sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Triste

Triste sou,
e passo a vida triste,
a procurar não sei o que.
Pobre de mim, nesta procura vã,
como caminhante errante,
vou errando na vida.
Não sei de onde vim
e nem sei para onde vou
e sem piedade outros riem
deste meu modo de caminhar.
Caçoam de meu modo de viver,
de minha procura errante.
Em meu peito tenho uma flor guardada
e a ela vou entregar,
quando o seu castelo encontrar,
e sei que o vou,
mesmo que toda minha vida
leve este meu caminhar.
Tenho, em meu andar perdido de um amor,
minha saudade a me sufocar.
Isto tudo vai terminar,
tem de terminar,
vai terminar
quando a encontrar.
Meus campos vão florir novamente.
Amarei a noite,
e o luar que me beija a face,
enquanto durmo.
Amarei o sol,
que aquecerá meu corpo
toda manhã.
Amarei a água,
que aplacará minha sede
e refrescará meu corpo,
Amarei o vento,
que me trará sons perdidos, distantes.
Amarei ainda mais meus sonhos
que se calaram por tanto tempo
e que poderá falar de coração para coração.
O que será sentido
e não se podia falar
será gritado para todo o infinito.

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