sábado, 28 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Absorto





Absorto em pensamentos
Pela rua vou andando
Vou pensando no momento
De uma vida se acabando

No céu um azul bonito
E um sol a esquentar o corpo
Na rua sou como perdido
Quase que um ser morto

Na intimidade já me fui
Passeando em outros campos
Uma luz que não flui
Que não serve de acalanto

Coisas que eram nossas
Foram levadas na corrente
Não há mais quem possa
Devolver isto para a gente

Absorto vou seguindo
em um outro mundo morrendo
Na alma vai fluindo
O que em mim vai vivendo

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vai passar




Vai passar,
hoje ou amanhã pode ser.
Você sabe que vai passar,
não dá como permanecer.

Pode ser até que dure,
um pouco tempo mais.
Coração é que se cure,
Coração não é um cais.

E tudo volta a ser como era,
até bem um tempo atrás.
Explode de vez a esfera,
que encerra este algo mais.

Um verão vai chegar,
e com ele vem a chuva.
Vai este  peso carregar,
arrastado pela rua.

E mesmo que a dor insista,
e querer aqui ficar.
Ela não será mais vista,
vai perder o seu lugar.

E pelo sonho é levada,
Logo, logo vai se entregar.
Pelo mundo embalada,
no sol, vento  e mar.

E quando menos perceber,
não vai mais se ver chegar.
Perto deste amanhecer,
que só faz te magoar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Origami





Como origami fui dobrando,
Meu coração até cansar.
Uma forma foi formando,
Meu amor estava lá.

Amassado com leveza,
Cada dobra de um jeito.
Mas na dobra com firmeza,
Lá estava o meu peito.

Colorido de um cinza,
Indo do claro ao escuro.
Meu coração assim ainda,
Não deixou de ser maduro.

Para o alto joguei a forma,
deixando o vento levar.
Na dureza coração transforma,
Mas não deixa de amar.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Deixará de ser espera







Eu tinha um amor,
Hoje tenho uma lembrança.
Só ficou foi mesmo a dor,
Que me fere como lança.

Nada mais será igual,
Só nos loucos sonhos meus.
Um amor igual ao tal,
Nunca mais aconteceu.

Um dia sei que vou,
Meu amor reencontrar.
Deixarei a ser o que sou,
O meu corpo irá mudar.

Estarei vestindo asas,
E voando como era.
E este amor que nunca passa,
Deixará de ser espera.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Atrevido






Entrou, assim, sem cerimônia nem nada, sem pedir licença ou se apresentar.  
Atrevido e muito, aliás como sempre foi.
Simplesmente chegou, se instalou e ficou.
Tentei falar, argumentar pedir para sair, mas ele nada de se mexer.
Pensei em apelar para a violência, mas olhando com cuidado vi que não iria resolver, ele era forte demais para mim.
Então como tirar ele dali?
Já que pela força não dava, pelo argumento ou conversa também não.
Deixá-lo ficar ali?
Como seria que iria conviver com isto.
Já fazia muito tempo que não enfrentava uma situação desta.
Resolvi não apelar, talvez se eu o deixasse quieto ele se cansasse e fosse embora, mas com o tempo fui me acostumando com ele, com suas manias, com seu apelos e costumes, com suas traquinagens e armadilhas e cada vez mais fui me afeiçoando dele, chegou uma hora em que não queria mais que ele fosse embora daqui, mas foi justamente neste momento, no momento em que mais precisei dele, ele comigo não podia estar. Tive de enfrentar meus medos sozinho e ele sem saber de nada viajava por ai.
Pensando que eu o abandonei, logo eu????
Depois de tudo que ele me mostrou. Nunca faria isto, ainda mais com ele.
Agora ele se foi, mas deixou comigo uma lembrança enorme que não largo por nada, pois mesmo que ele não queira mais vir, a saudade ficou como recordação deste lindo e enorme amor.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Foi lá, na Santa Catarina







Que vi a luz
Encontrei as trevas
Onde alguém me seduz
E onde você me negas

Onde mora felicidade
Junto com a grande paixão
Onde vive a amizade
E deixei meu coração

Ali eu vivi
Ali eu chorei
Ali eu sorri
Ali me enterrei

Lá eu dormi
E  foi lá que sonhei
Foi lá que eu me vi
E foi lá que eu falhei

foi lá, na Santa Catarina
Que um dia eu cheguei
Onde mora linda menina
Para qual eu me entreguei

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Talvez





Talvez não seja tarde,
Talvez só seja cedo,
Talvez acabe o embate,
Talvez não tenha medo.

Talvez não tenha chuva,
Talvez só veja a noite.
Talvez acabe a luta,
Talvez não tenha açoite.

Talvez não tenha cura,
Talvez só seja vento.
Talvez acabe amargura,
Talvez não tenha tempo.

Talvez não morra mais,
Talvez só veja a luz.
Talvez acabe a paz,
Talvez não tenha a cruz.

Talvez não mais escreva,
Talvez só seja dengo.
Talvez acabe a cerveja,
Talvez não acabe capengo.

Talvez não tenha talvez,
Talvez só seja uma fuga.
Talvez acabe de vez,
Talvez não tenha rusga.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Coisas antigas



 


Lendo e relendo
Antigas poesias
Vou ali revivendo
Quando a saudade morria

Hoje na rua te vejo
Passando do outro lado
Nos olhos o puro desejo
Mas tento ficar calado

Logo eu te trago
De novo até mim
Nos meus braços te laço
E beijo tua boca carmim

Vivendo de coisas antigas
Dignas de um museu famoso
Revivendo amor de cantigas
Um  tempo de amor guloso