Percorro devagar,
minhas entranhas,
buscando descobrir
algo antigo,
que seja novo
e que me encante.
Como arqueólogo
busco incessantemente,
vasculho cada cantinho
de meu corpo,
com cuidado,
sempre na esperança
de encontrar,
nem que seja
um pequeno fragmento,
de encanto teu
ainda em mim.
Encontrei
fragmentos diversos,
de outras épocas,
de outras pesooas,
que não a sua,
e estes eu não os quero.
Estes deixo-os todos
por lá.
A busca continua,
Diuturnamente,
minhas esperanças
ainda não se foram.
Algo muito bom,
de seu,
ainda vou encontrar
em mim.
Alma Perdida - Poema de Florbela Espanca
Há um dia
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