Já não sei inventar,
Poemas como antes.
Acho que estou a secar,
Minha alma de amante.
Os olhos já não me mostram,
o que há na vida de beleza.
Os pensamentos já não se
enroscam,
Como eram por natureza.
O sol já não mais brilha,
Como a vida toda brilhou.
A vida não é mais trilha,
Meu caminho se apagou.
A ilusão foi ao pó,
E meu corpo se entristece.
Desfazer este bendito nó,
é coisa que não acontece.
Nas veias não corre poesia,
Na palavra só mora a dor.
Vai voando a fantasia,
E eu fico sem cor.
Agora ferem as lembranças,
em forma de lágrimas sangrando.
Um futuro de esperanças,
foi devagar se apagando.
Que minha alma regresse,
e me traga contentamento.
Pois na vida que só anoitece,
Acabo aos poucos morrendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário