Sou forte, mas eu choro,
As lágrimas estão nas minhas letras.
Eu não peço, imploro,
Retira-me desta enorme greta.
Sou tolo, em tudo acredito,
Até em quem não me valha.
As vezes corro perigo,
Ando no fio da navalha.
Sou humano,
Mudo como o vento.
Nunca serei soberano
Do que resta de meu tempo.
Sou união e desalento,
Sou um pouco do que resta.
Tenho um porto no
coração,
Sou a sobra de uma festa.
Tenho pedra de lagar,
Trabalhando no meu peito.
Todo sumo vai retirar,
Mesmo onde não foi refeito.
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