domingo, 29 de março de 2009

Navegando

Sou um barco
navegando em águas já conhecidas
de outras épocas, de épocas passadas.
A minha volta as ondas atingem meu costado,
tentando empurrar-me em outras direções,
mas sigo firme o meu curso, o meu rumo.
Outras vezes, as ondas, vêm de maneira forte,
verdadeiros vagalhões,
tentando fazer com que submerga,
luto, brigo, tento manter-me em pé,
na posição vertical,
buscando os lastros que ainda possuo
para me sustentar.
Olho para o alto,
fragatas voam a minha volta,
banhadas pelo sol,
suas penas brilham suavemente,
a tudo observam com seu olhar copioso,
ora me ajudando, ora torcendo
para que naufrague para lutarem pelos despojos.
Ao longe vejo terra distante,
vejo meu objetivo que tanto procuro
e a cada milha náutica avançada
a terra prometida parece se afastar mais e mais.
Cai a noite, tudo é solidão,
as fragatas não as vejo mais,
me abandonaram,
somente os vagalhões continuam a me açoitar.
Oh! Luta injusta.
Se ao menos a terra prometida pudesse vir ao meu alcance
encontraria a paz para um verdadeiro descanso.
Sigo, sigo firme, corrijo o rumo a cada vez que tentam dele me afastar. Sigo meu objetivo.
Sigo buscando aquilo que desejo, aquilo que quero.
Um dia quem sabe DEUS ainda a alcanço para todo o sempre.

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