quarta-feira, 31 de março de 2010

Procura

Procurava quem não conhecia bem,
pois a descrevia
em versos e prosas.
Achava que a conhecia.

Procurava quem descrevia.
Na noite, no luar.
no cheiro das rosas,
no barulho do mar.

Mas não achava você, e eu não sabia,
esta, que eu descrevia, era imagem minha,
um ser imaginário, e eu, a mim, não via,
era tudo fantasia.

Andava a procurar-te
feito louco,
andava, muito andava,
não era pouco.

Olhei então a minha volta e um dia eu achei.
Achei um olhar, achei em um beijo,
achei em um andar, achei um desejo,
em um tanto gracejo.

Menina dengosa.
Menina faceira.
Menina charmosa.
Menina mineira.

De vestido curto, de pernas grossas.
De tanto subir e descer ladeira.
Você me conquistou,
Me deixou sem eira e nem beira.

Dizer o quanto me fazes falta
é cair na redundância,
é falar o quanto existe no mar
vida em abundância.

Me achei em você,
e não quero te perder de mim.
Volta logo....volta.
O tempo está me deixando no fim

E te quero mais um tantinho,
Só um tantinho assim.
Te quero mais perto hoje,
Te quero mais perto de mim.

terça-feira, 30 de março de 2010

Cisma

Tem dias que cismo com uma música e ela fica martelando direto.
Hoje cismei com esta ( I've got you under my skin) e ao procurá-la no You Tube acabei encontrando outra música da era disco com um toque, um tempero espanhol.

Tenho teu nome
como que tatuado em meu peito,
não na pele como outra tatuagem qualquer,
mas dentro, bem dentro, no músculo maior
que comanda a vida e as emoções.

Resolva você o que resolver,
Nada irá mudar o que penso
Tamanha é a vontade de te ver.

I've Got You Under My Skin.


Can't Take My Eyes Off You



Decifre onde você está.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Despedidas

Na penumbra outonal
As tramas são tecidas.
As folhas caem das árvores
Como coisa já resolvida.

Esfria a água no lago
Anunciando um novo inverno.
Tento te ter ao meu lado,
Tento te ter por perto.

A chuva fina caí
De maneira incessante.
Vejo como a vida se vai
Depressa, e a todo instante.

Não há mais tempo,
já se foi passada a hora.
Está chegando o momento
de já se ir embora.

A despedida é triste,
Como todas elas são.
Chegou a hora do canto do cisne.
Chegou a hora do aceno de mão.

Vou em paz,
Sem nada da vida temer.
Faço o que a vida trás,
Tenho a vida na tez.

A estrada é longa
E devo muito caminhar
Vou escutando a milonga
E no tempo me ponho a dançar.

Danço valsa,
danço bolero.
Danço tango,
danço o que quero.

Danço na vida
a música que ela tocar.
Deixo meu peito aberto
para os sons de vida entrar.

sábado, 27 de março de 2010

Coisas do Brasil

Relembrando algumas músicas antigas
naturalmente esta se encaixou em algumas coisas,
tanta saudade.......

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tenho Tanto Que Aprender

Tenho de aprender
a enxugar as lágrimas
nunca choradas,
a entender as angustias
nunca ditas,
a proteger dos medos
que contraem os músculos.
Tenho de aprender a respirar,
com sonoridade e paciência,
quase como num mantra.
Tenho de aprender
a conhecer o momento de calar
e só nos ouvidos
deixar as palavras entrarem.
Tenho de aprender a ser cego,
e surdo, e mudo,
de vez em quando.
Tenho de aprender a disfarçar,
olhar para o lado, assoviar,
quando as coisas
não vão muito bem.
Tenho de aprender a ser irônico,
só um pouco,
ver sem olhar,
sentir sem provar.
Tenho de aprender que
em um momento de aflição,
não adianta reclamar,
não adianta brigar,
tenho que olhar para o chão,
curvando-me,
em um gesto de indulgência,
pedindo clemência,
paciência e perdão.
Tenho de aprender a ignorar
meus sentimentos mais puros,
pelo menos algumas vezes.
Tenho de aprender
a não mais me entregar
por inteiro e de uma só vez.
Tenho de aprender a dividir.
Tenho de aprender
como aliviar a dor, que tanto sufoca.
Tenho tanto a aprender
e o tempo de vida é tão escasso.
Não há tempo suficiente
para que possa, nesta vida,
aprender tudo isto,
por mais que eu tente.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Meu Reino

Tanta,
tanta sombra
a meu redor,
São tantas....tantas.

