segunda-feira, 30 de abril de 2012

domingo, 29 de abril de 2012

Grácil

Parece feito de vidro,
De tão frágil que é.
Gosta de correr perigo,
Gosta de atirar no pé.

Balança feito louco,
Rodopia sem parar.
Ele por muito pouco,
Quase se fez calar.

Ele é muito insano,
E sempre me leva junto.
Eu cego o acompanho,
Neste tipo de assunto.

É difícil de achar,
Outro de modo tão pueril.
Até quando sua hora chegar,
Ele continuará infantil.

No que lhe dizem acredita
Ou no que lhe pedem para guardar.
Pensando bem nesta vida,
Acho que nunca vai mudar.

Ele é feito de mistério,
E um pouco de magia.
Acredita em despautério,
E em muita fantasia.

Parece de vidro moldado,
Pela mão de um artesão.
Quem é o grácil falado?
Este é o meu coração.

Este bicho engraçado,
É o que tenho no peito.
Apanha como coitado,
Este é seu defeito.

Pelos caminhos da vida,
Já muito viajamos
Já sofremos de ferida,
Fomos aos quatro cantos.

Eita coração palpiteiro,
Das coisa que não sabe.
Que seja eterno mensageiro,
E que Deus sempre lhe guarde.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Grande Fardo

O amor dói.
No escuro, em silencio.
Por dentro ele corrói,
Destrói todo pensamento.

Ainda que não fosse o momento,
Ainda que não estivéssemos preparo.
Vivemos no corpo o encantamento,
Deixamos o resto de lado.

É minha cara criança,
Crescemos no calor do verão.
Por um tempo a esperança,
Tomou todo o coração.

Não conseguíamos lutar,
Nadávamos contra a correnteza.
Resolvemos nos deixar,
No escrito pela natureza.

E foram momentos de glória,
De uma vida muito intensa.
Fizemos uma linda história,
Marcamos nossa própria sentença.

De erros e saudades,
Montamos nosso castelo.
Ruiu na adversidade,
De um momento singelo.

Na chuva ficamos.
Os dois, envoltos na neblina.
Nem mais nos olhamos,
Viramos a esquina.

Já sabia o que era,
Sentir na boca o amargo.
Não sabia que quimera,
Poderia virar um grande fardo.

Tudo que for lembrado,
Ainda que por um breve momento.
Nunca será acabado,
Estará sempre vivo no pensamento.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Arte de Amar

É complicada a arte de amar,
É muito conflito.
É por horas se entregar,
por outras correr perigo.

É ir do céu ao inferno,
Em menos de um segundo.
É ferir com ferro,
É construir um mundo.

É falar que ama,
Com um simples olhar.
É deitar na cama,
E se entregar.

É uma saudade constante,
Que machuca demais.
É querer a todo instante,
Um beijo a mais.

Não suportar a distancia.
Querer pegar na mão.
Viver a eterna ânsia,
De um amor no coração.

É a noite acordar,
E ficar te olhando dormir.
É não acreditar,
Que você um dia pode sumir.

É ser um eterno amante.
É compor um cordel.
É ter o prazer constante,
De botar o amor num papel.

É se perder.
É se achar,
É sempre te querer
A para sempre me entregar.

terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Quebrando a cara

Eu sonho demais
E vivo quebrando a cara.
Toma jeito rapaz!
Para com isto, para.

Vivo caindo do alto,
Do mundo que construo.
De repente vem sobressalto,
E eu sempre me assusto.

Perco o equilíbrio
Rodopio no ar.
Procuro manter o brio,
Mas fica difícil de achar.

Não quero me quebrar,
Mais uma vez por inteiro.
Se for para me machucar,
Chuto tudo para escanteio.

Que se dane tudo a volta,
E se algo foi construído.
O que mais me revolta,
É ter de viver reprimido.

Um pequeno gesto seu,
Por menor que seja,
Corrói o que me prometeu,
Destrói o que se deseja.

domingo, 22 de abril de 2012

sábado, 21 de abril de 2012

No Cair da Noite

É no cair da noite,
Que me escondo,
E que surge o profundo breu.

É no cair da noite,
Que vou me recompondo,
E onde encontro meu verdadeiro eu.

É no cair da noite,
Que as maravilhas se vão,
E que as fantasias vem.

É no cair da noite,
Que o sonho vira vão,
E que o amor vira refém.

É no cair da noite,
Que o vento frio me abraça,
E que me dou total absolvição.

É no cair da noite,
Que me tudo vira ameaça,
E que mato devagar meu coração.

