terça-feira, 28 de setembro de 2010

Poesia Incerta

Shhh! Silêncio!.....
Quero pensar,
Pescar o que está no tempo,
Catar o que ficou no ar.

Nadando por entre palavras,
Escolho as preferidas.
Pego as que mais gosto,
Escolho as mais coloridas.

Enfeito um jarro branco,
Que sobre a mesa está.
O rego com todo meu pranto,
Mostrando a beleza que há.

De longe fico olhando
O prazer que me dá.
O dilema de escrever,
Falando do que não há.

Com o enfeite concluído,
Agora formado está.
Guiado por meus ouvidos,
enfeitei mais um sonhar.

Cantam pássaros alegremente,
Com seus vôos descontrolados.
Descansei um pouco a mente,
Estou mais desabafado.

Sem paradeiro,
sem origem certa.
Este não é o derradeiro
Sempre virá nova incerta.

Novo chão irei pisar.
Novo monte encontrarei.
E depois de o escalar,
No seu topo dormirei.

De repente o vazio volta,
A revoada de palavras se fez.
Não há de ter revolta,
É só buscar que as encontrarei

No vazio do nada,
Tenho de tatear.
Buscar minhas pegadas,
Para de novo me achar.


P.S.: Estou ficando muito sem paciencia para aguentar certas atitudes, acho que envelheci.

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