domingo, 26 de julho de 2009

Anjo negro

Sou vítima da eterna melancolia,
e no escuro da solidão da noite,
passei a amar a lua e as estrelas.
O despertar do dia me torna triste,
pois tudo tenho de enfrentar,
tenho de ser forte
e a todos tentar enganar.
O maior engano é meu.
Meu café da manhã
é uma taça de veneno,
que destilo aos pouquinhos,
em meu suicídio
talvez apareça a cura
do mal que possuo.
No silêncio da sepultura
pensarei no que falam de mim
e contestarei a todos
sem mais nenhum temor,
pois nada mais me podem fazer.
Os que tentarem algo,
rirei escancaradamente
em suas caras.
Já estou morto,
o que mais podem fazer contra mim.
Serei fantasma em vossas vidas,
assombrarei seus sonhos mais infantis.
Não lhes darei paz,
a paz que não me deram,
também não a terão.
Viverás em um mar de fogo,
no vale das sombras,
e eu serei o teu anjo soturno,
que te guiarei pelo vale da morte.

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