É no cair da noite,
Quando surge nova estrela
Que mais mostro minha emoção.

É no cair da noite,
Que vejo que perdê-la,
Não era parte desta confusão.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Em Preto e Branco

Em preto e branco,
Vejo uma foto,parecendo antiga.
Com um sorriso de encanto,
Estampa um rosto de menina.

Um brilho,
Brinca no olhar.
Esperando um abrigo,
Onde possa se abrigar.

Parece cedo,
Acabou de acordar.
Esconde seus medos,
E vai a vida encarar.

No olhar, e nem o sorriso,
Parecem demonstrar.
O quanto será preciso
Para ver tudo passar.

"Mas forte sou,
E forte sempre serei.
Piso forte em quem me magoou,
Não importa se era rei."

"Meu coração tem marcas,
Que são em branco e preto.
Vou colori-las na marra,
Pois é isto que mereço."

Que o mundo desabe,
De amor por mim.
Mesmo que isto me acabe,
Um dia teve fim.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Beija-flor

Voa beija-flor,
E segue o teu caminho.
Já levou o meu amor,
E me deixou aqui sozinho.

Voa colibri,
Já que este é o teu prazer.
Vou tentar descobrir,
Um novo meio de viver.

Seja beija-flor,
Ou seja colibri,
Não se vá por favor,
Me levante que eu caí.

Possuis todas as cores,
És pequeno, delicado.
Desperta tantos amores
E os deixa ao acaso.

Bate rápido suas asas,
Para ninguém te alcançar.
Desconfio que por onde passas,
Ficam flores a murchar.

Nosso prazer, enquanto flor,
É te dar néctar puro.
È o prazer do amor,
De se dar até no escuro.

Pequeno passarinho agitado,
Voa, voa sem parar.
Eu que sou flor, fico parado,
Esperando você voltar.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

domingo, 15 de abril de 2012

Verdades

Na noite não tem sol.
Não tem doce no mar.
Não falo inglês e nem espanhol
Não tenho jeito para amar.

Não tem falso perfume na flor.
Não tem play-back na natureza.
Não existe luar sem ter calor,
Não tem amor onde há frieza.

Não tem noite bela,
Com raios e trovões.
Não guarde esta fera,
Dentro do seu coração.

Não tenha medo de amar,
Vá aos poucos se entregando.
Se deixe nele levar,
E neste mar vá navegando.

Virão ondas fortes,
Tentando te emborcar.
Mas com muita sorte
Um porto seguro vais encontrar.

Só navegando irás descobrir,
Que o falso não existe.
Se nele tentar se iludir,
A vida será triste.

Feche seus olhos e veja,
O quanto de belo há.
Que nele você sempre esteja,
Onde quer que possa estar.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Viagem Arriscada

Tudo arrisquei,
Por um simples beijo teu.
Foi aí que me enganei,
O seu beijo é que me prendeu.

Foi nascer de novo.
Foi o céu conhecer.
Foi esquecer que sou do povo,
E pensar que posso rei ser.

Cresci de dentro para fora.
Descobri o que não via.
Viajei nesta nova aurora.
Embarquei na fantasia.

Foi longa a viagem,
Apesar de ser muito curta.
Voltar para casa com a bagagem
É peso de demais para a culpa.

Não dá para disfarçar,
E daí?
Eu tentei um sonho alcançar,
E de lá eu caí.

As marcas vão ficar,
O tempo só as esconderão.
Nunca terei vergonha em mostrar,
O machucado do coração.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Longa Curta Vida

Naquela mulher menina,
com sua exuberante beleza.
Desfez-se o mar de neblina,
Fez-se do encanto e nobreza.

As montanhas ficaram mais bonitas,
O céu de um azul resplandecente.
Parece que tudo fascina,
O mundo ficou diferente.

Com seu jeito meigo,
Domou minha bravura.
Passei a ser um sujeito,
Vivendo em mundo de ternura.

E a longa curta vida,
Foi ao máximo aproveitada.
Esquecemos da vida vivida,
E vivemos a vida sonhada.

Cada segundo nosso,
Eram eternos prazeres.
Vivi mais do que posso,
neste mundo de perderes.

A longa curta vida,
Um dia se findou.
Na placa foi escrita:
“Aqui o paraíso morou.”


terça-feira, 10 de abril de 2012

Por Horas

Escrevo horas a fio,
Ao longo desta estrada.
Buscando descrever o vazio,
Tentando preencher o nada.

