sábado, 31 de janeiro de 2009

Hoje

Tentaram acabar com as palavras,
ditas pela alma.
Tentaram secar as lágrimas,
que só uma perda revela.
Tentaram calar corações.
Corações não se calam
Quando há a entrega,
E esta, não se escolhe.
Acontece, simplesmente acontece.
Podem cegar meus olhos,
calar minha boca
Tamparem-me os ouvidos
Que continuarei sonhando
E sendo sonhado
Isto ninguém tirará de mim ou de você.
Podem levar, a mim ou a você,
para outros lugares, outros mundos.
Podem nos prender,
Colocar guardiões,
E grilhões para nos acorrentar
Nada conseguirá prender nossos sonhos
e nossa vontade de se ver.
Na calada da noite
Em minha cela escura e solitária
Cerro meus olhos vermelhos
E tenho a ti, ali,
Só minha e de mais ninguém.
E a você, pobre Rei,
Só restará a solidão
de uma companhia solitária

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