domingo, 30 de dezembro de 2012

Um Feliz Novo Ano

Desejo a todos um Novo Ano de alegrias, lutas, conquistas, paixão pelo que se faz.
Que possa Deus, ou outra força Maior em que vc acredite, lhe dar tudo de bom.
Siga o exemplo que diz a melodia.

Sejas sempre linda,
Sentida sempre mais bela.
Mesmo que haja a espera,
Mesmo que não se esteja tão só.
Mesmo que tempo passe,
Mesmo que haja a dor maior.
Seja sempre vida,
Mesmo que ao longe se apresente,
Faz ausente a tristeza,
e que se façam alegrias.
Corra e olhe o céu,
que o sol vem trazer bom dia.

Que a vida seja celebrada,
a todo minuto, a todo momento,
que seus sonhos sejam realizados
mesmo dentro de seu coração.
Bjs, abs, apertos de mão e até qualquer dia.




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Escutando

Novembro já rola,
mas ainda é seu princípio.
Música só consola,
mas não tiram o precipicio

Esta encontrei garimpando,
e como a tenho escutado.
A chuva desce rolando,
no peito coração apertado.

A vida segue voando,
não tem como fazer parar.
Os problemas acumulando,
é hora de consertar.

Novo ano está aí,
é melhor me preparar.
Para da vida não cair,
para a vida poder voltar.



sábado, 22 de dezembro de 2012

Mensagem natal 2012.

Tomaram o meu lugar ! ! ! ! !
Logo eu, que tanto fiz, para tentar fazer com que todos nós tivessemos uma vida melhor.
Sem mais nem menos vem alguém e toma o meu lugar.
Tá certo que ele tem bastante idade, é agradável, bonachão, bochechas coradas, é simpático, tem uma roupa bonitinha, distribui presentes, mas tinha de tomar o meu lugar?
Não poderíamos dividir, andar juntos, ele com sua simpatia e eu com o reconhecimento pelo meu trabalho já feito?
É... nesta brincadeira acho que eu estou perdendo, perdendo a credibilidade, perdendo a minha atenção devida, aliás perdendo vidas.
Ei ! Olhem para mim, pelo menos de vez em quando, depois podem correr para ele e abraçá-lo, se jogarem em seus braços gordos e fofinhos, recolherem seus presentes aguardados com ansiedade.
Eu sei, não sou um produto de mídia, não tenho toda estrutura atrás de mim fazendo com que não esqueçam da minha imagem.
Ao contrário, ele possui tudo isto e muito mais.
É na televisão, nos rádios, nas propagandas impressas.
Esta guerra é desigual.
Tenho fé que algumas pessoas ainda se lembram de mim e neste caso eu ainda tenho chance de ser lembrado por outras também.
É só estas, que não me esquecem jamais, fazerem o pequeno trabalho de fazer com que as outras pessoas também não me esqueçam.
É um trabalho árduo, de formiguinhas, muitas vezes desacreditado, eu sei, o mundo anda cada vez mais rápido, todos tem muita pressa para tudo, mas eu não tenho pressa, afinal estou aqui a tanto tempo e posso esperar mais um pouco.
Só não se demorem muito para lembrar de mim como eu sou , pois quem pode se esquecer de vocês sou eu.
Não . . . . não. . . . eu não posso me esquecer de vocês, afinal foi por vocês que fiz o meu maior sacrifico. Eu os perdôo meus filhos e tenho a certeza que apesar do bom velhinho ser sempre lembrado em primeiro lugar no dia do meu aniversário eu nunca serei esquecido nos outros dias do ano.

De quem tanto te ama
Jesus

Um FELIZ NATAL a todos.
Que possa o Nosso Senhor a TODOS abençoar.
Beijos, abraços, apertos de mão.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Sinto falta





Sinto falta da tua voz,
Sussurrando em meu ouvido.
Sinto a falta do que éramos nós,
Se achando no perdido.

Sinto falta do teu calor,
De sentir o teu suor.
Sinto falta do teu amor,
De sentir o teu melhor.

Sinto falta de dividir,
O que sinto com você.
Sinto falta do meu sorrir,
Só de poder te ver.

Sinto falta de no meu ar,
Poder sentir o teu cheiro.
Sinto falta de me encantar,
Com seu jeito todo meigo.

Sinto falta do seu jeito,
Seu beijo, seus trejeitos.
Se deitando no meu peito,
Derrubando preconceitos.

Sinto falta do carinho,
De passear com minha mão.
No teu corpo, bem mansinho,
Tornando inverno verão.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Na casa

Na casa serena,
A vida acena.
Se torna pequena,
Que pena, que pena.

Na casa vazia,
A vida que ia,
Se torna tão fria,
Na casa vazia.

Na casa oca,
Só resta pouca,
Da vida tão louca,
E da voz quase rouca.

