segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Vento

Nos meus versos guardo os beijos que não te dei
E que não foram perdidos
Estão perpetuados no papel.
Pedi na vida algo que não podia conter,
não podia controlar,
e ela deu-me.
E agora? O que faço?
Minha vida era um mar
sem marés, sem ondas
com barcos com as velas rasgadas
em um local de calmarias.
Eis que a vida dá-me vento.
E o vento cria ondas, enfuna as velas,
faz com que os barcos queiram navegar.
Tento consertar as velas rapidamente
para aproveitar este vento benfazejo,
pois não sei até quando ele soprará a meu favor.
Este vento é mágico, como uma noite de luar.
Traz felicidades, risos, inconseqüências.
Traz a adolescência de volta.
Pus minhas ilusões neste vento
E ele as levou.
Quando este vento se for,
Soprar em outros mares,
Chorarei baixinho,
Tentarei conter minhas lágrimas
Para que ele, mesmo ao longe,
não perceba o quando necessito dele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário