quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Mil Mortes





Mil mortes foram tangidas,
Na história de um alguém.
Foram tantas enormes feridas,
Que não existe mais ninguém.

Sumiu um enorme mundo,
Foi-se de tanto sofreguidão.
Um abismo de tão fundo
Engoliu meu coração.

E os sentimentos meus,
Que estavam ali, contidos.
Foram tomados por Zeus,
Deixando um mundo perdido.

Tudo agora é vazio,
Como uma eterna cegueira.
Ando como quem anda no fio,
No alto de cordilheira.

Sem pensar em nada,
Só se deixando levar.
Como boiando sobre água,
Levado onde ela me levar.

Mil mortes levo nas costas,
Além de todo sofrimento.
O desprezo de quem se gosta,
É o pior dos sentimentos.

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