Na casa abandonada,
Não resta mais nada,
Da vida passada,
Da vida deixada.

Na casa de festa,
Bem pouco resta,
Somente uma fresta,
Que o vento refresca.

Na casa que era,
A vida espera,
Rodar a esfera,
Pra nova quimera.

Na casa fechada,
É só de fachada,
A vida mostrada,
No fim da estrada.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Musa e Poeta

Quem já foi musa,
Nunca deixará de ser.
O poeta sempre a usa,
Para ele próprio viver.

Mas afinal quem é usado?
Musa ou poeta?
Se buscar por todo lado,
Um ao outro se completa.

A musa como inspiração,
De algum tipo de arte.
O poeta com sofreguidão,
Faz nas letras a sua parte.

Quando um se separa,
O outro não existiria.
Para o poeta a vida para,
Para a musa é o fim da fantasia.
 
Como água e fonte,
Para a sede matar.
Não tem tempo, nem onde,
Onde possam se encontrar.

Criatura e criador,
Em um só ser.
Uma fonte de amor,
Que a ambos faz viver.

Como óleo e azeite,
Cada qual com seu viver.
Um faz do outro deleite,
Sua fonte de viver.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Rescaldos

Por baixo das cinzas,
O fogo queima.
Queimando ainda,
O que ainda teima.

Queima por dentro,
De forma devagar.
Vai queimando lento,
O que ainda tem para queimar.

Que a chuva venha,
Este fogo apagar.

Mesmo que ainda tenha,
Algo mais a queimar.

E o fogo segue queimando,
Queimando o que ainda resta.
O fogo segue apagando,
O que um dia foi festa.

O fogo renova,
O que não mais tem vida.
O fogo só prova,
A prova da vida perdida.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vazios

Tento voltar no tempo,
No tempo sem agonia.
Impossível este momento,
Repetir de novo a magia.

 O que passou, passou,
Já faz parte do passado.
Sei que hoje não sou,
Parte do que foi sonhado.

 Nem parecido posso ser,
Do encantado rapaz.
Que um dia sonhou ter,
Encontrado a verdadeira paz.

 O chão agora é duro,
Não há asas mais a me levar.
O coração esta mais puro,
Espaçoso de tanto lugar.

O que o ocupava por completo,
Deixou muito espaço vazio.
Do certo fez-se o incerto,
Do amor sobrou agonia.

Varrer todos os cacos,
Recolher o final da festa.
Preencher de novo espaço,
É somente o que resta.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Teu nome

Todo dia o teu nome digo.
Seja em uma oração
Ou no grito sentido,
Emitido pelo coração.

Todo dia teu nome vem,
Sem esforço, recorrente.
Todo dia seu nome tem,
flutuado em minha mente.

 Todo dia, todo santo dia,
Teu nome em mim ecoa.
Seja noite ou seja dia,
Ele surge assim, a toa.

Como lembrança que não vai,
Tua imagem me acompanha.
Como marca que não sai,
Ela fica em mim, arranha.

 Afogo teu nome,
 Em lágrimas teimosas.
Por segundos ele some,
E retorna de forma furiosa.

Não sei mais o que fazer,
Para teu nome apagar.
Não consigo te esquecer,
E nem ao teu lado ficar.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Raridades

Saudades da cortina branca,
Que voava sem parar.
Do sorriso de criança,
Que nos fazia encantar.

Do passeio em um antiquario,
De um almoço na lagoa.
De um tempo de comentários,
De nos verem numa boa.

Das viagens prá lá e prá cá,
Corridas, quando desse.
Do momento de se entregar,
Em que a alma esmorece.

Das comidas rapidinhas,
Improvisadas, como der.
De te ter como rainha,
E em meu reino ser mulher.

 Do corre, corre, para logo ter,
o momento de abraçar.
Escondido, para se ver,
Nossos olhos a brilhar.

Raridades que se fez partir,
Levando junto sentimentos.
De que adianta discutir,
Ou viver destes momentos.

As lembranças estão cravadas
Marcadas a ferro e fogo.
Com o sangue foram gravadas
Já que o tempo foi muito pouco.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Saudade 1

Saudade, eu não paro de dizer,
Me deixe no canto chorar.
Para tentar de vez esquecer,
A quem nunca irá voltar.

Saudade, me deixe beber,
Para ter o falso sono.
Nas garrafas perceber,
O agonia do abandono.

 Saudade, me deixe escrever,
Um talvez, novo início.
Para iniciar o refazer,
Começando do princípio.

 Saudade, sei que não vais me deixar,
Serás minha eterna companheira.
Para sempre irás me lembrar
A quem um dia me foi inteira.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Migalhas

Porquê me contentar com migalhas,
Se quero uma parte do todo.
Não quero um mundo de párias.
Não quero um mundo de loucos.

