domingo, 30 de março de 2014

Sou um homem.





Sim sou um homem que chora,
Que tem sentimentos.
Um homem que mora,
Em um mar de pensamentos.

Sim sou um homem que ama,
Que acredita na vida.
Um homem que clama,
Por amor de partida.

Sim sou um homem que fala,
De lembranças tão bonitas.
Um homem que declara,
Seu amor por  toda vida.

Sou um homem de guarida,
Que não consegue viver só.
Um homem que busca saída,
Em um mundo cheio de nó.

Sim sou um homem que se entrega,
Quando está apaixonado.
Um homem  que não sossega,
Em agradar quem está ao seu lado.

Sim sou homem de verdade, 
Não daqueles machos enganados.
Sou um homem com lealdade,
Se não me deixares de lado.

Então entendas o que sinto,
Quando digo que te amo.
A saída deste labirinto,
Não faz parte dos meus planos.


sábado, 29 de março de 2014

Poeta e Poesia



A poesia caminha,
Me levando para mundos outros.
Não é como ladainha,
Ela é um mundo novo.

A palavra me levanta,
Me dizendo o que dizer.
E a emoção alcança,
Me levando para você.

Totalmente descabida,
Sem utilidade alguma.
A palavra é só sentida,
Envolvida em sua bruma.

Uma vez desnudada,
Se mostra por inteira.
A palavra foi marcada,
Como sendo verdadeira.

De pedra não servirá,
Talvez seja de contento.
No caminho não irá,
Ficará no pensamento.

E assim caminha a poesia,
Carregando o poeta.
Em um mundo de fantasia,
Que a poesia decreta.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Abandono




A poesia me abandonou,
foi passear outras bandas.
Acho que ela cansou,
de ver lágrimas tantas.

Ando cheio de espaço vazio,
coração recheado de oco.
Saudade é como estio,
preocupado por tão pouco.

A dor só me namora,
na vida não vejo guarida.
Coração tanto implora.
um pouco de paz na vida.

A alma embaçada,
a vista fica turva.
No corpo não há nada,
na vida só tem curva.

Quem eu sou?
Que vive no tempo perdido.
Vivendo de um sonho que passou,
mantendo amor escondido.




quinta-feira, 27 de março de 2014

Conversando com Deus

Conversando  com Deus

Depois de um século viver,
Como sábio incompetente.
Decidi enfim morrer,
Sem avisar, assim de repente.

Ao chegar no paraíso,
Com Deus me encontrei.
E lhe disse: - Para com isso,
Que tantas chuvas enfrentei.

Ele olhou nos olhos meus,
E me disse bem baixinho.
Filho, não as criei Eu,
Foi você e seu caminho.

Parei então a pensar,
Nas palavras recebidas.
E nem chegar a reclamar,
Reconheci a minha dita.

E me vi em embaraços,
Envolto em armadilhas.
Tracei meus próprios traços,
Envolvi-me em rodilhas.

Então Lhe disse: - Deus,
Reconheço que errei.
Te culpei pelos erros meus,
Que fim então terei.

O seu fim será igual,
Aos tantos que perdoei.
Sua vida um manancial,
De todas as coisa que te dei.

Aproveite o seu presente,
E reconheças o que é certo.
Eu que sou onipotente,
não sou um Deus incerto.

E sob os seus braços,
fui seguindo meu destino.
Fui traçando novos traços,
E da vida ser menino.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Amo teus olhos



amo teus olhos . . .
da cor de mel
que me querem falar
que me levam ao céu
que não te deixam calar

amo teus olhos . . .
a beira do mar
na sombra da montanha
que só sabem olhar
que só me acompanha

amo teus olhos . . .
calado
na estrela
encantado
só por vê-la

amo teus olhos . . .
por os conhecer
por vê-los sorrindo
por sempre saber
que eles estão vindo

amo teus olhos . . .
por combinar
pelo tom
pelo gostar
por ser bom

amo teus olhos . . .
por te amar
por puro prazer
por me entregar
sempre para você.


terça-feira, 25 de março de 2014

Onde está a poesia




Onde está a poesia,
Que há pouco aqui estava.
Foi-se embora na folia,
Enquanto distraído te abraçava.

Levou todo meu prazer,
Só deixando desarmonia.
Poesia para se ter,
É preciso fantasia.

E lá foi ela embora,
Se divertir  por ai.
Foi pelo mundo afora,
Vai dançar até cair.

