terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Amor Irreal





Parei de sonhar.
Onde me levam os sonhos?
Me levam a algum lugar,
Onde eu menos suponho.

Me trazem amores impossíveis,
Cheios de artimanhas.
Eles deixam raízes,
E elas as vezes arranham.

Parei de brotar asas,
Que me levam ao longo.
Sobrevoo muitas casas,
Felizes eu suponho.

Com sorriso no rosto,
As pessoas lá residem.
Se são falsos ou tem gosto,
Ou então se as agridem.

Parei de fantasiar,
De iludir, de fugir.
Isto me faz andar,
Num abismo até cair.

E esta queda é grande,
Como todas devem ser.
Os restos há quem apanhe,
Sem eu mesmo perceber.

Parei de mentir,
De tentar me enganar.
De que adianta sair,
Se não estou para chegar.

E a estrada é curta,
Com muitos desvios sinistros.
Sou eu mesmo quem furta,
O que próprio administro.

Viver da realidade,
É só para quem quer.
Me iludo com vontade,
E seja lá o que Deus quiser.

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