segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O que desejo hoje . . .

Hoje desejo
que a Paz invada seu coração,
invada sua vida
e sossegue o mar revolto da emoção.

Hoje desejo
que não haja revolução,
e que hoje, só hoje, só a calmaria atue
e que não haja nenhum não.

Hoje desejo
que sua vida, de verdade,
que tanta inspiração transmite,
seja um poço plácido de amor e fraternidade.

Se for chorar, que seja de alegria.
Se for gritar, que seja de felicidade.
Se for explodir, que seja de prazer.
Se for reclamar, que seja por mais carinho.
Se for viajar, que seja nos sonhos.
Se for uma cor, que seja azul, como o céu.
Se for um amor, que seja eterno.

Um Feliz 2014 a quem tanto faz bem.




sábado, 21 de dezembro de 2013

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Classificado






Alugo ou vendo,
Um coração já cansado.
Precisa reforma, só vendo,
O quanto esta acabado.

Mas bate ligeiro,
E ainda voa.
É todo trigueiro,
A alguns afeiçoa.

Apesar de cansado,
E um pouco roído.
Está em bom estado,
Pode ser cerzido.

É pintado de cor,
Da cor do pecado.
Com um pouco de dor,
Até ser perdoado.

Meu coração é maneiro,
Ainda dá pro gasto.
Talvez dure um ano inteiro,
Apesar do seu rastro.

Mas ele é gentil,
Educado e carinhoso.
Num corpo senil,
Mas já foi vigoroso.

Quem afim estiver,
Entre em contato comigo.
Levarei até onde der,
Este meu coração amigo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Que





Que riso é este.
Que prende com visgo.
Que cura a sede,
No qual me arrisco.

Que canto é este.
Que cura ressaca.
Que tece a rede,
Que prende e me mata.

Que olhar é este,
Que me embriaga.
Que tira da rede,
E no chão me apaga.

Que mãos que são estas.
Que me acarinham.
Qual  vida em festa,
Só me dominam.

Que corpo é este.
Que me inebria.
Que tonteia a cara,
E a dor alivia.

Que amor é este.
Que me fantasia.
Que pinta de verde,
Minha grande agonia.

Que mulher é esta.
Que chega e fascina.
Que como seresta,
Me abre a cortina.

Que homem é este.
Que tanto se entrega.
Que tanto bebeste,
Deste vinho, confessa.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Amores






Amores que vem
Amores que vão
Amores que tem
E mudam de mão

Amor sem destino
Amor que não pega
Amor de menino
que vira refrega

amor escaldante
amor que gruda
amor de amante
que briga na rua

amor envolvente
amor encarnado
amor adolescente
que vive grudado

amor inocente
amor de irmão
amor tão carente
que vive de não

amores de guerra
amores de paz
amores que não quebra
nem nunca, jamais

amor que fadiga
amor de paixão
amor das antigas
com flores na mão

amores são belos
amores são caros
amores são elos
que fecham o ralo.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Pensadores







Tem gente que pensa
Que fazer poesia
É como um crença
Ou coisa vazia

E tenta rimar
Com tudo que 
e custa a achar
e a rima fazer

rima saudade
com nossa verdade
rima perdão
com aperto de mão

amor rima com cachaça
calor rima com desgraça
a lua com nuvem que passa
eu sou rima com devassa

e na rima tenta fazer
alguma coisa mais bela
as vezes até pode ser
que venha sem uma seqüela

a poesia tem de ter
um pouquinho de amor
senão só faz não ser
um poema com ardor

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Tem quem





Tem quem me corrige.
Tem quem me odeia.
Tem quem sem mim não vive.
Tem quem comigo passeia.

Tem quem diz que ama.
Tem quem fala que sofre.
Tem quem só reclama.
Tem quem comigo dorme.

Tem quem não me vê.
Tem quem só me olha.
Tem quem já fiz sofrer.
Tem quem muito adora.

Tem quem me é querida.
Tem quem me vira as costas.
Tem quem me  amiga.
Tem quem me dá respostas.

Tem quem não é ninguém.
Tem quem para mim é tudo.
Tem quem é meu bem.
Tem quem é um absurdo.

Tem quem é um sonho.
Tem quem é fantasia.
Tem quem sob mim aponho.
Tem quem é poesia.

Tem quem eu não deixo.
Tem quem não abro mão.
Tem quem merece um beijo.
Tem quem está no coração.

domingo, 15 de dezembro de 2013

O mal-me-quer.





A tristeza forte bate,
Com a vontade de chorar.
Este é só mais um embate,
que vem para derrotar.

Por mais que força tenha,
E tente não pensar.
Ela tem vontade ferrenha,
E só quer me derrubar.

Oro com fé total,
Esperando superar.
Neste mundo tão real,
O que quer me derrubar.

As lágrimas estão presas,
Para não mostrar fraqueza.
As ideias não são coesas,
De onde vem a tristeza?

Sensações impertinentes,
Que insistem em forçar.
Algo em sua mente,
Prá depois te perturbar.

Vão para longe ideias tolas,
Sou mais forte que vocês.
Eu não sou mais um a toa,
Sou guardado com altivez.

De mim não vão ganhar,
Mais um minuto sequer.
Vou ao mundo a cantar,
Derrotando o mal me quer.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Colcha de poema






Este era um poema de amor,
Tão meigo, tão terno.
Um poema sem muita dor,
Teu jeito, meu inferno.

Uma oferta de festa,
A um sonho lindo.
Uma aquarela que resta,
Do que estou sentindo.

Esta colcha de retalhos,
Vou bordando com que tenho.
Vou usando como atalho,
Vou formando meu desenho.

Costuro daqui,
Remendo de lá.
E logo vai surgir,
O que vai me abrigar.

E o que era um poema de cantos,
Vira uma ode a poesia.
Não fica jogado num canto,
Vira conto de fantasia.

E esta colcha de linhas,
Vira singelo poema.
Não é sua nem é minha,
É somente nossa algema.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Meu lugar





Tem um lugar,
Que me trás inspiração.
E este lugar eu vou falar,
É dentro de meu coração.

Tem tanta coisa pra sonhar,
tanta coisa prá dizer.
Tem gente prá amar,
tem até quem faz sofrer.

É espaçoso como só,
e cabe tanta gente.
Como ele há um só,
e bate loucamente.

Meu coração sonha ainda,
com a sonhada vida.
Com a vida que vinha,
embalada na trilha.

Não tente mudar,
e nem comprometer.
Ele não vai deixar,
ninguém se meter.

Ele ama o luar.
Ele ama amar.
Ele ama prá lá.
Onde você não está.

Vive plantando saudade,
regando com lágrimas frias.
Meu coração não tem idade,
meu coração só me sacia.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O Tempo





O tempo afasta,
Mas não apaga.
Acho que já basta,
De tanto desfaça.

Não “tô” podendo,
deixa da graça.
Vem cá correndo,
E me abraça.

Vem logo, beija,
e vamos ser.
Tudo que seja,
eu e você.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Reencontro






Um sorriso sorriu,
Ainda que por momentos.
Foi quando você me viu,
E alimentou seus pensamentos.

Não sei nem explicar,
O que comigo aconteceu.
Coração danou a disparar,
O corpo todo tremeu.

Foi como se tudo voltasse,
o que nunca foi embora.
Melhor seria abraçar-te,
e fugir pelo mundo afora.

Foi como a primeira vez,
não sabia o que fazer.
Minha voz virou  mudez,
minha vista escureceu.

Passamos um pelo outro,
como se quisesse devorar.
Foi por muito, muito  pouco,
que não fui te agarrar.

A razão me dominou,
e eu deixei, melhor assim.
Reviver o que passou,
nunca vai morrer em mim.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Escrever poemas






Escrever poema é viajar,
Se deixar delirar.
É esquecer como andar
E aprender a voar

È falar de amor,
Como quem fala da dor.
É nas palavra calor,
E escrever com fervor.

É rimar mão,
Com paixão,
Com coração,
mas nunca com não.

É falar de ida.
É sonhar com volta.
É estar de partida,
Sem no peito revolta.

É tentar descrever,
Para alguém ler,
Ou então saber,
Que você não vai morrer.

É falar do que sente,
Sem mágoas na mente.
De maneira envolvente,
Sem ser negligente.

Escrever um poema daqui,
ou então de acolá.
Um soneto que ri,
e também faz chorar.

Escrever é meu dilema,
não tenho como negar.
Escrever um poema,
só me faz alegrar.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Os Três.





Minha pequena Fernanda,
Que eu ainda não conheci.
O mundo inteiro se encanta,
Quando você sorri.

De olhar curioso,
Fascinou a dois meninos.
E este amor gostoso,
Virou só mais um mimo.

Entre chopps e baladas,
Os três mundo foi unindo.
E agora não há nada,
Que separe algo tão lindo.

E as três crianças travessas,
Curiosas pelo mundo.
Só vivem batendo cabeça,
Descobrindo tudo a fundo.

Minhas crianças curiosas,
Que no mundo Deus que pôs.
Que vivam em um mar de rosas,
Deixe o ruim para depois.

Vivam este lindo momento,
que não falhe um segundo sequer.
Estarei em pensamento,
Onde os três estiver.


(A uma bela amizade de meus filhos.)

domingo, 8 de dezembro de 2013

O que é nosso






Esquecer é impossível,
Necessito te encontrar.
Na pupila é permissível,
Nossos olhar só se olhar.

Estamos presos no solo,
Rodeados de coisas velhas.
Carregamos a dor no colo,
Como se fosse corbélia.

Talvez em um sábado a tarde,
Vestido de belo perfume.
Deixemos de ser covarde,
E enterremos nosso ciúme.

Da coisa feia  liberto,
Renovamos nosso ser.
E com o coração aberto,
Nos deixemos pra valer.

Que caia todo o mundo,
Em redor do corpo nosso.
Seremos seres fecundo,
Amando o que eu posso.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Em cada olhar





Em cada olhar um gesto,
Em cada gesto um querer.
Em cada querer um arresto,
Em cada arresto tem você.