Aos borbotões vão saindo,
Palavras sem nexo algum.
Simplesmente vão seguindo,
Buscando um lugar comum.

Saem de dentro do peito,
Buscando o abrigo alheio.
As vezes meio sem jeito,
Carregam o meu anseio.

Aproveitando as que tem sabor,
Engolindo as que não tem tanto.
Vou levando com ardor,
Aumentando o meu canto.

Plantando pequenas sementes,
Esperando colher flor.
Seja no peito ou na mente,
De quem as ler com amor.

As palavras não levam nada,
Só esperam receber.
São como riste espada,
Que me ferem até morrer.

Elas continuam minando,
Por horas a fio.
Por onde vão pousando,
espalham calor ou frio.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Felicidade Efêmera

Singrei em teu corpo,
como quem singra em azul mar.
Fui te descobrindo aos poucos,
nestas ondas de sonhar.

Em cada curva, como enseada,
Retinhas o meu prazer.
Não queria saber de mais nada,
Somente eu e você.

Os corpos suados no recanto,
Olham o branco teto.
O silencio de todo encanto,
Perpetua o momento secreto.

A água do corpo lava,
As marcas deste prazer.
Você como uma fada,
Deu encanto a este ser.

Os corpos ainda sem roupa,
se envolvem em um longo beijo.
A felicidade não é pouca,
Nem tampouco nosso desejo.

A vida nos chama,
Para uma alheia realidade.
Devemos baixar a chama,
Esconder a felicidade.

Cada um para um lado,
Como manda a vida.
Com novo encontro marcado,
Após a breve partida.

domingo, 8 de abril de 2012

Ilusório

É um barco,
este meu coração.
Navega em um mar parco,
Singrando na ilusão.

Não é tão fácil,
Viver deste modo também.
Navegando no táctil,
Imaginando o além.

Acorda e adormece,
Pensando que é rei.
Aos pouco adoece,
Disto bem sei.

No ilusório navegou,
Neste seu meio de vida.
Cada pedaço que quebrou,
Formou nova ferida.

Neste seu mundo falso,
Das utopias se alimenta.
Viver tanto sobressalto,
Nem sei como ele agüenta.

Meu coração é uma criança,
Que nunca vai aprender.
Cai e se levanta,
E chora de tanto sofrer.

A vida ainda irá lhe ensinar,
De que nada é para sempre.
Voe enquanto durar,
Pois acaba de repente.




Boa Páscoa para você.


sábado, 7 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Voto de Silencio

Hoje emudeci,
Nada tenho para falar.
É melhor desistir,
Deixar a vida prá lá.

A incompreensão,
Levou tudo que se tinha.
Deixamos de ser irmãos,
E passamos a alforria.

Os olhos brilham ao longe,
Esperando um novo dia.
Vivamos como monge,
Enclausurado na abadia.

Voto de silencio fizemos,
E não o podemos quebrar.
Levamos isto ao extremo,
E nunca podemos falar.

Corremos o risco,
De vez emudecer.
Corro como corisco,
Para não acontecer.

A boca costurar,
É melhor assim.
Talvez a língua cortar,
E gritar sem fim.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Desdém

Na esquina do quarto.
Na moldura vazia.
A menina do retrato,
Sorri no tempo que havia.

A poeira tenta agarrar,
Naquilo que se perdeu.
Tentando macular,
O anjo que desapareceu.

Ficou o sorriso,
na vazia moldura.
E nem por isto,
Se instalou a amargura.

A menina resolveu,
Viajar por momento.
Mas se esqueceu,
De me avisar a tempo.

O ar ficou pesado,
E difícil de respirar.
No peito descompassado
Um coração a pulsar.

Volta menina !
Menina, vem . . . .
Será minha sina,
Viver do desdém?

terça-feira, 3 de abril de 2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Um Anjo

Vem no ar,
Se mostrando para mim.
Se fazendo notar,
Me desfazendo enfim.

Deixo entrar,
No meio do peito.
Um anjo a cantar,
Como um amor perfeito.

Seremos dois,
Não mais um.
Vivamos pois,
Em lugar algum.

Mostrando o que a vida dá,
Sem medo mais nenhum.
O bem prevalecerá,
como um bem comum.

Vem de lá,
Que aqui estarei.
A te esperar,
Como sempre fiquei.

Nas constelações,
Ainda há o teu brilho.
Nas minhas emoções,
Existe muito do teu fascínio.

Vem,
e trás a tão sonhada paz.
Vem,
E não me deixe nunca mais.