quarta-feira, 23 de abril de 2014

Paraíso eterno





Na clausura de momentos,
Fernando Pessoa me faz companhia.
Faz aflorar sentimentos,
Faz encharcar a nostalgia.

Nas letras doces,
O poeta me contagia.
Quisera talvez fosse,
Um farrapo da agonia.

Viajo nas suas letras,
novos temas enredando.
Derrubo algumas cercas,
e outras vou montando.

Faço castelos de sonhos,
E montanhas com tanto ar.
A realidade transponho,
Para poder me enganar.

E com mentiras sinceras,
Acredito em todas elas.
O tempo não é uma vela,
Que se acende na primavera.

Podem não acreditar,
Nas palavras que lhes digo.
Mas o meu eterno sonhar,
Este é o meu paraíso.


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