quinta-feira, 11 de junho de 2009

Caminho Novo

Estava sentado,
como estátua,
perenizado,
olhando uma paisagem em minha janela.
Vendo minha vida passar.
Via um campo com uma relva alta,
verdejante,
balançando ao vento suave
como se fossem ondas,
em um mar,
mas não sentia o cheiro da relva.
As vezes a relva adquire tons dourados,
refletindo os raio do sol,
e eu só os via de longe, de minha janela.
E assim, parado como estátua,
admiro uma paisagem distante,
procurava um futuro,
e ali, bem na minha frente
este futuro poderia estar.
Minha vida está parada
preciso movimentá-la.
Estou de partida,
não da vida,
mas levantando da cadeira que me prende.
Esta minha nova viagem é só de ida.
A incerteza é passageira constante
neste meu caminhar.
Pode chegar,
o meu futuro,
em um encontro casual ou natural,
saberei quando ele chegar.
Sigo então este meu novo caminhar,
sozinho, vou fazendo meu caminho,
desfeito nas dores e nos amores,
e refeito em sonhos, nos meus sonhos.
Vou rompendo os abraços,
os laços, os beijos,
deixando atrás de mim uma história,
vou me deixar ficar
nos meus sonhos
e é muito bom me deixar ficar neles,
pois a cada passo
é você que vejo
e meu caminho não é mais só.

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