Quero direito ao desejo.
Quero um mundo que fala.
Tocar aquilo que vejo,
Falar com quem não me cala.

Abrir ao sol a janela,
Conversar as vezes com a lua.
Viver uma vida tão bela,
Acabar de vez a secura.

Findar o sonho sonhado,
Entrar no mundo real.
Conversar com alguém ao lado,
E dela ser sempre leal.

 Ter o coração cheio,
Não de espaço vazio.
Fazer do sonho um esteio,
Do improvável meu navio.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Transmudado

Pelas sombras já andei,
Agora não ando mais.
Muito a outros me dediquei,
Sem receber o que apraz.

A cama, sempre fria,
Me fazia a noite delirar.
Pela falta da companhia,
Que tanto me fez sonhar.

Passava a noite em claro,
Vendo o lento tempo passar.
Via meus sonhos pelo ralo
Indo embora, se esgotar.

Um dia acordei,
Deste pesadelo maluco.
A mim me dediquei,
Vou colhendo novos frutos.

Provando novos sabores,

Que a vida me apresenta.
Renovando meus valores,
Vou saindo da placenta.

Como em um nascer,
Tudo novo sempre dói.
Vou ter de aprender,
Como a vida me onstrói.

Moldando novo o ser,
Transformando, como barro.
Até me reconhecer,
Transmutado como vaso.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Encontro das águas

A vida é assim, um eterno encontro de desencontro de águas, que fluem sempre para algum lugar.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

domingo, 25 de novembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ah.......boleros

Boleros tem a dor,
A dor da despedida.
Boleros tem a cor,
A cor da alma partida.

Boleros são intensos,
Boleros são nebulosos.
Boleros são propensos,
Boleros são escabrosos.

Boleros são frios,
Boleros são quentes.
Boleros são rios,
Que lavam a alma da gente.

 Boleros são firmes,
Como nunca somos.
Boleros são tristes,
Quando neles nos expomos.

Boleros são lindos,
Boleros são envolventes.
Boleros são limpos,
Como água corrente.

 Boleros trazem lembranças,
Gostosas de se ter.
Boleros fazem mudanças,
Que não gostamos de fazer.

Boleros são frutos,
nascidos de uma emoção.
Boleros são sucos,
espremidos do coração.

Boleros são amados,
Boleros são indecentes.
O bolero é o caso raro,
De reverter o que é poente.

 Boleros são boleros,
Canções para se viver.
Boleros são sinceros,
para mim e para você.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

domingo, 18 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

domingo, 11 de novembro de 2012

Para cantarolar - Delirio

Tem umas músicas, de determinados cantores, que de vez em quando ficam na cabeça, dançando. Esta, e as seguintes, são umas amostras das que tem dançado em minha cabeça ultimamente. E você? Qual música te faz dançar?

sábado, 10 de novembro de 2012

Viajando

Ouvi falar da ilusão,
E resolvi ir lá visitar.
Botei calça, botei blusão,
Para lá ir passear.

Não tendo outra informação,
Não sabia o que mais levar.
Levei então meu coração,
Para ver no que ia dar.

Era tanta empolgação,
De que tanto ouvira falar.
Esta tal de ilusão,
Era bom de passear.

Comprei muita emoção,
Esperando poder levar.
Mas na saída, decepção,
Tive de as deixar por lá.

De que adianta ir a ilusão,
Se nada posso levar.

É melhor ir na solidão,
E de sonhos poder sonhar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Onde está o poeta?

Onde está você, poeta?
Que a mim tanto encanta.
Com suas linhas tortas ou certas,
que me ajuda, me levanta.

Onde está você poeta?
Resolveu descansar?
Não és mais aquele profeta,
Que da dor sabias falar.

Onde está o poeta querido?
Que falava com ardor.
Falava do peito sofrido,
Falava do que é o amor.

Onde esta o poeta?
Que disse te amo tantas vezes.
Que tinha a emoção repleta,
por dias, semanas ou meses.

Onde esta o poeta?
Que eu tanto gostava de ler.
Que escrevia de maneira singela,
e que fazia as letras viver.

Onde esta o poeta?
Está por este mundo a vagar?
Escrevia por uma meta,
e que tanto o fazia sonhar.

Onde está o poeta do acalanto?
Escondido por artifício?
Que me fazia te ver nos quatro cantos,
Que tornava suave o sacrifício.

Onde esta o poeta?
Será que o poeta morreu?
O poeta tem a alma completa,
só cansado, adormeceu.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Finando




Entrego-me a terra.
Chega de voar.
É um ciclo que se encerra,
E que tanto me fez pensar.

Dispo o manto encantado,
Que só usam os sonhadores.
Tenho o peito encarnado,
Coberto de estertores.

Vaga em mim a lembrança,
De uma alma bendita.
Que um dia como criança
Abracei-a,  como abraço a vida.