A elas,
devo o sonho que conforta
e a mão que acaricia.
Tenho Deus que me levanta,
me carrega e me suporta.
Tenho Deus que me confia.

De manhã apago estrelas,
De noitinha o assopro o sol,
Pelo dia posso vê-las,
As meninas e o rouxinol.

Flores murchas pelo chão,
São pisadas pelos que passam.
Nem olham com o coração
Que um dia foram a graça.

Sou pobre,
e rico nunca serei,
mas tenho meu castelo de sonhos,
e dele, sou seu único rei.

Ao meu lado,
minha rainha,
eleita por mim.
Minha fada madrinha.
Feita de quimeras mil.
Ela é muito mais bonita,
Do que qualquer mulher que já se viu.

A tardinha,
de mãos dadas,
passeamos pelas aléias floridas,
juntos nós sonhamos,
e juntamos nossas vidas.

terça-feira, 23 de março de 2010

Sou

Sou este
que um dia na rua
esmolou por teu valor.
Sou este
que habitou por breves momentos
os espaços do castelo
que existe em teu peito.
Sou este
de mãos enrugadas,
e rosto marcado pelo tempo
que tanto viveu para você.
Sou este,
poeta,
que a ti descreveu
em letras e lágrimas.
Agora,
depois do tempo passado,
nada mais resta,
só lembranças,
escondidas no fundo
de um baú empoeirado,
esquecido no porão,
sob tantas coisas,
da casa abandonada.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Febre

É na febre ansiosa
da saudade tua
que me aqueço.
Me dispo
de minha mortalha,
pegajosa de dor.
Ninguém tem as asas
que eu tenho.
Ninguém alça os vôos,
para mais além,
como eu faço.
Meus êxtases,
meus sonhos,
meus cansaços,
de nada valem,
sem a tua infinita
presença constante
que tanto me faz falta.
Vem ocupar
todo o este espaço
de vazios infinitos.

domingo, 21 de março de 2010

Deixe levar

Tenho em minha voz,
e minhas letras,
o instrumento
de comunicação,
regidos pelo órgão maior,
meu coração.

Ele comanda a ambos
fazendo com que tentem
trabalhar juntos,
mas as palavras ditas
são mais rápidas
que se posa escrever.

Então canto
Canto alto,
Canto forte,
Pode uma coisa curar.

Não faça planos
E pare de tanto pensar.
Deixe a vida fluir.
Deixe a vida te levar.

Deixe os planos
para depois.
Viva o agora,
ele pode não vir depois.

sábado, 20 de março de 2010

Doce Menina

Cheirando a dama da noite
e ao doce da baunilha,
segue a moça mais linda do povoado
que habita aquela ilha.

Iluminando os luares,
como pura água da fonte.
Mata a sede de quem a tem,
e como ninguém, nos mata a fome.

Retira a dor e a fraqueza,
somente com o seu passar.
Somente ela, a princesa,
e o seu gracioso andar.

Em ti
meu olhar se fez alvorada.
Sempre retornarei ao ninho doce
de tua boca apaixonada.

Cheia de graça,
e paixão,
Segue a menina no campo,
Segue a menina canção.

Espalhando encantamento,
Vai a menina paixão.
Distribuindo tormentos.
Destruindo um pobre coração.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cansaço

Chego ao meio da vida,
já meio cansado
de tanto navegar.
De em vários portos aportar.
Agora, ao sabor das marés
me deixo levar.

Por várias vezes
sem forças mais para navegar,
deitava-me no mar,
a esperar,
cansado, desanimado,
de tanto navegar.

Tanto aprendi
e nada sei,
tantos portos eu vi,
tantos portos encontrei,
e em nenhum deles
me fixei.

Construí minhas vigias
Contra o vento.
Enfunei minhas velas
de brisas fracas.
Minha amurada a sotavento.
Meu caminho é feito na faca.

Nas horas profundas,
Lentas e caladas,
Te ouço falar.
Dizes que sou jovem
Que muito ainda
posso navegar.

