Entrou, assim, sem cerimônia nem
nada, sem pedir licença ou se apresentar.
Atrevido e muito, aliás como sempre foi.
Simplesmente chegou, se instalou
e ficou.
Tentei falar, argumentar pedir
para sair, mas ele nada de se mexer.
Pensei em apelar para a
violência, mas olhando com cuidado vi que não iria resolver, ele era forte
demais para mim.
Então como tirar ele dali?
Já que pela força não dava, pelo
argumento ou conversa também não.
Deixá-lo ficar ali?
Como seria que iria conviver
com isto.
Já fazia muito tempo que não
enfrentava uma situação desta.
Resolvi não apelar, talvez se eu
o deixasse quieto ele se cansasse e fosse embora, mas com o tempo fui me
acostumando com ele, com suas manias, com seu apelos e costumes, com suas
traquinagens e armadilhas e cada vez mais fui me afeiçoando dele, chegou uma
hora em que não queria mais que ele fosse embora daqui, mas foi justamente
neste momento, no momento em que mais precisei dele, ele comigo não podia
estar. Tive de enfrentar meus medos sozinho e ele sem saber de nada viajava por
ai.
Pensando que eu o abandonei, logo
eu????
Depois de tudo que ele me mostrou.
Nunca faria isto, ainda mais com ele.
Agora ele se foi, mas deixou
comigo uma lembrança enorme que não largo por nada, pois mesmo que ele não
queira mais vir, a saudade ficou como recordação deste lindo e enorme amor.