Pode ser um dia,
Que ela resolva voltar.
Trará muita alegria,
E voltará em mim habitar.

Poesia não se encante,
Com as coisas deste mundo.
Este mundo é dominante,
E você vem em segundo.

Não se engane minha amiga,
Eu bem que te avisei.
Poesia és sempre bem vinda,
No coração que desejei.



segunda-feira, 24 de março de 2014

Melodia noturna



No meio da noite calada,
Um som faz-se ouvir.
Toca uma doce balada,
Que é p’ro peito comprimir.

As notas vão dançando,
Ocupando todo o ar.
No olho desce rolando,
Uma gota de pensar.

Porque veio a mim?
Nota tão melodiosa.
Não vês que faz do sim,
Um não como resposta.

Poderia voar no vento,
Procurando outros ouvidos.
Mas chegou num momento,
Em que vivo tão aflito.

E no meio da noite cálida,
Ela entra pela janela.
Como lua, veio pálida,
Me  lembrando muito dela.

Me deixando morar na saudade,
De um tempo tão contido.
Melodia sem maldade,
És a causa do conflito.

E com o vento se vai,
Ocupando outro ser.
De minha mente não sai,
Estás presa por querer.

E fica rodando na mente,
Dançando como bailarina.
Enganando um par de gente,
Um pierrot e uma colombina.


domingo, 23 de março de 2014

Amar



As vezes somente amar,
Não é suficiente o bastante.
As vezes é preciso deixar ficar,
como tudo estava antes.

Cada um no seu destino,
cada um no seu cantinho.
Como o vai e vem do sino,
como curso de um riozinho.

Feito de indas e vindas,
de contornos pelo cantos.
Aproveitando as coisas lindas,
e deixando o desencanto.

Se amar fosse o bastasse,
e sustentasse o insustentável.
Não haveria quem acabasse,
uma relação tão improvável.

Mas amar não é sustento,
pelo menos para alguns.
Amar pode ser sofrimento,
espalhado no peito de uns.

Amar é o sustento.
Amar é alimentação.
Amar não é momento.
Amar é uma duração.


Por toda uma vida,

sábado, 22 de março de 2014

Minha




Minha beleza . . .
És assim que te chamo.
És minha fraqueza,
Que eu tanto amo.

És puro desejo,
És muito querer.
Que eu só me vejo,
Beijando você.

És como bruma,
Que desce suave.
És como pluma,
Que aos poucos me abate.

És mais que magia,
És mais que amar.
És minha fantasia,
Que não posso encontrar.

Minha linda lembrança,
Que não vai morrer.
És como criança,
Só se faz crescer.

Que eu trago guardada,
No meio do peito.
E vem embalada,
Com laço, com beijo.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Recusa



Me recuso
A recusar
A recusa
De te amar

Me recuso
a entender
A recusa
De te ter

Me recuso
a implodir
A recusa
De te ver partir

Me recuso
Por inteiro
A recusa
Do amor verdadeiro

Me recuso,
E vou morrer
Na recusa
De você.




quinta-feira, 20 de março de 2014

Lavrando



Na montanha de minérios
Eu lavrei
E no meio de mistério
Encontrei
Uma linda pedra rara
Admirei
Como uma jóia cara
Eu guardei
Não podia ladipar
Aguardei
Ela bruta ao ficar
Assim terei
E na pedra encantando
Me deixei
Aos poucos me tomando
Me entreguei
E a rara pedra rica
Eu porei
Em um altar de sonhos
deixarei
todo dia lhe olhando
ficarei
e com o tempo passando
amarei


quarta-feira, 19 de março de 2014

Saudade



Saudade não passa correndo
Saudade vem devagar
Saudade vem com o vento
Saudade vem no deixar

Saudade é como tristeza
Saudade é como gostar
Saudade é uma dureza
Saudade tem de enfrentar

Saudade fica, machuca
Saudade vem prá levar
Saudade é coisa maluca
Saudade é muito amar.

Saudade é um tanto doer
Saudade é um tanto sangrar
Saudade é só para se ter
Saudade é só para pensar.

Saudade não é um alento,
Saudade é só um lembrar.
Saudade é um breve momento,
que veio no peito morar.


terça-feira, 18 de março de 2014

Não há





Não há deserto
Mais certo
Que o deserto
Incerto
De uma solidão

Não há caminho traçado
Que possa ser encontrado
No meio de um acabado
Com seu tempo atrasado
Sem ter o seu coração

Não há um “que” de mentira
Que tanto na mente gira
Que arde eterno na pira
Que me afaste de sua mira
Ou apague uma emoção

Não há o que esconder
Deste meu tanto querer
O que eu possa fazer
Para te convencer
Que não é só um verão

segunda-feira, 17 de março de 2014

Atados




Um rio de lágrima não me trará,
o que um dia na vida perdi.
Isto não devolverá,
O que eu deixei partir.

Não somos mais o que somos,
Somos sombras escondidas.
Daquilo que vive nos sonhos,
No meio de coisas perdidas.

O que fazer então? Sorrir?
Fingir que está tudo bem?
No meio ainda está a ferir,
A espada que nos fez refém.

Fugindo, buscando situações,
Que amenize o que arde.
Fingindo, buscando emoções,
Que apague o que não parte.

Atestado de insanidade pura,
É o que nos passamos.
Atitude mais que burra,
É a que encontramos.

E no meio do rio caudaloso,
Pelo rosto em cascatas.
Não conhecemos um ao outro,
Escondemos o que nos ata.






domingo, 16 de março de 2014

Semi





Semi fala.
Semi semeia.
Semi se cala
Semi alteia.

Semi ama.
Semi passeia.
Semi reclama.
Semi vagueia.

Semi  sonha.
Semi indaga.
Semi pamonha.
Semi adaga.

Semi vai.
Semi fica.
Semi esvai.
Semi explica.

Semi vive.
Semi morre.
Semi migre.
Semi sorte.

Semi metade.
Semi inteira.
Semi se bate.
Semi na beira.


sábado, 15 de março de 2014

Dama da Noite




Um cheiro de mato,
Longe me arremessa.
E um pouco mais me abato,
Com uma perdida promessa.

Um céu vermelho brota no peito,
Ardendo até sangrar.
E eu com cara e sem muito jeito,
Me ponho no mundo a andar.

A cada passo que dou,
Na estrada do afastar.
Lembrei do tempo que sou,
Um viajante no teu olhar.

Minha linda emoção,
nos olhos meus a nadar.
Na tão fria solidão,
Estou cansado de chorar.

Desde o momento em que me fui,
Só aumenta o meu pesar.
Pela ponta dos dedos flui,
A vontade de te contar.

No cheiro doce,
da dama da noite em flor.
Mesmo que assim fosse,
esta ilusão virou amor.

Passeando pelos cantos,
apontando a direção.
E o meio de sons tantos,
vou catando meu senão.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Viajante Pássaro





Meu coração é viajante,
Sabe por onde andei.
Nesta vida de diamante,
Pelo tempo embrenhei.

Onde foi que chegou,
Neste meu caminhar.
Só o tempo me levou,
Ao que eu queria encontrar.

Só agora pude entender,
Todas as paisagens que vi.
Aquelas que não queria  perder,
Foram as que vi sumir.

Como paisagem na janela,
Sem nunca poder alcançar.
Assim sempre será ela,
Pelo mundo um eterno voar.

Nos meus braços carreguei,
Meu mundo por um tempo.
A ti eu o entreguei,
mas ele se foi com o vento.

Voando sobre um mar sem ilhas,
Buscando onde pousar.
Descansar por alguns dias,
É o que posso esperar.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Na roça




Tô morrendo de saudade,
De ôce menina.
Num fica na mardade,
De me deixar na sina.

Num dianta guardá,
Este danado segredo.
Todo mundo está a falá,
Uai, num junta por medo.

Vem prá cá,
Pra mode nóis juntá.
Não vamos deixá,
Esta história se calá.

É bonita dimais,
E dá uma dorzinha doída.
Num vamos carregar jamais,
Um causo assim na vida.

Vamo ser  pra nóis,
Uma aliança direita.
Se banhar nos sóis,
E deitá na rede estreita.

No campo ir morá,
Esquecer a cidade grande.
Viver do que se prantá,
E se sentir como gigante.

Olhar as estrelas,
Ficar bobo com a lua.
Nos teus olhos quero vê-las,
E te sentir somente nua.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Cartas de lembranças




No portão,
Um breve aceno.
No peito a solidão,
Já se acha como pleno.

Não é fácil esquecer,
Cada carta que escrevi.
Nelas eu contei,
Dos momento seu vivi.

E no meio destas lembranças,
Tão bonitas de contar.
Sempre surge um esperança,
De um dia te falar.

De tudo que se passou.
De tudo que eu escondi.
De tudo que aqui ficou.
De tudo que não esqueci.

E nesta linhas meio mortas,
Que levam um pouco de mim.
Vão fechando algumas portas,
E o não, não vira sim.

E para um dia lembrar,
De quem fui eu.
Podes as cartas pegar,
E buscar que as escreveu.

Que falou do que viveu,
De suas emoções contidas.
De coisas que aconteceu,
Nesta sua breve vida.

terça-feira, 11 de março de 2014

Presente



Aquilo que um dia foi  seu,
em outro amor não viverá.
Foi presente que Deus me deu,
e foi feito para guardar.

Mesmo que ande,
em outros cantos perdido.
Não haverá quem cante,
o canto que me deixou caído.

Para sempre me lembrarei,
de cada viagem feita.
Em cada quarto que deitei,
em cada cama desfeita.

Não se culpe se erramos,
em guardar o que era nosso.
Me senti como cigano,
tomando posse do que não posso.

A hora de devolver,
e deixar ficar no chão.
É para nunca esquecer,
deixar na mão o coração.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Poetando




Poetisa o poeta
Na poesia vadia
Sem pressa
de sentimento repleta.
Parte sem medo de errar,
Vai como quem parte no vento,
Como barco
levado pela corrente,
Cruzando mares,
Oceanos,
Buscando olhares,
Desenganos.
Sem saber onde vai chegar
Simplesmente se deixando levar
Pelo sentido do amor.
Carregado destas tintas rubras
Que anima e impulsiona a seguir,
Sabendo que vai doer,
Tentando fazer
Com que suas letras
emocionem a uma só pessoa
ou algumas delas
pois é esta emoção que ele vive.
Assim vai o poeta,
poetanto desiludido,
pensativo no mundo
que só existe no seu peito.
Nunca deixando de escrever
nem que seja uma linha,
uma palavra de descreva,
ou tente.
o que vive seu coração
plantado na mente,
que não mente,
vive somente.

domingo, 9 de março de 2014

Meus Desejos




Desejaria não ter desejos,
Meus desejos são ardentes.
Meus desejos são despejos,
Despejados de minha mente.

Meus desejos são intensos,
Cada um maior que outro.
São desejos que não penso,
Ele surgem como loucos.

Vem correndo como raio,
Faiscando o tempo todo.
Me levanto e logo caio,
Tonteando feito bobo.

Bagunçam o que é certo,
Acertam o que é errado.
Trazem o longe para perto,
E o perto fica afastado.

Meus desejos são malucos,
Frutos da mais pura ilusão.
E fazem deste velho caduco,
Um pião em sua mão.

Neles vibro, neles choro,
Me atiram logo ao chão.
Aos desejos peço imploro,
Faz assim comigo não.


sábado, 8 de março de 2014

Não sei



Não sei porque te invento,
Passeando nesta minha estrada.
Em todos os momentos,
Como eterna minha amada.

Não sei porque ainda cismo,
Em te trazer como luz.
Iluminando a beira do abismo,
De que tanto me conduz.

Não sei porque ainda te vejo,
Tão linda e maravilhosa.
No coração eu ainda desejo,
Te falar em verso e prosa.

Não sei porque eu ainda sinto,
A tua pele na minha roçando.
Eu sei, eu muito me minto,
Sigo o tempo todo me enganando.

Não sei porque eu ainda desenho,
Com as minhas mãos tão vazias.
É culpa deste infindo desejo.
Que sempre me acaricia.



                                         Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher




                                                              Queria um mar de rosas te dar,
                                                                      e  te ver nele nadando.
                                                                Para que eu pudesse sonhar,
                                                                  e continuar a  ti amando.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Culpados




Me deste asa,
No meio da noite escura.
Me abrigaste em sua casa,
Sem promessa ou jura.

Fomos nos deixando,
Acostumando com o que havia.
E o tempo foi passando,
E consolidando a nossa sangria.

E no meio do deserto,
Em que habitávamos.
Um oásis era certo,
Tão certo que lá estávamos.

Enganamos o que havia,
Escondemos de quem passava.
Era nossa a fantasia,
E mais nada importava.

Eu nem sei quem se perdeu,
No meio de tantas histórias ditas.
Se foi você ou fui eu,
Que assumiu a fama da partida.

E cada caminho foi traçado,
Ambos querendo muito voltar.
Não queríamos acabado,
Este sonho que é amar.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Bordado




Tece minha eterna tecelã
Um bordado cheio de mágoas
De uma vida que é vã
Nadas como peixe n’água

Na tarde, agora vazia
Preenches com lazer
Já despiste a fantasia
Não mais olha meu prazer

Adormeceu a revolta
Esqueceu a esperança
Sufocou o que suporta
Enterrou uma aliança

Vais passeando pela rua
Espalhando sentimentos
A noite de amargura
É repleta de momentos

E no bordado escolhido
Para enfeitar o coração
Somos só mais uns perdidos
Adorando a ilusão

quarta-feira, 5 de março de 2014

Desejos Vãs



Sei dos teus desejos
sei dos meus suspiros
Sei o deserto que vejo
sei por que eu piro

Tudo em mim se cala
Lentamente morre o beijo
A mão que me embala
É a mão do meu desejo

O anseio que bate o peito
Dá tremores por momentos
Faz arfar ligeiro o seio
Um vadio pensamento

Sou príncipe de um outono
Sem sabor primaveril
Em uma rua de abandono
Vou correndo juvenil

A falta que faz o afago
Dos sonhos que desfolhei
Em momentos não apago
O amor que tanto amei


terça-feira, 4 de março de 2014

Corpo Feminino




O corpo feminino é um poema,
que aos poucos deve ser lido.
Cada linha será um tema,
por bem poucos compreendido.

Não tenha pressa na leitura,
deste poema adorável.
Tem de lê-lo com ternura,
como se fosse interminável.

Cada linha que entende,
passa dele mais gostar.
Você nunca s arrepende,
deste poema  tão amar.

Cada letra é colocada,
para se ter grande prazer.
Que não seja a letra trocada,
você vai se arrepender.

A leitura fica perdida,
tudo fica sem sentido.
Até cor perde a vida,
se o poema for esquecido.

Aprecie devagar,
como quem só vê a lua.
Tem estrelas a brilhar,
mas ela é quem será sua.

Que a todos deixa encantado,
este é o corpo feminino
Neste momento foi criado,
um poema, como hino.



segunda-feira, 3 de março de 2014

Que



Que a lua seja de festa
e o dia seja de brilho
Que sempre haja uma fresta
Neste mundo tão vazio.

Que a canção seja um tema
Para na vida nos guiar
Que a dança seja poema
e nos faça no chão voar

Que a ilusão seja constante
E a dor um pouco esquecida
Que o amor seja radiante
E engane demais na vida

Que amor seja eterno
E sempre cheio de prazer
Que se tenha sempre um caderno
Para dele poder escrever

Que os desejos não sejam vãs
E não se façam destruir
Que não se deite em um divã
A não ser para distrair

Que tudo seja perfeito
Como gostaríamos que fosse
Que a vida não tenha defeitos
E se tiver que  sejam doces


domingo, 2 de março de 2014

A Palavra



A palavra é encantada,
E os sentimentos seguirão.
Se num gesto fica calada,
em outros gestos também ficarão.

A palavra é sentida,
Por uma só parte do seu corpo.
Poderá mudar sua vida,
Ou te fazer ficar morto.

A palavra que é dita,
Não é somente no ar jogada.
É uma forma de ida,
Nesta nossa linda estrada.

A palavra não é mera,
Mero é seu entender.
É como se fosse esfera,
E que alguns só faz prender.

A palavra é só palavra,
E nada mais será dito.
Seja no clamor de uma lavra.
Ou sob um valor escondido.

Não se canse nunca dela,
Ela é seu eterno tesouro.
É como se fosse uma janela,
Que abre seu pote de ouro.

Leia a palavra escrita.
Escute a palavra falada.
Converse a palavra bem dita.
Que não morra a palavra guardada.

sábado, 1 de março de 2014

Mudanças




Não vou mais entristecer
Por quem tenho tanto amor
Quem me deu tanto prazer
E calou a minha dor

Vou viver a vida sonhando
Esperando o que não vem
Adianta ficar chorando
E olhando mais além?

Guardada eterna estarás
em meu coração para sempre
Mesmo que eu fique para trás
Isto  foi amor de repente

Não foi paixão de verão
Foi um pouco mais profundo
Plantaste uma ilusão
Mudaste de vez um mundo

A mudança que fizeste
Nunca mais irá mudar
Foi como trocar de veste
E em outro corpo morar

Me perdoe se chorei
Foi por pura incompreensão
A vida toda aguardei
Por este amor  ilusão.