Estou sangrando.
Sou só um lamento ambulante
com a alma mortalmente ferida.
Tenho uma espada atravessada no peito
que sangra abundantemente.
Queimo, nas dores do inferno.
Grito, lamentos em vão.
Nada me ouve,
tudo morreu.
Anseio a morte,
mas já estou morto,
já estou com a alma morta,
gelada na profunda escuridão.
A mim nada mais resta
a não ser vagar
esperando a derradeira hora
do descanso eterno
e enquanto ele não chega
deixo um rastro de sangue e dor
marcando meu caminho.
Quando meu corpo encontrarem
deitem-no sob uma sombra
onde possa bater uma brisa fresca
para que eu possa,
enfim,
ter um pouco de paz.
Poema "O tempo" de Bernardina Vilar
Há 21 horas
Paz pra nós é o que? Seria a falta de paixão? Pois, a paixão nos tira a paz! Mas sem a a paixão estariamos bem? Somos movidos pelo seu fogo, é o mal que necessitamos!!
ResponderExcluirBeijos