A realidade é cruel
O espelho,
não nos deixa mentir.
Minha vida era carrossel,
Agora,
é hora de sair.

Chegou o momento do descanso,
De parar de brigas tolas.
É hora de crescer um pouco,
e calar um pouco mais a boca.
Ouvir mais, ser mais tolerante.
Ouvir o coração na frente,
deixar esta vida errante.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um mundo

Um mundo de luz
um mundo de cor
um mundo que seduz
um mundo de amor.

Um mundo de alegria
Um mundo de fervor
Um mundo de agonia
Um mundo de calor.

Um mundo encantado
Um mundo inexistente
Um mundo a ser sonhado
Um mundo sem um presente.

Um mundo de fantasia
Um mundo de quimera
Um mundo de magia
Um mundo, quem me dera.

Só queria um mundo,
Um mundo só meu,
Para colocar neste mundo
O amor que Deus me deu.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Quem Sou Eu?

Quem sou eu?
Sou um nada.
Só uma sombra,
um cheiro no ar.

Alguém sem nome,
alguém sem rosto.
Sou mesmo um ninguém,
sou só um... a quem.

Sou um a quem,
a quem se agradece.
Sou um a quem,
a quem diz que não se esquece.

Sou um vento,
uma lufada,
que pode refrescar,
mas também incomodar.

Sou o que resolve,
Sou o que complica.
Sou o que socorre,
Sou o que facilita.

Quem sou eu?
Nem eu mesmo sei,
Sou só sombra pálida
Que pensa que ainda é rei.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Compatibilidades.

Ela é rica.
Ele um pobre zé.
Ela é linda.
Ele feio, de todo não é.

Ela culta.
Ele mal sabe ler.
Ela poliglota.
Ele quase não tem o que comer.

Ela viajada.
Ele nem o bairro conhece.
Ela com a vida arrumada.
Ele só empobrece.

De tanta coisas diferentes
é que o encontro surgiu,
e do encontro desta gente
um carinho entre eles floriu.

E mesmo com tantas coisas diferentes
a paixão brotou.
Naqueles corações adolescentes,
o amor se firmou.

Se agarrou com unhas e dentes
e nada pode tirá-lo de lá.
Podem até nunca mais se ver.
Podem até os corpos afastar.

Mas as marcas deixadas no peito
não há tempo que as vai apagar.
As barreiras impostas pela sociedade,
este amor ainda vai derrubar.

Sociedade maldita.
Insensíveis nas coisas do amor.
Trata de tudo com desdita,
Aquilo que não pode supor.

E assim, ela na asfalto,
Ele no morro.
Ela no basalto,
Ele quase um morto.

sábado, 13 de março de 2010

Espera

O que une,
Liberta.
O que adormece,
Desperta.
O que fere,
Renega.
O que cura,
Agrega.
O que dança,
Venera.
O que cala,
Considera.
O que a tudo vê,
Se cega.
Quem a tudo quer,
Quem dera.
Quem muito sonha,
Quimera.
Quem só atende,
Já era.
Quem quer brigar,
Se ferra.
Quem espera amor,
Espera......

sexta-feira, 12 de março de 2010

Berço

Pouso a cabeça minha,
cheia de ilusão,
quando tu estás sozinha,
bem junto do coração.

Neste berço materno,
brando e angelical,
fecho meus olhos tristes
e me entrego
ao teu respira natural

O sobe e desce do teu peito
embala meu sono com jeito.
A entrega é total,
adormeço,
como numa tarde outonal.

Amada minha,
Minha querida,
És minha rainha,
És minha preferida
Por Deus a mim prometida..

Tens um berço de ouro,
No peito, um verdadeiro tesouro.
Da vida um nascedouro
De tanto amor vindouro.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Em Vão.

É vão, lançar aos pés de alguém
um amor tão grande?

É vão, ter tanto ódio guardado no peito
para que a outra pessoa sofra
o que nós estamos sentindo?

É inútil, o desdém, o desrespeito, a mágoa.
Não guarde-os, deixe-os pousados
no chão da estrada.

Um dia a morte chega,
e nos vem beijar,
e todo riso vira lamento,
todo mundo se põe a chorar.