No chão agora me deixo,
Como muitos dos mortais.
Aos prantos ainda me queixo,
Dos tempos e seus finais.

De alma e corpo,
Uma vez já fui completo.
Que virasse mais um morto,
assim quis o futuro incerto.

Sou pó,
E ao pó voltarei,
Sou só,
E assim morrerei.

28/08/2012.




quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Não Consigo




Não consigo escrever
Sem estar com algo envolvido
É como aos poucos morrer,
Sem forças, combatido.

Tem de haver uma ligação forte,
Com o que sinto e o que vivo.
Ou então com muita sorte
Reviver o já vivido.

Seja em lampejo de memória
ou  da lembrança um fragmento.
Volta de vez a história
E me leva a  este momento.

Esta emoção ganha vida
e vai parar no papel.
E me tem como escolhida
E me move com seu cordel.

Não consigo arrancar palavra
de onde elas não podem sair.
É como andar sobre lava,
Ou voltar sem ainda ir.

Amarrá-las a força, no papel,
é um aborto invertido.
É como fazer rapel,
Em um vidro quebradiço.

E por não ter esta condição,
Não consigo as fazer nascer.
Suaves, sem agressão,
Como sempre deveriam ser.

Por isto não estou escrevendo,
Tudo aqui foi programado.
Escrito a já algum tempo,
Em um tempo encantado.

É hora de repouso,
é outra a emoção.
A alma deu um pouso,
Precisa de uma razão.

Mais reais e menos fantasiosas,
É o momento agora.
Nem há verso, nem há prosa,
Que me leve pelo mundo afora.
 
A magia de se viver
neste  mundo encantado,
Se deixou esconder,
foi até o outro lado.

Sou só escrevinhador,
Eu não sou poeta.
Eu escrevo na dor,
Até ela me completa.

Não morri, só vou descansar.
Por quanto tempo não sei.
Um dia ela vai voltar,
E de novo escreverei

Pode ter a eternidade de um dia
Ou de um ano, uma fração.
Que retorne a fantasia,
Que renasça a emoção.

Por isto aqui quase não venho,
para do que não foi, viver.
Prefiro manter no cenho,
a alegria deste ser.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O que não sou




Já chorei de madrugada,
Por achar que poderia.
Amar a minha amada,
Em meu amor de fantasia.

Acreditei que um dia,
Poderia acontecer.
Este amor de heresia,
Fosse enfim poder viver.

Tive a alma arrancada,
Passei noites de agonia.
Me feriu com sua espada,
Sem saber o que acontecia.

Não mais acredito,
Em amor a toda prova.
Isto não passa de um mito,
Que com o tempo se renova.

Já de pé no chão,
Pisando firme onde passo.
Me acostumei a ouvir um não,
E seguir no meu compasso.

A cura é dolorosa,
E nem sei se curado estou.
Só sigo em verso e prosa,
Falando do que não sou..

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Descansando





Quero descansar.
Atrasar o pensamento.
Deixar me desligar,
Cancelar alguns momentos.

Depois de algum tempo,
Vivendo do que passou.
Vou deitar-me no vento,
Abafar o que ecoou.

Um dia acreditei,
De ter achado a fantasia.
Nela de cabeça embarquei,
Me afoguei na heresia.

Profundas eram as raízes,
E delas me fizeram viver.
Mas depois que saístes,
Comecei de leve a morrer.

Vazio no corpo e alma,
Nada enxergo pela frente.
O corpo agora acalma,
só existe um poente.

O descanso é pedido,
para quem tanto falou.
Deixar de ser menino,
e aceitar o que voou.

Ainda não morreu,
A vontade de escrever.
Ela apenas adormeceu,
Cansada de tanto sofrer.

Assim que acordar,
E voltar em plena forma.
Voltarei a publicar,
As minhas linhas tortas.

Deitar em quimeras,
É por demais cansativo.
Tentar ser o que não eras,
É viver no proibido.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Transformação






Transformar
sentimentos em palavras,
dor em poesia,
Saudade em compasso,
Esperança em magia.
É a sina do poeta.
Mal entendido as vezes,
Compreendido
em algumas poucas,
Criticado em muitas outras.
Esta é a vida de quem escreve.
Pode parecer uma bobagem
Ficar falando de amor, de saudade,
de dor, de  magia e encantamento.
Dedicar ao sol, a lua,
até ao vento, algumas palavras é difícil.
Difícil não é escrever,
difícil é se fazer entender.
Explicar para outros
o que só você está vendo,
Ou sentindo, ou vivendo.
Mas quem escreve
vive este momento,
O seu mundo se transforma em mil.
Vai embora dor,
Fica só o alento.
A vida de quem escreve
É diferente das demais.
Você nem se percebe
E já está escrevendo mais.
É ruim quando esta fonte seca
Parece que o mundo acabou
Nem mais a alma peca
E o corpo não se curou
Transformar....
Poesia em palavras,
Saudade em sentimento.
Amor bandido em balada,
Renascer por um momento.

domingo, 28 de outubro de 2012

Me Amando





No abismo onde o passado dorme
A ressurreição é pretendida.
Que a paz a mim transforme
Que o amor não tenha medida.

