domingo, 28 de setembro de 2014

Solo por um beso

Me lembrei desta música que tanto ouvia.


sábado, 27 de setembro de 2014

Ça Sert à Quoi







De vez em quando se encontra uma preciosidade,
esta é uma delas que me surpreendeu pela letra e pela música.
Não canso de escutar.






domingo, 21 de setembro de 2014

Só mais uma carta, entre tantas outras.



Meu amor, não sei mais o que fazer.
Não posso ficar contigo e não sei ficar sem você.
E nesta indecisão sem fim não consigo viver nem um lado e nem o outro.
Gostaria de ter o poder de te trazer ao meu lado, mas sabemos que não é possível.
A natureza não me deu este poder, acho que é por inveja de me ver tão feliz.
Passei momentos que nunca irei esquecer, visitei lugares que jamais pensei em ir, fiz coisa que nem em um leve pensar solto me passariam pela cabeça.
Então ao invés de chorar, ao invés de reclamar, eu agradeço.
Agradeço a você por ter me mostrado um mundo diferente daquele que sempre enxerguei, um mundo em que possibilidades não são impossíveis, um mundo em que em um minuto, em que eu, sentado no sofá, com você deitada em minha perna e  eu acariciando sua cabeça, esperando a hora de partir, era momento terno, eterno, eterno momento de fantasia, era um eterno prazer, que deveria sempre ser assim, eterno prazer.
O sofá ainda deve estar lá, as pétalas de rosas ainda estão espalhadas para que você nelas se deite, junto com as velas iluminando o chão da nossa sala.  Nossos jantares ou cafés da manhã ainda devem ter o sabor e o aroma de sempre. A cortina branca ainda deve flutuar, solta no vento, como um aceno, breve, não como um adeus, mas como um até logo, de quem parte para logo voltar.
Eu acho, cada vez mais, que somente meu corpo voltou, minha alma ainda está lá, esperando nossa volta, como se este afastamento fosse somente um breve passeio no final da tarde ou uma ida ali na esquina com volta rápida.
Nunca mais, dizem que não se deve dizer nunca mais, mas eu digo, nunca mais viverei o que vivi e ainda vivo, aqui dentro, guardado para toda uma vida, com todo carinho que eu possa dedicar a este meu amor.



sábado, 20 de setembro de 2014

O que restou






Vai cansando os meus versos,
Cansei de rimar palavras.
Acho que eu já  me despeço,
Desta sina encantada.

Foram anos de loucura,
E momentos de prazer.
Minha alma ficou nua,
Para você me conhecer.

Tive até momentos bons,
De tristeza outros tantos.
Quem me disse que era um dom?
Escrever com alma em pranto.

E aqui eu vou ficando,
Relembrando o que passou.
O papel só me olhando,
E eu olhando o que restou.

Não direi que é o fim,
Mas a volúpia não é a mesma.
Talvez um conto de Grimm,
Traga de volta esta nobreza.

Enquanto a vida segue,
Cada qual tem seu prazer.
Que a vista não me cegue,
Para de novo poder te ver.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Teimosia do Sonho







Eu teimo em viver num sonho,
e num sonho não é lugar para viver.
Mas é lá que eu me ponho,
e só eu sei bem porquê.

Lá não tem dor,
e tudo fica mais bonito.
Ali encontro meu amor,
lá é meu paraíso.

Tudo fica iluminado,
as cores são bem mais vivas.
O ontem nunca é passado,
O futuro não é tentativa.

No meu sonho tudo cabe,
Desde que seja eu e você.
E até que o sonho se acabe,
Não tem como se arrepender.

Por isto a teimosia,
De neste sonho querer viver.
Este sonho de fantasia,
Eu nunca vou esquecer.

Podem mil anos passar,
E outras tantas vidas eu ter.
Nada vai me desgrudar,
Deste sonho com você.

Para sempre


Que a vontade não morra,
E o carinho prevaleça.
Que a saudade não corra,
E que meu amor não me esqueça.

Que a solidão  vá embora,
E que a angústia não fique.
Que seque o olho que chora,
E a depressão que vá a pique.

Que fique somente alegria,
E todo seu contentamento.
Que o prazer e a magia,
Eternizem no momento.

