segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vento Gélido

Em meus versos
tenho a esperança
de que minha loucura se vá,
para sempre para longe de mim,
ou pelo menos por um tempo.
Enquanto escrevo,
dela me afasto,
consigo iludir a mim
e afastar todas as dores.
O vento gélido bate em minhas costas
vindo de uma janela aberta,
fecho-a, mas o gélido vento permanece,
vejo então que não é da janela
é de minha alma
que vem o vento gélido.
A volúpia do sangue quente
já não aquece tanto este corpo,
somente a esperança da fuga
pode me aquecer.
Com minhas chagas abertas,
e sangrando muito,
busco fugir,
de mim,
para o mais longe
possível.

Um comentário: