No meio da noite calada,
Um som faz-se ouvir.
Toca uma doce balada,
Que é p’ro peito comprimir.
As notas vão dançando,
Ocupando todo o ar.
No olho desce rolando,
Uma gota de pensar.
Porque veio a mim?
Nota tão melodiosa.
Não vês que faz do sim,
Um não como resposta.
Poderia voar no vento,
Procurando outros ouvidos.
Mas chegou num momento,
Em que vivo tão aflito.
E no meio da noite cálida,
Ela entra pela janela.
Como lua, veio pálida,
Me lembrando muito dela.
Me deixando morar na saudade,
De um tempo tão contido.
Melodia sem maldade,
És a causa do conflito.
E com o vento se vai,
Ocupando outro ser.
De minha mente não sai,
Estás presa por querer.
E fica rodando na mente,
Dançando como bailarina.
Enganando um par de gente,
Um pierrot e uma colombina.
Tenho gostado dos poemas recentes, mas não posso concordar com esse tom de lamúria,
ResponderExcluirAfinal, o Amor, que foi, que é, só deve ser dançado e cantado, assim mesmo, feito o Pierrot e a Colombina!