quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Agonia





Se foram meus sorrisos,
Assim como as esperanças.
Nas sombras não me arrisco,
Tenho medo feito criança.

Os sonhos no chão jazem,
Como jaz meu único corpo.
As letras já não mais  fazem,
A alegria deste morto.

Um carinho inventado,
É sentido em todo corpo.
Parece um braço quebrado,
Levantando um peso, torto.

Lembranças na mente perdidas,
Sustentam o maldito ser.
Lambendo as próprias feridas,
Como nunca deveria ser.

A voz em silencio grita,
Buscando alguém encontrar.
Agonia em forma restrita,
Onde não deveria morar.

Contorço o corpo sofrido,
Pegando o que no ar  existe.
Um sonho outrora parido,
Foi o que me deixou tão triste

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