As sombras irão embora
O sol voltará a brilhar.
Existe um mundo lá fora
Esperando para desbravar.

O caos e a decadência
Serão fundos enterrados.
A vida que era falência
Nascerá de bons bocados.

Silêncio e frio
Nunca mais existirão.
Será lavado por um rio
Todo claustro e solidão.

Não mais ali passarei
E quase que dali não saio.
Agora eu já sei
Me levantar quando eu caio.

Esteja onde estiver
Morarei no que possuir.
Haja o que houver
Ali irei residir.

Como nunca me amarei
Mesmo que não tenha resposta.
Todas as fichas eu joguei
Neste jogo sem aposta.

sábado, 27 de outubro de 2012

Inútil






Quando mais me vejo no escuro,
Mais a ti eu me deixo.
Procuro ser um ser mais puro
Rogo pragas e me queixo.

Me arrasto em limos cortantes,
No calabouço do que habito.
As farpas são facas cortantes,
Que me ferem, já nem grito.

São anos de solidão
Em um mundo tão deserto.
Só eu me digo não
Em caminhos tão incertos.

Dizem que estou louco,
Perturbado, sem juízo.
Isto seria muito pouco
Comparado ao que vivo.

Não falo com ninguém
Ninguém me entenderia.
O que é ir para o além
Por falta de companhia.

É inútil e profundo
Tentar entender a vida.
Só sendo moribundo
E vivendo a desdita.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Falta





Vens suave voando,
Com asas, como um anjo.
Chegas de leve pousando
Acabando o desarranjo.

O infinito da dor
Por um instante acalma.
Me enches com teu calor
Acalmas a minha alma.

Esqueço o que teve fim
Esqueço o que apavora.
Te deixo perdida em mim
Me deito no mundo afora.

Ando no fundo do mar
Afogado em teus encantos.
Eu encho o peito de ar
E te grito aos quatro cantos.

Não partas de vez de mim
Só por alguns momentos.
Eu sinto falta sim
De te ter em pensamentos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Noite





A noite abriga,
O meu recado.
Sem briga,
sem pecado.

A noite acolhe,
o grito desesperado.
Do amor que não encolhe
e a vontade de estar ao teu lado.

A noite, amiga,
Em seus braços me recolhe.
Aplacando a um pouco briga
Evitando que o rosto se molhe.

Noite, querida companheira,
Passe no tempo devido.
Não me deixe na derradeira
Fila dos destruídos.

Vem com a imensidão,
Que conduz a serenidade.
Me coloque em tua mão,
Preenche esta louca saudade.

Vem como manto sagrado,
Que aquece o corpo frio.
Me tenha ao teu lado,
Como se fosse um filho.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Sol e a Lua





Do sol não quase falo,
Prefiro mais a lua.
Com o sol eu me calo,
Na lua te vejo nua.

O sol é vaidoso,
A todos quer tocar.
A lua é para poucos,
Só para quem dela gostar.

O sol reina por inteiro,
Aquecendo os quatro cantos.
Já a lua é passageiro,
Deixa e leva seus encantos.

O sol é necessário,
Para o corpo aquecer.
A lua é o contrário,
Ela faz eu não te esquecer.

Com o sol me levanto,
Para a vida poder levar.
Já na lua é meu descanso,
Para contigo sonhar.

Tanto sol como a lua
Cada qual tem seu encanto.
Como a alma minha e tua
Que só vai nos enganando.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

No amor ou na dor.





Não escrevo,
Nem inspiro.
Só desejo,
O que respiro.

Se a emoção comove,
Nada posso fazer.
É ela quem me move,
Até o dia d’eu morrer.

Chorar é um sinal,
Do que viveu o coração.
De que não houve final,
Para tamanha  emoção.

Não distribuo dor,
nem tampouco sofrimento.
Só espalho um pouco do amor,
Que possui meu pensamento.

Me desculpem pelo fato,
De passar alguma emoção.
Seja nas linhas de que falo,
Ou nas voz de uma canção.

Da forma que for,
Viva-as sem preconceito.
No amor ou na dor,
Viva-as no peito.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Vida





A vida é louca,
Quando o amor bate forte.
A vida é pouca,
Quando no amor se tem sorte.

A vida é linda,
Quando se encontra a pessoa certa.
A vida é infinda
Quando esta pessoa te desperta.

