tão bonito.
Foi só por momento,
Foi tido...foi ido.

Não era para ser,
O amor de tão bom.
Não dá para prever,
Como se fosse um dom.

O amor que não cala,
Não é mais ouvido.
Calou sua fala,
No peito ferido.

Não coube no tempo,
O imenso prazer.
Amor tão intenso,
Se deixou morrer.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A Vida



Enquanto alguns festejam
Outros choram
Enquanto alguns se deitam
outros  acordam

A vida é feita
de altos e baixos
para alguns é perfeita
para outros sobressaltos

Com todos os problemas
é muito boa a vida
seja feita de dilemas
ou realizada em fantasia.


Enquanto isto, faça esta viagem comigo.



terça-feira, 8 de abril de 2014

Vôo




Meus olhos cerro,
E me deixo levar.
Acalmo todo berro,
Pelos violinos a chorar.

Air, de Bach ouço,
E me entrego a sinfonia.
Meu corpo em repouso,
É fonte de  calmaria.

Na música calma,
Vou sem fim voando.
Sou pássaro com alma,
Planando, planando.

Sem horizontes pela frente,
Sem barreira para vencer.
Sem preconceito de gente,
Sem dor para doer.

Simplesmente voando,
Sem esforço fazer.
O vento me levando,
Sem asas a debater.

E em meio ao azul céu,
Vejo um sol adiante.
Neste vôo não há fel,
Somente um coração pulsante.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Meu coração




Meu coração não sossega,
Ele insiste em debandar.
Eu o quero firme em terra,
Mas ele insiste em querer voar.

Sobre montanhas voa,
esquecendo onde é o mar.
Ele parece até a toa,
Que insiste em seu sonhar.

A ele já muito disse,
coração fica devagar.
A vida não é só crendice,
Você pode me machucar.

Ele me olha risonho,
com seus olhos a brilhar.
Vista sua roupa de sonho,
e vem comigo dançar.

E lá vai ouvindo tango,
ou Almir para relaxar.
Em meu corpo é só encanto,
e eu me deixo levar .

E assim viro menino,
esquecendo o que fazer.
Deste sonho só termino,
é no dia em que morrer.







domingo, 6 de abril de 2014

Ocaso




O sol se deita a tarde,
Por detrás da montanha.
Como lembrança de quem parte,
E deixa saudade tamanha.

Veja de minha janela,
O céu ir escurecendo.
E com ele trás sequela,
De um amor que vai sofrendo.

E com ele nós sofremos,
Nem pensamos em deixar.
Este amor se escondendo,
E nos levando sem parar.

A noite chega devagar,
Talvez venha uma lua.
Para tentar amenizar,
Ou então nos jogar na rua.

Para ficar perdidos,
No meio de tanta gente.
Parecendo ser parido,
Já nascendo indigente.

Ao longe, 
estrelas  à brilhar.
Mostrando um horizonte,
que nunca iremos alcançar.

E o sol  logo volta,
com seu brilho iluminar.
Mais uma noite em revolta,
que não deu para descansar.

sábado, 5 de abril de 2014

Despretensioso




Este era só para ser,
Mais um poema a toa.
As palavras se encontrando,
E ficando numa boa.

Mas não sei o que houve,
Quando vi já estava assim.
Parecia um pé de couve,
Nascido no meio de um jardim.

Meio que fora do contexto,
Meio que meio de lado.
Meio que fora do texto,
Meio que meio atrasado.

O poema sem pretensão,
Virou fonte de lembrança.
Uma forte emoção,
Veio no meio da criança.

E o despretensioso,
Acabou virando fixação.
Deixou a carne só no osso,
e a alma na palma da mão.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Imaginações




Eu vivo imaginando,
coisas sem ter noção.
Uma nuvem que passa voando,
Logo penso que é um avião.

Uma flor que nasceu ali,
cheia de cores brilhantes.
Penso que é um colibri,
no pé de um diamante.

A sombra de uma arvoredo,
penso ser um lugar seguro.
Ali posso repousar meu medo,
e me posso me tornar mais puro.

Vejo montanhas de uma janela,
que estão longe demais.
Ando na praia com ela,
onde praia não há mais.

A minha imaginação,
acho que não tem limite.
Um mundo na forma de não,
uma vida sem ter palpite.

Lembranças de um tempo de paz,
em que voava tranqüilo.
Agora não dá mais,
nem isto, nem aquilo.

É muita imaginação,
Para uma cabeça só.
Leva junto meu coração,
Escondido em um filó.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Olhos Fechados




Fecho bem os olhos,
Para não ver passar o tempo.
O rosto então eu molho,
no que foi por um momento.

São guardadas fantasias,
Espalhadas pelos cantos.
São retratos,  nostalgias,
Que alimentam o meu pranto.

Vou andando pelas ruas,
Num caminho ainda incerto.
Tão desertas, quase nuas,
Com você sem ser por perto.

Tanta gente a me olhar,
Que nem sei por que eu vim.
Só queria me lembrar,
Que já fui bem mais de  mim.

Hoje sombra vou seguindo,
Procurando te encontrar.
Acho até que vou fugindo,
De onde eu queria estar.

E de olhos bem fechados,
Para não ver passar o tempo.
Sou só mais um culpado,
Por fugir o pensamento.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Poeminha




Um poema tosco
Todo cheio de enrosco
Mas levando muito gosto
Dito isto tudo posto

Um poema cheio
Sem vazio pelo meio
Foi juntado num anseio
Espalhando seu gorjeio

Uma poema pleno
Vem trazendo seu aceno
Coração serve de dreno
Se tornando mais ameno

Um poema tudo
Vem bancando abelhudo
Deste logo me desgrudo
Mesmo assim eu o saúdo

Um poema servil
Não foi feito em abril
Espalhou o seu ardil
Neste ser tão infantil

Um poema de agrado
Foi aos poucos violado
De um amor já foi falado
Nas palavras do seu versado

Um poema bem sacana
Que se deixo me engana
Como fala de cigana
Como beijo em chalana

terça-feira, 1 de abril de 2014

A Vida





As vezes é lorota
As vezes é contida
As vezes é derrota
As vezes é bendita

As vezes é vitória
As vezes é decepção
As vezes é divisória
As vezes é submissão

As vezes é fantástica
As vezes é "caliente"
As vezes é enigmática
As vezes é saliente

As vezes é silenciosa
As vezes é barulhenta
As vezes é melodiosa
As vezes nos orienta

As vezes é maldita
As vezes é vitoriosa
As vezes ela grita
As vezes é amorosa

As vezes ela é vida
As vezes é quase morte
As vezes é  partida
As vezes é como corte

As vezes é reclamante
As vezes é desgostosa
As vezes é radiante
As vezes é  poderosa


Mas sempre será vida.