Hoje eu me despeço,
Do perfume das palavras.
Muito a contragosto confesso,
Vou deixando desta lavra.
Não há como manter,
Palavras presas por engano.
Só me resta escrever,
E falar do que eu amo.
As palavras são plantadas,
Em um muito fértil solo.
A colheita, por minha amada
Não é feita, e me consolo.
Outros campos são plantados,
E produzem outros frutos.
Minha amada por regalo,
Aproveita destes sumos.
Vem da terra o alimento,
que fortalece nosso corpo.
E palavras de tormento,
Deixam quase um homem morto.
Eu ainda as manterei,
Plantadas neste peito oco.
Só não as mostrarei,
Para fazer papel de pouco.
Desculpe se não consigo te ver gigante como eu acho que vc gostaria. Só te vejo gente, de carne e osso e cheia de defeitos tb além das qualidades, e isso não significa desamor ou pouco dele. Significa forma de amar diferente.
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