quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Asfixia



A decisão agora é tardia,
Correm os ponteiros do relógio.
A chama que no peito ardia,
Virou cinzas de um velório.

Penso em beijar um pensamento,
Que na cabeça ainda insiste.
Logo se vai esse momento,
E eu me torno, de novo, triste.

O céu é de um cinza estranho,
Uma cor que nunca vi.
O coração perdeu o tamanho,
De tanto aperto que vivi.

Vai-se o caminho encantado,
Coberto com grossa poeira.
O olho vive inundado,
Parece até cachoeira.

O vontade já morreu,
O viver ficou lá trás.
A saudade me acolheu,
Entristeci um pouco mais.

O tempo agora é findo,
Acabou de vez a esperança.
É melhor eu ir indo,
E não chorar feito criança.

No peito vai sufocado,
O amor que ali residia.
Sem te amar, pobre coitado,
Morreu de asfixia.

3 comentários:

  1. Bom dia.
    Belo poema.
    O aguardamos la entre nossas
    palavras.

    "Enquanto os seus dedos desalinhavam os meus cabelos o meu pranto adormeceu entre os seus seios."
    silvioafonso

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  2. Oi! bonito poema.
    Estou te seguindo agora.

    Felicidades.

    Fatima

    http://papy-escrevendopalavras.blogspot.com.br/

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  3. Meu querido amigo

    Como sempre escreves com a alma em cada palavra...Lindo.
    Agradecendo o carinho e apoio que me deixaste,mas não desisti, tenho mais 3 blogues com imensos poemas meus, estou apenas fazendo uma pausa, porque cansa demais, ver as nossas palavras, mesmo que não sejam muito boas, como é o meu caso, mas são os meus sentimentos que escrevo.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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