sábado, 15 de setembro de 2012

Ecos




É madrugada.
Nas casas,
vozes caladas.
A lua,
prateia a rua,
com seu brilho
quase frio.
Um ou outro movimento
se ouve.
Carros que passam,
perdidos,
buscando seu destino chegar,
o mais rápido possível.
Logo tudo cessa,
novamente.
Na janela
do quarto vazio,
a tudo vejo,
sem nada poder fazer
para mudar
a mínima coisa.
No relógio,
digital,
nem o tique-taque me acompanha.
Movem-se as horas,
sem barulho algum.
Parece que o tempo parou.
Na cabeça
lembranças perdidas.
Fragmentos do que ficou.
Lá trás,
no tempo.
A aurora não chega,
preguiçosa que é.
Parece  um solstício de inverno,
eterno.
Se estivesse na Noruega,
Ou talvez na Suécia,
Tivesse sol a noite,
Mas aqui não.
Tudo tem de silenciar.
Só eu continuo no quarto,
Olhando a rua vazia.

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