quinta-feira, 6 de março de 2014

Bordado




Tece minha eterna tecelã
Um bordado cheio de mágoas
De uma vida que é vã
Nadas como peixe n’água

Na tarde, agora vazia
Preenches com lazer
Já despiste a fantasia
Não mais olha meu prazer

Adormeceu a revolta
Esqueceu a esperança
Sufocou o que suporta
Enterrou uma aliança

Vais passeando pela rua
Espalhando sentimentos
A noite de amargura
É repleta de momentos

E no bordado escolhido
Para enfeitar o coração
Somos só mais uns perdidos
Adorando a ilusão

Um comentário:

  1. Não vivo mais de ilusão
    Nem amargurada sou
    Mas engano sim meu coracão
    Que um dia a ti o entregou

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