terça-feira, 14 de julho de 2009

Sem sentido

Escrevo coisas
sem sentido.
Converso com as paredes
confessando o que vivi,
e o que ainda não vivi,
e elas me ouvem,
até respondem,
quando querem,
e eu também as ouço.
Confabulo,
leio meus poemas de amor.
As vezes, olho para o céu estrelado,
e beijo a lua,
que graciosamente me aparece.
Com as mãos vazias,
sem nada no corpo,
olhar longínquo,
e o coração
batendo bem lentamente,
quase parando,
sigo andando,
e pensando,
acho que isto é coisa
de poeta sem imaginação
para escrever.
O corpo se ocupa
do desocupado.
Não quero mais escrever,
as palavras já não mais
me satisfazem.
Gostaria somente de escrever
algo assim:

“ Estou sem tempo de escrever,
pois estou amando loucamente.
Quando esta insanidade passar,
volto, para relatar o que vivi.”

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