domingo, 26 de setembro de 2010

Desatinos

Amei tanto nesta vida
Que me perdi de tanto amar.
Não encontro mais o caminho
Que faça eu me encontrar.

Do amor fui escravo.
Pelo amor fui refém.
Bati-me com muito agravo
Para poder ir além.

De nada adiantou,
Me perdi de mim.
Também quem mandou
Se entregar ao amor assim.

Liberdade não mais existe,
Solidão é o que contem.
Os dias são muito tristes,
À noite o frio vem.

Aceno para a vida,
Apelo a vil razão.
Leva esta alma perdida
Que vive na solidão.

Seguirei amando,
Como sempre amei.
De todo me entregando
A quem eu encontrei.

Não me basta ser amante,
Quero ser muito mais.
Quero teu sorriso radiante
Enfeitando meus umbrais.

Como isto não posso ter
Me acabo em desatinos.
Se que um dia irá nascer?
Isto é obra do destino.

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