Que nossos corpos se juntem,
Num abraço para sempre.
Que nossas bocas se grudem,
com vontade, de repente.

Que assim seja feito,
E que nada atrapalhe.
Que tudo seja perfeito,
E nosso amor se espalhe.



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Tuas visitas


Corria cedo para ver se você veio,
durante anos foi assim.
Era como um mar de anseio,
um mar que não tinha fim.

E quando te via lá,
alegrava por inteiro.
Coração faz saltar,
e nas pernas um bambeio.

E o tempo foi passando,
e sua presença sumindo.
Acho que você foi enjoando,
das coisas, do que era lindo.

Hoje já quase não vens,
e a esperança se vai.
Deixo de ser refém,
daquilo que te atrai.

O mar continua revolto,
muito mais do que era antes.
Enquanto eu viro estorvo,
vou obrigado seguir adiante.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Não queria



Não queria ter a vida,
assim, tão perdida.
Andar correndo feito tolo,
atrás de um sonho bobo.

Trazer no olhar ferida,
uma imagem querida.
E no andar procuro,
um passo seguro.

Em meio a minha demência,
abraço atua ausência.
Com abraços tolhidos,
e beijos perdidos.

Neste mar cheio de onda,
quase tudo me confronta.
Não posso nele navegar,
e quase posso afundar.






terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tempos atrás


Tomava banho de rio pelado,
Colhia no pé, fruta madura.
Corria feito danado,
Era inocência pura.

Brincava de se esconder,
Com uns amigos do peito.
Farreava até anoitecer,
Depois, não tinha mais jeito.

Comia pipoca com queijo,
E ficava todo lambuzado.
Roubava de repente um beijo,
Em um breve sinal fechado.

Comia aipim no Cristina,
Subia e descia uma rua.
Tomava café na esquina,
Era uma eterna aventura.

Os tempos foram passando,
E as lembranças ficaram.
E eu só fico pensando,
Que nada nas vidas mudaram.




segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Sonho de Ícaro




De Dédalo não sou filho,
Para querer tão alto voar.
Este sol é um desafio,
Para quem o quer alcançar.

A ele tentei chegar,
E minhas asas queimei.
A queda não podia parar,
E foi assim que me quebrei.

Sem as minhas asas,
E sem o sol alcançar.
Perdi a minha casa,
Fiquei sem onde morar.

O sol continua brilhando,
Aquecendo a todo ser.
E eu de longe olhando,
Que bom poderia ser.

domingo, 14 de setembro de 2014

, (virgula)




Dois corações
  
Dois corações,
Separados pelo tempo,
dentro do momento,
Unidos por emoções.

Dois corações,
Maltratados pelo medo,
abortado ainda cedo,
Separados por razões.

Dois corações,
Entristecidos em um canto.
encobertos por um manto,
E vivendo de ilusões.

Dois corações,
Que nunca vão se deixar,
nem ao menos separar,
E que para sempre se amarão.

Dois corações,
em seus mundos escondidos,
dos olhares proibidos,
Amarrados em grilhões.



Acredito que na vida não há ponto final enquanto estivermos vivos, no máximo uma vírgula.



sábado, 13 de setembro de 2014

Te deixo livre

Te deixo livre,
Para achar a outro aflito.
Para amar a quem quiser.
Para voar por outros gritos.
Eu sou só mais um qualquer.

Te deixo livre,

Porque és a mais bonita.
Para  andar por outros ares.
Para acalmar a quem te grita.
Para dançar com outros pares.

Te deixo livre,

Para fazer um novo dia.
Rompo laços que são meus.
Para vestir a fantasia.
Afinal o mundo é seu.

Te deixo livre,

Te liberto por inteira.
Afinal o que eu sou?
Para esquecer esta besteira.
Apagando o que passou.

Te deixo livre,

Para sorrir  com esta gente.
Para colher o que lhe der.
Para a vida ir em frente.
Afinal tu és mulher.

Te deixo livre,

Pois não posso te prender.
Por que nunca te terei.
Por que este amor não é para ter.
Por que eu não me libertarei.