A saudade é que fica.
Aquartelada como em guarita,
em um peito de alma perdida
lamentando tão ceda partida.

E já terá ido a vida
tão inutilmente vivida
muitas vezes aborrecida
e de maneira ambígua.

Seja árvore da vida,
De flores sobrevividas,
Frutas para serem comidas,
Seja vida renascida.

Cresça e esteja crescida.
Encontrarás uma saída,
Bem certa, na medida,
Com riqueza pretendida.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Doidice

Teci um sonho de quimera.
Aguardando, sempre na espera,
De que um dia na janela,
Pudesse aparecer, ela.

Quem dera!
Ela não se propusera
a ser minha donzela
e eu, só dela.

E na janela,
sempre a espera
de que minha amada bela
seja minha, e eu dela.

Deixe tudo na atmosfera.
Vamos levar isto a vera.
Tapemos esta cratera.
Formemos uma só esfera.

Juntos, só teremos primavera.
Se Deus quiser, quem dera,
mesmo morando em tapera.
Só a ela meu coração venera.

terça-feira, 9 de março de 2010

A Noite

A noite desce,
vem com sua mão fria
tocar meu corpo,
embalar,
para que ele possa descansar
nas suas intimidades.
Querendo que eu adormeça
para usar suas magias soníferas
e com as imagens geradas nos sonhos
distrair minha cabeça.
Deito-me em seus braços,
não reluto,
só me entrego,
para meu sonho encontrar.
Ela vem com braçadas de sonhos,
e leva vasilhas de suores.
Muda como chegou,
Calada se vai
aos primeiros raios de sol.
Deixando a mim
e meus sonhos
extasiados.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Um dia de domingo



Enquanto isto na costa do Mar Tirreno, a porta de um pequeno restaurante com uma mesa na calçada........seria bom se todos os dias fossem "um dia de domingo", faz de conta que ainda é cedo e deixar falar a voz do coração.

Alguém e Ninguém

Alguém fala
Ninguém escuta
Alguém cala
Ninguém disputa

Alguém sorri
Ninguém o vê
Alguém diz, sofri.
Ninguém o vê, morrer

Ninguém briga
Alguém apanha
Ninguém quer partir
Alguém te ama

Alguém morre
Se importa ninguém
Alguém deixa saudade
Ninguém deixa saudade também.


Alguém chama
Ninguém festeja
Alguém reclama
Ninguém passeia

O coração de alguém bate
O coração de ninguém é escuna
A alma dos dois tem embate
A alma dos dois coaduna.

domingo, 7 de março de 2010

A Lua e Eu

Eu tenho pena, coitadinha, da lua,
sozinha, a todos encantar.
Deixe seu brilho na rua,
e por onde ela passar.

Dela todos se encantam,
mas delas não podem levar,
só resta seu brilho colher,
na sutileza de meu olhar.

E na beleza da lua,
me ponho escondido a chorar,
lágrimas ocultas brotadas
da saudade tua a maltratar.

Este coração
que não se cansa de bater.
Bate entristecido,
por não poder a ti ver.

Bate entusiasmado,
na esperança de outra vez te ouvir.
Bate descompassado,
Na esperança de outra vez de sentir.

E assim como no céu está a lua
Meu coração segue a te seguir.
Encantando em ter a presença tua,
Em meu peito, posso te sentir.

sábado, 6 de março de 2010

Coração e Sonhos

Meu coração errante,
rasga o véu do semblante,
se faz total amante
de um ser radiante.

Uma mulher na vida encontrada,
em meu caminho se fez presente,
uma mulher finamente talhada,
por um ser onipresente.

Foi Deus quem te fez assim,
cheia de graça e prazer.
Te fez só para mim,
um dia querer te ter.

Estes sonhos sonhados
me cansam para sempre,
não os ter faz minha vida vazia.
Prefiro-os marcados fortemente.

E com este dilema encantado
no coração para a eternidade,
só resta deitar no que foi sonhado
e aguardar sua maturidade.

Os meus sonhos são fortes
sou arcanjo, e toco o céu.
Neles não há tempestades,
Neles não há fel.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Poeta

Ó poeta da saudade.
Meu poeta querido.
Que perdeu seu sorriso no tempo
e dele não é mais querido.