A vida é meiga,
Quando há relação no caminho.
A vida é feia,
Quando se fica sozinho.

A vida é mais que bela,
Quando ela ao teu lado se desperta
Sua vida é dela,
Quando você cai em sua esparrela.

A vida é demais,
Quando se acha o paraíso.
A vida é um cais,
Quando se percebe sem juízo.

A vida é firme,
Quando se tem chão para pisar.
A vida é  pedir-me,
Quando só quero me entregar.

A vida é toda,
Toda feita de paixão.
A vida é tola,
Tola de matar o coração.

domingo, 21 de outubro de 2012

Na corda bamba



Não posso mais tua mão pegar,
E nem em meus abraços te envolver.
Não posso mais teu nome chamar,
E nem de longe ficar a te ver.

A chama da esperança apagou,
O vazio tomou todo o ar.
O tempo o vento levou,
Teu beijo se fez secar.

Do céu, as portas fecharam,
o sólido, sem nexo, sobrou.
As promessa não eclodiram,
E mais uma vida se findou.

Andar, na bamba corda,
tendo que o equilíbrio manter.
Não ter a vida torta,
É o se resta fazer.

Quando um pedaço se vai,
Outro não nasce não.
Pelo buraco a vida esvai,
E leva junto o coração.

sábado, 20 de outubro de 2012

Sem perceber





Por mais que se sonhasse.
Por mais que se amasse.
Por mais que se falasse.
Um fim, um dia nasce.

Por menos que coubesse.
Por menos que se soubesse.
Por menos que conviesse.
O final sempre aparece.

Por tudo que se fizesse.
Por tudo que se quisesse.
Por tudo que se dissesse.
O amor, no fim, enfraquece.

Por mais que se entendesse.
Por menos que se queresse.
Por tudo que percebesse.
Toma conta o desinteresse.

E assim se vai saindo,
Tudo aquilo que estava escrito.
Sem perceber, já é findo
E o amor está banido.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Outono Infindo


Por que tanto se sofre,
Por algo que nunca vem.
Este mal que nos entope,
E nos faz seu refém.

Melhor seria se pudesse,
Uma borracha passar.
Apagar o que não escurece,
deixando o resto ficar.

Poderia até rasgar,
Com a força feita no ato.
O peito poderia sangrar,
Mas curaria o descompasso.

Pintaria com outras cores,
Tentando o remendo esconder.
Brotariam novas dores,
Para aquela desaparecer.

As letras tintas de rubro,
Teu nome não escrevem mais.
Com meu sangue cubro,
O nome que me satisfaz.

E este outono infindo,
Um dia irá acabar.
Um novo nome terá vindo,
Para teu nome embotar.

Por trás de toda mancha,
Que tentarei esconder.
Existirá uma eterna criança,
Dentro do peito a viver.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sozinho




Prendi o meu amor em meus braços,
Achando que o teria.
Perdi o meu amor aos pedaços,
De tanta força que eu fazia.

Respirava o teu ar,
Com total sofreguidão.
Queria em ti morar,
E alugar seu coração.

Descrevi em verso e prosa,
Todo o meu encanto.
Era um mundo cor de rosa,
Só eu não enxergava o quanto.

Do desejo fez-se o pavor,
Do amor um grande erro.
O frio domou o calor,
Na vida o desespero.

Amanhece sempre cinza,
Neste mundo de viver.
Na janela espero ainda,
Ver você aparecer.

O tempo vai passando,
E nada muda do lugar.
A pele vai se enrugando,
Os olhos ficam a fechar.

Minha amada partiu de vez,
Para nunca mais voltar.
O laço que se desfez,
Nunca voltará a laçar.

Ninguém ao meu lado quero,
Ocupando seu lugar.
Morrerei só, espero,
Para minha amada encontrar.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Teus Lábios





Se os lábios teus,
Venenos destilassem.
Os colaria aos meus,
Para que enfim eternizasse.

Não resistiria,
Nem por um segundo.
Não hesitaria,
Em morrer como moribundo.

Dos lábios teus,
Brota o mais doce mel.
São como camafeus,
Que me levam ao céu.

Que poderia impedir,
Que após um longo beijo,
Iria eu sentir partir,
No sabor de meu desejo.

Findaria minha existência,
Com meus lábios sorrindo.
Não teria mais esta aparência,
Seria enfim um anjo subindo.

Ou quiçá por desventura,
Iria descer aos infindos.
E mesmo no calor da clausura,
Estaria seus lábios sentindo.

Teus lábios são jóias encontradas,
Que poucos os tem no prazer.
È tua boca nacarada,
Como só Deus poderia fazer.

Teus lábios são meu encanto,
Que não os posso alcançar.
Só não derramo meu pranto,
Pois não os poderia enxergar.

Quem dera um dia pudesse,
De leve neles tocar.
Para que minha boca  soubesse,
O que é o amor encontrar.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Desesperanças






É noite,
A tristeza bandeia suas asas.
Firmes como açoites,
Nas costas de quem só passa.

Gritando num coro surdo,
Corações estão a clamar.
Pedindo pro mundo impuro,
De uma vez se acabar.

Aos olhos da gente,
A esperança se finda.
Meu Deus é comovente,
Como se briga ainda.

Não há cor,
Que as pinte de novo.
Só muito amor,
Que remova o estorvo.

Se foi a alegria,
Levando a alma ao chão.
Seja noite ou seja dia,
É demais a remissão.

É duro viver assim,
Buscando em cada canto.
Uma ilusão para mim,
Que remoçasse o encanto.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Um pedaço





Quisera poder arrancar do peito,
Do coração, um naco.
Arrancar o amor desfeito,
Frio, como o frio aço.

Ele insiste nesta sina,
Em a toa palpitar.
Só de pensar na menina,
Que um dia vi passar.

Se talvez arrancasse,
Do peito este naco.
Talvez tudo  mudasse,
E só ficaria um buraco.

Mesmo que a lembrança insistisse,
Constantemente em se manifestar.
Sem o pedaço o coração desistisse,
Em todo tempo nela pensar.

É como ar que respiro,
Como chão que me sustenta.
Me suga como um vampiro,
Este pensamento que só aumenta.

Querendo te perder,
Só me fiz encontrar.
Impossível te esquecer
Ou deixar de te amar.

Não fique espantada,
Se por sua janela eu entrar.
Em plena noite enluarada,
E o teu rosto beijar.

Como brisa suave que te toca,
Acariciarei teu rosto.
Não esperarei nenhuma resposta,
Só levarei nos dedos teu gosto.

Terei uma leve certeza,
Que em ti serei lembrança.
Como és em mim leveza,
Dessas que o destino trança.

domingo, 14 de outubro de 2012

Sozinho




Prendi o meu amor em meus braços,
Achando que asim o teria.
Perdi o meu amor aos pedaços,
De tanta força que eu fazia.

Respirava o teu ar,
Com total sofreguidão.
Queria em ti morar,
E alugar seu coração.

Descrevi em verso e prosa,
Todo o meu encanto.
Era um mundo cor de rosa,
Só eu não enxergava o quanto.

Do desejo fez-se o pavor,
Do amor um grande erro.
O frio domou o calor,
Na vida brotou desespero.

Amanhece sempre cinza,
Neste mundo de viver.
Na janela espero ainda,
Ver você aparecer.

O tempo vai passando,
E nada muda do lugar.
A pele vai se enrugando,
Os olhos ficam a fechar.

Minha amada partiu de vez,
Para nunca mais voltar.
O laço que se desfez,
Nunca voltará a laçar.

Ninguém ao meu lado quero,
Ocupando seu lugar.
Morrerei só, espero,
Para minha amada encontrar.

sábado, 13 de outubro de 2012

Livremente Acorrentado




Quero,
Mas não posso.
Rezo,
Mas não troço.

Falo,
como quem parte.
Calo,
Pois já é tarde.

Olho,
O pressuposto.
Molho,
Todo meu rosto.

Ando,
pisando em falso.
Canto,
no cadafalso.

Vivo,
por enquanto.
Minto,
vez em quando.

Erro,
Por todo tempo.
Berro,
Em pensamento.

Sonho,
A fantasia.
Ponho,
A nostalgia.

Amo,
sem preocupação.
Chamo,
minha eterna  paixão.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Razão





Já não sei mais o que fazer,
Para tentar a todo momento.
Esconder meu pensamento,
E a vontade de te ver.

Disfarçar não adianta mais,
Na pele ele aflora.
Tento coloca-lo para trás,
E ele retorna a toda hora.

Desisti de apagar,
O que foi para sempre marcado.
É como com o mar brigar,
Você sempre será derrotado.

Fique então aqui sabendo,
Que a todo momento.
Fico a você vendo,
Viva em meu pensamento.

Mesmo de forma inalcançável,
Ainda a ti persigo.
É uma paixão inabalável,
é como gostar de ser ferido.

Então minha amiga querida,
Fica aqui declarado.
Se existe uma razão na vida,
É sempre estar ao seu lado.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Azul e Cinza




Minha alma foi deixada,
Em uma terra de magia.
Com montanhas enluaradas,
E uma mulher de fantasia.

Hoje o corpo vaga só,
A noite pelas ruas.
Quem o olha com dó,
Não sabe de sua penúria.

Já houve tempo de prazer,
Onde só vivia o amor.
Depois dele se esconder,
Passou a morar a dor.

Não há mais canto,
Só um pouco de felicidade.
A noite vence o pranto,
De dia vence a saudade.