Te deixo livre.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Sempre estarei contigo



Em Istambul, entre temperos e aromas,
Ou a tarde, em um café em Paris.
Vendo por do sol em Roma,
Ou em um palácio em Cádiz.

Em Veneza, em uma ruela,
Ou em um lago, no Canadá.
Em uma praia na Venezuela,
Ou na Argentina num boulevard.

Vendo flores na Holanda,
Ou tomando sol no Taiti.
No muito frio da Irlanda,
Ou na Inglaterra que é logo ali.

Saboreando um vinho no Chile,
Ou em Fátima, Portugal.
Andando na ilha de Chipre,
Ou em Miami que é bem legal.

Na Itália que tanto gostas,
Ou no México com marguerita gelada.
Na Grécia, talvez na costa,
Ou na Tchecoslováquia ensolarada.

Não importa onde estejas,
Sempre estarei contigo.
Mesmo que não me vejas,
estarei ali, escondido.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Deixando de ser



Eu não vou mais te curtir,
Nem ao menos vou olhar.
Sua maneira de sorrir,
No interno vai ficar.

Não precisa excluir,
Ou só para outros mostrar.
Do seu grupo vou sumir,
Vou de vez me afastar.

A liberdade é feita,
De carinhos e atenção.
E quando a raiva se deita,
Só faz mal ao coração.

Podes ficar tranquila,
Como sempre o estivesse.
A exclusão só aniquila,
E o peito é que entristece.

Minhas coisas vou levando,
E algumas palavras tolas.
Para trás não vou olhando,
Para que sofrer a toa.

Aliás já vou sair,
Nem mais nada publicar.
Se achar que eu sumi,
É a certeza que terá.





obs.:Após uma rápida viagem fotográfica a Cuba.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Fui




Hoje eu me despeço,
Do perfume das palavras.
Muito a contragosto confesso,
Vou deixando desta lavra.

Não há como manter,
Palavras presas por engano.
Só me resta escrever,
E falar do que eu amo.

As palavras são plantadas,
Em um muito fértil solo.
A colheita, por minha amada
Não é feita, e me consolo.

Outros campos são plantados,
E produzem outros frutos.
Minha amada por regalo,
Aproveita destes sumos.

Vem da terra o alimento,
que fortalece nosso corpo.
E palavras de tormento,
Deixam quase um homem morto.

Eu ainda as manterei,
Plantadas neste peito oco.
Só não as mostrarei,
Para fazer papel de pouco.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Encontros e perdas


  
Me encontrei,
E me perdi.
Entre as rosas que plantei,
E as rosas que nunca colhi,

As palavras inquietas,
Tentam me mostrar.
De maneira indireta,
O que não devo largar.

Um aroma invade a alma,
Suave com a brisa noturna.
Vem trazendo um mar de calma,
Para amansar a noite soturna.

E ao desejo secreto,
Me entrego mansamente.
Tão certo, tão certo,
Como elo de corrente.

Enredado em brumas,
Do sonho que não desfaz.
Flutuo entre plumas,
De nossos leitos conjugais.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Invasão




Quem invade meu peito?
Cm monte de coisas trazendo.
Vem entrando com jeito,
arrumando ou desfazendo.

Traz uma alegria imensa,
e também muito amor.
Pensamento de quem não pensa,
vai varrendo a minha dor.

Cala  gritos perdidos,
liberta coração aflito.
Nem sei bem o que é isto,
sei que é algo bendito.

Vou beber dos seus delírios,
e deitar em seus encantos.
Vai que este mundo de fascínio,
se acaba em um só pranto.

Vou tirar da boca mordaça,
e voar como sempre voei.
Vou  para o braço que abraça,
e para a boca que eu beijei.

Se vai ser breve a história,
não cabe a mim esperar.
Só vai ficar na memória,
como mais uma a sonhar.




domingo, 7 de setembro de 2014

Lembranças do poeta




Um dia um velho poeta,
Falará aos quatro ventos.
Contara  como profeta,
Suas histórias de alentos.

Alguns pararão para ouvir,
De suas aventuras loucas.
E outros ficarão a refletir,
Porque sofrer por coisa pouca.

O velho poeta sorrirá,
E lhes dirá com orgulho.
Esta dor não vou abandonar,
Faz parte de meu embrulho.

É minha bagagem de vida,
Que eu trato com carinho.
Por mais que seja perdida,
Ela é o meu caminho.

Parar falar do que eu falo,
são nelas que me baseio.
São todas o meu regalo,
carregadas de muito anseio,

A este velho poeta,
Só sobram lembranças boas,
Histórias que não são retas,
Mas que a mim abençoa.








sábado, 6 de setembro de 2014

Você me faz lembrar


Você me faz lembrar,
do poema que não li.
Só deixo o amor falar,
o quanto de belo vi.

Você me faz lembrar,
os lugares que não andei.
De um vento de sonhar,
de um tempo que passei.

Você me faz lembrar,
dos perfumes esquecidos.
De flores em outro lugar,
de encontros escondidos.

Você me faz lembrar,
do amor que não viveu.
Que resolveu no peito morar,
de quem nunca se esqueceu.

Você me faz lembrar,
de tanta felicidade perdida.
Da razão a nos pressionar,
e da emoção que era vivida.

Você me faz lembrar,
que esqueci de te esquecer.
E agora como vou ficar,
tentando em você viver.


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Fantoches




O erro da vida,
É nos fazer de fantoches.
As flores coloridas,
São meros deboches.

Marionetes de papel,
Nas mãos do manipulador .
Desejos ao léu,
É um mero favor.

Animadas por cordão,
Dançando a dança alheia.
Bonecos sem noção,
Sem entender a vida inteira.

Jogados em um canto,
Quando acaba o espetáculo.
Sem direito a pranto,
Só poeira e obstáculo.

Bonecos sem vida,
Na mãos do destino.
Sem vida querida,
Sem alma, no frio.




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Uma hora





Uma hora tudo passa,
Uma hora tudo cansa.
Uma hora que maltrata,
Uma hora é bonança.

Uma é só dor,
Uma hora é conceito.
Uma hora de amor,
Uma hora de mal feito.

Uma hora de harmonia,
Uma hora da razão.
Uma hora tudo chia,
Uma hora escuridão.

Uma hora não tem jeito,
Uma hora vai passando.
Uma hora preconceito,
Uma hora vai voando.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Medo de amar




No mar as ondas silenciam,
Diante da grandeza da dor.
As amarguras de longe apreciam,
O que sobrou do amor.

 Lá fora o mundo anda,
Correndo sem prestar atenção.
Na pessoa que te manda,
Palavras do coração.

Que se perdem no ar,
Levadas como poeira do chão.
Que não se pode guardar,
Pois com elas vem junto um não.

E a distância perpetua,
Como se fosse concreto.
Uma falta minha e tua,
Que é mais do que certo.

E um beijo fica no gesto perdido,
Fecho os olhos para lembrar.
Tudo que foi contido,
Por medo de se amar.




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Guarda-se



Guarda-se no peito o sentimento,
no olho fica a marca da lágrima.
Fica na memória o momento,
no coração um monte de páginas.

No corpo fica o cansaço,
nas mãos sobra o vazio.
Na vida fica o descompasso,
e na história, muito frio.

A vida segue correndo,
sem se importar com o que há.
A gente é que vai morrendo,
chorando de tanto chorar.

É muito ruim chorar sozinho,
Pior ainda é chorar acompanhado.
A distancia se faz num instantinho,
E você não está ao meu lado.

A alma embriago,
Afogando o que sufoca.
No olho brota um lago,
Emoção e razão se choca.

Guarda-se memórias,
Vive-se de momentos.
Alimenta-me histórias,
Abraço nossos sentimentos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

E tudo se transforma




Amor em paraíso,
Frio em calor.
Abundância em um preciso,
A dor em  uma flor.

A noite em dia,
A fome em sustento.
A visão em agonia,
A solidão em pensamento.

O momento em um tempo,
Uma falta em alegria.
O afastamento em sentimento,
A paixão no que havia.

A lágrima em amor,
O  sangrar em uma cura.
Calor em favor,
Engano em  amargura.

Um olhar em um cego,
Um amparo em mão vazia.
Um sim em um nego,
Um lar em boemia .