Não que seja restante,
De algo tão grandioso.
Serei sempre teu amante,
De um modo gostoso.

Há movimento constante,
Como mudando de lugar.
Seguindo logo adiante,
Encontrando te encontrar.

Há amor que não resiste,
A tanto apelo franco.
O meu só persiste,
Se espalhando em todo canto.

Este amor que se entrega,
Mas somente em uma vida.
É amor que não sossega.
É amor sem uma partida.

Em cada olhar um suspiro.
Em cada suspiro um paixão.
Em cada paixão me firo.
Em cada ferida tua mão.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Sem pretensão





Coloco aqui um poema,
Simples como deve ser.
Escrito sem algema,
Livre como você.

Um poema mal escrito,
Só falando por falar.
Sem ser poema maldito,
Um poema para cantar.

Desatado alguns nós,
Dá até para lembrar.
Do tempo em que nós,
Só vivíamos a sonhar.

Um poema não é um livro,
Que possui muitos capítulos.
Ele é para ser vivido,
Sem ser dentro de casulos.

Só deixe as letras correr,
Se arrumando como se gosta.
Pode até acontecer,
Dela ser a resposta.

E o poema então sai,
Assim meio que torto.
Longe ele vai,
Levando um certo conforto.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Azul





Gosto do azul,
Mas não gosto de usar.
Azul pode ser comum,
Mas é uma cor de agradar.

Azul é a cor do mar,
Azul é a cor do céu.
Azul é uma cor para amar,
Azul é uma cor  de véu.

Fica linda de azul,
Alguém que você gosta.
É norte, não é sul,
E pode ser resposta.

Tem tantas cores,
Vários tons a escolher.
Azul de meus amores,
Com esta eu vou viver.

Passar a gostar do azulado,
Foi uma coisa assim...
Surgiu sem ser anunciado,
E para sempre ficou em mim.

Azul te amo.
Azul te quero.
Azul sem dano.
Azul te espero.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Outono







O outono chegou na tela,
E as folhas vão cair
São marrons e amarelas,
Sem ao menos resistir.

Formam no chão tapete,
Onde pisam sem pensar.
São provas de um romancete,
Escrito em algum lugar.

Aos poucos o vento as leva,
Sem um certo destino.
Sozinhas ou em levas,
Lá vão elas no caminho.

Meu coração fica assim,
Despetalado como o flor.
Com o outono no fim,
Renasço seja onde for.

Como árvores viverei,
Dando ainda frutos e flores.
Um dia eu morrerei,
E morrerão meus amores.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Amor Irreal





Parei de sonhar.
Onde me levam os sonhos?
Me levam a algum lugar,
Onde eu menos suponho.

Me trazem amores impossíveis,
Cheios de artimanhas.
Eles deixam raízes,
E elas as vezes arranham.

Parei de brotar asas,
Que me levam ao longo.
Sobrevoo muitas casas,
Felizes eu suponho.

Com sorriso no rosto,
As pessoas lá residem.
Se são falsos ou tem gosto,
Ou então se as agridem.

Parei de fantasiar,
De iludir, de fugir.
Isto me faz andar,
Num abismo até cair.

E esta queda é grande,
Como todas devem ser.
Os restos há quem apanhe,
Sem eu mesmo perceber.

Parei de mentir,
De tentar me enganar.
De que adianta sair,
Se não estou para chegar.

E a estrada é curta,
Com muitos desvios sinistros.
Sou eu mesmo quem furta,
O que próprio administro.

Viver da realidade,
É só para quem quer.
Me iludo com vontade,
E seja lá o que Deus quiser.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Não demores






Desde o dia que partiste,
Nada mais ficou igual.
Tudo a volta ficou triste,
Parecia um funeral.

Levaste o que trouxeste,
E ainda um pouco mais.
O amor que tu me deste,
Não era para levar jamais.

Levaste contigo meu sonho,
E as minhas alegrias.
Deixaste rasgado, suponho,
Toda minha fantasia.

Se eras para ir que vá,
Com toda graças divina.
Mas se quiser voltar,
 Não hesite menina.

Meus sonhos, o que sobrou,
Estão guardados com jeito.
Conserto o que quebrou,
E tudo dentro do peito.

Só não demore demais,
Para não me acostumar.
A sua falta e meus ais,
Poderão me empedrar.

Coração fica tão duro,
Que é difícil quebrar.
Acostumo andar no escuro,
E não precisas mais voltar.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Viseira




Ninguém tira ou diminui,
O amor se compartilha.
Como o ar ele flui,
E te pega como armadilha.

Ele não te prende,
Como carcereiro que é.
Ele só te surpreende,
Te jogando como quer.

Quem disto ainda não sabe,
Vai se ver com ele um dia.
E não adianta tentar rebate,
Vai viver a anomalia.

Enfim livre você se vê,
E prisioneiro ao mesmo tempo.
Chora por puro prazer,
E passa a viver o tormento.

De se deixar prender,
Por algo tão sublime.
Ou em deixar morrer,
Algo que não termine.

Na dúvida derradeira,
Eu a ele me entrego.
Morrer sem esta viseira,
Isto não quero, não nego.