E a mulher continua,
A espalhar seus encantos.
Por onde anda , pela rua,
Ou em qualquer outro canto.

Ambos ainda seguem,
Passeando pelas ruas.
As almas só os perseguem,
Tão vazias quanto a suas.

Ela com seu azul no vestido,
Segue no caminhar que seduz.
Eu, de cinza vestido,
Busco cegamente por uma luz.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ó Pai




Ó Pai,

Em Tua mão me coloco,
Faz de mim teu instrumento,
Dá-me um pouco de colo.
Refaz Pai o sentimento

Dá-me na noite alento,
E o descanso desejado.
Aplaca um pouco o tormento,
Faz-me por Ti  iluminado.

Conserta os erros meus,
Perdoa Pai a ingratidão.
Me queira junto aos teus,
Alegra o meu coração.

Pai amado e verdadeiro,
Guia meu caminhar.
Transforma-me em Teu cordeiro,
Me vem apascentar.

Conduz meus olhos,
Para o que de belo existe.
Banha-me com Teus óleos,
Aos pecados que em mim resiste.

Cura, Senhor, os malefícios,
Que a carne o possui.
Mostra-me os sacrifícios,
Seca o pranto que flui.

Pai, aplaca Senhor,
O que ainda reside.
Seja ódio ou seja dor,
Ou algum outro mal que resiste.

Que o corpo carnal,
Seja só mais um momento.
Que tudo seja banal,
Menos o meu sentimento.

E na eterna vida,
Possa eu Te encontrar.
Curado de todas as feridas,
Possa meus joelhos dobrar.

E com a face sorrindo,
Possa  Te agradecer.
Do novo mundo vindo,
E do prazer em Te conhecer.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Noite de luar




Arrastando minhas culpas,
Vou levando meu caminho.
Já não há mais desculpas,
Para se viver sozinho.

Pode não ser o paraíso,
Que tanto foi sonhado.
Também, não é o infinito
De um mundo acabado.

O vagar do pensamento noturno,
Buscando por uma pousada.
Achou repouso seguro,
Um lugar de uma parada.

O amor não percebeu,
O quanto foi longe.
Quando no tempo se perdeu,
Viu que não havia horizonte.

Deixei aberta a janela,
Para em uma noite de luar.
Esta lua que é tão bela,
Ficasse em teu lugar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mudanças




Não quero ser domador,
Do que passa pelos meus dedos.
Só quero disfarçar a dor
E esconder alguns dos medos.

Abafar, quem sabe um pouco,
Este grito tão aflito.
Que deixa o peito rouco,
E o corpo dolorido.

Viajar em lembranças,
Que tanto me fazem bem.
Correr feito criança,
E dar adeus pr’um trem.

Talvez, um pouco leve,
Ser tocado pelo vento.
Passeando onde se deve
Tornando o momento lento.

Pensamentos tolos,
Idéias endoidecidas.
Mudam a parte de um todo,
Mas não mudam o sentido na vida.

domingo, 7 de outubro de 2012

Não escrevo




Não escrevo, descrevo,
o que me dá tanto medo.
Revejo o enlevo,
Suas curvas, seus relevos.

O que escrevo,
poderia ser um erro.
Uma causa de apelo,
Razão de desassossego.

Seguro no meu feudo,
Faço vozes no dueto.
Sou rei,  ou  sou pseudo,
No meu reino de versetos.

Pintando vou de preto,
A parede deste gueto.
Vou pensando que é soneto,
O errado ou acerto.

Logo cedo escureço,
Na mão levo o terço.
A cabeça vai no cepo,
Coração não tem conserto.

Nem a mim já convenço,
Argumentos eu dispenso.
Sentimento é suspenso,
Vou vivendo o que penso.

sábado, 6 de outubro de 2012

Sombra




A você,
que chicoteia,
que afaga,
sacaneia
e me abraça.
Que me tonteia
e faz graça,
eu dedico
este poema.
Como homenagem
pequena a tudo
que você me diz,
e de como sou
um cara feliz.
Feliz em saber
que a raiva exposta,
não era uma resposta
ao que pensavas dizer.
Era só um desabafo,
um parte de um mal passo,
para dar um passo maior.
Feliz em saber que a raiva contida,
era só uma ferida,
que de leve aconteceu.
Nada de mais profundo
foi feito,
por intenção ou despeito,
que faltasse ao bem maior.

A amizade,
distante,
sobrevive,
de relance,
sem querer aparecer.
Continue escondida,
como sombra,
perseguida,
acompanhando os passos meus.
Ao seu lado vou ficar,
de soslaio a te olhar.
Vou de longe acompanhar
com meus passo no vagar.
Como sombra ao teu lado,
sem nunca aparecer.
Segue contente o teu amado
sem nunca aparecer,
e o teu o amado,
antes tão idolatrado,.
não consegue te esquecer.