Só escreve tristes palavras,
Falando de mágoa e dor.
Não se perca, enternecido,
com as coisas do amor.

O teu livro é tua dor,
e ele chora contigo.
É melhor chorar de amor
Do que nunca o ter vivido.

Escreve palavras gentis,
palavras que farão sentido,
e naqueles que as ler
nunca serás esquecido.

Vai, escreve coisas boas.
Fala de lua e luar,
Fala de flores na estrada,
Que deles estarão a se encantar.

Vai poeta querido,
Escrever é teu castigo.
Vai no tempo, poeta perdido,
O amor é teu caudilho.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Andança

Andaste pela minha estrada
com os olhos cheios de luar.
Cantavas nos meus sonhos
no seu mais leve cantar,
e de mãos dadas estaríamos
sempre na estrada a vagar,
sem pressa
e sem lugar a chegar.
Só andando,
sem mais nada importar
Só andando,
cada um no seu trilhar.
Andando um,
no do outro olhar.
Andando um,
no do outro sonhar.
Se cruzam as estradas,
Se trançam nossos caminhos.
Estamos de mãos atadas,
Estamos em descaminhos.
Mesmo assim seguimos
Desafiando o que vier
Batemos em ponta de facas,
Batemos no que quiser.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Versos

Versos, versos escrevo,
mas o que são estes versos?
Sei lá, são pedaços de espuma da onda,
são nuvens que passam no céu.
São raios de sol
Surgidos por entre as árvores,
são lembranças queridas
que não me saem
desta cabeça perdida.
As palavras,
são crianças soltas
correndo na rua,
são pessoas velhas
reclamando da vida.
São amarguras puras.
São cantos de vaidade.
Meus versos são palavras sofridas,
em um papel qualquer.
São escritas sem fim
dedicadas a uma mulher.
Um livro são apenas páginas brancas,
repletas de sonho e fantasia,
as letras ali postadas
é que nos levam a encontrar a magia.
E com as letras
um encantos se fez,
você surgiu em minha vida,
surgiu prá ficar de vez.
Estranho livro o que escrevo,
falo de dor e magia,
e nem percebo o quanto
ele me contagia.
Folheio nele minha alma,
exponho nele seu sentido,
coloco nele minha calma,
descrevo nele o seu sorriso.
Grande livro de mágoas,
grande livro dos aflitos,
ó livro em pessoa,
ó livro já escrito.
Escrito em outros tempos,
escrito por outras mãos,
escrito na pedra pelo vento,
escrito na vida em seus vãos.
E este é o meu livro,
que a ti dedico,
você que me encontrou,
na vida como um perdido,
você que me resgatou,
das amarguras no livro,
a ti agradeço pelo que sou,
a ti agradeço por ter sobrevivido.

terça-feira, 2 de março de 2010

Acalanto

Canta-me!
Cantigas de criança
que me fazem adormecer.
Soluço tristemente em silêncio
por não poder te ver.
Acalanta-me em meus braços,
e me faz parar o gemer.
Embala-me docemente,
e me deixa adormecer.
Embalado em cantigas
e acalantos.
Deixemos nossos corpos ficar
embalando um ao outro,
um ao outro se fazendo encantar.
E nos deixares de corpos,
embalados na magia
não percebemos
o quanto passa rápido o dia.
Já é hora de ir,
De nosso canto deixar.
Vamos amor temos de ir,
Temos para a realidade voltar.
Vamos conviver com a saudade,
Rezando para o tempo correr
Para o mais rápido possível
possamos de novo nos ver.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Meu Coração

Meu coração doido onde vais?
Onde leva este corpo
mais uma vez a passear?
Vais com teus anseios de liberdade,
sem os devidos cuidados tomar.

Onde vais meu coração?
Levar mais uma vez
este corpo a passear?
Vais pela estrada de luz,
Sem olhos a reparar
Nos caminhos estranhos que conduz
muitas dores podes encontrar.

Onde vais meu coração?
Levar este corpo a passear.
Então leva ele meu coração,
senão ele não sai do lugar.
Leva-o por onde quiseres
não importando onde vais ele pousar.
Levas este corpo a conhecer a vida
E os prazeres de um amar.

Leva ele meu coração,
Leva este corpo a sonhar.