sábado, 1 de novembro de 2008

Musa ?

Para quem será que escrevo?
Quem será a pessoa que me inspira
a escrever tanto?
Será alguém de meu passado
e não digo o passado desta vida,
mas de outra vida?
Será alguém de meu futuro?
E como todo futuro é distante e incerto,
será que algum dia eu irei conhecê-la?
Será que também ela me procura?
Será que está ao meu lado
ou há meio mundo a nos separar,
ou ainda esta separação é maior,
estamos separados por outras vidas.
Não sei, mas agradeço-te por me fazer o que faz.
Agradeço a esta pessoa tão bela
e desconhecida.
Tão meiga, que habita meus sonhos e
minhas fantasias inalcançáveis.
Tão sutil e delicada,
tão cheia de vida,
que me dá vida
e vontade de viver.
A você, minha musa encantada,
que habita o castelo erguido em meu peito
só para você morar
e dominar todo meu corpo
como senhora absoluta de meu ser,
te agradeço.
Agradeço a oportunidade que me deste
de amar o impossível,
dedicar-me ao desconhecido.
Este amor sem retorno,
sem contato,
platônico,
como se fossemos duas estátuas
de mármore frio em um jardim qualquer,
uma de frente para outra
a admirar-se durante todo o tempo,
mas com uma distância enorme
e impossível de ser vencida.

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