quarta-feira, 4 de abril de 2012

Desdém

Na esquina do quarto.
Na moldura vazia.
A menina do retrato,
Sorri no tempo que havia.

A poeira tenta agarrar,
Naquilo que se perdeu.
Tentando macular,
O anjo que desapareceu.

Ficou o sorriso,
na vazia moldura.
E nem por isto,
Se instalou a amargura.

A menina resolveu,
Viajar por momento.
Mas se esqueceu,
De me avisar a tempo.

O ar ficou pesado,
E difícil de respirar.
No peito descompassado
Um coração a pulsar.

Volta menina !
Menina, vem . . . .
Será minha sina,
Viver do desdém?

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