sábado, 1 de fevereiro de 2014

Acorda poesia






Estava entalado na garganta,
E tinha de uma hora sair.
O que não trás esperança,
É melhor sumir daqui.

É um ato de liberdade,
É um ato delicado.
Falar a eterna verdade,
É melhor que ficar calado.

Escrever é arrancar,
Arrancar de dentro de si.
Palavras que vão sufocar,
Que vão te fazem sentir.

Elas saltam aflitas,
Se juntam  como elos.
As vezes nem são ditas,
Mas batem como martelo.

De tantos erros cometidos,
Alguns se tornam acertos.
São erros consentidos,
Erros que são sem medos.

Uns viram moradas,
Outros viram tormentos.
Uns varam a madrugada,
Outros viram lamentos.

Os versos congelam,
Em um só tema.
Falam do tempo em que eram,
E teimam em virar poema.

Não há palavras perdida,
Que foram soltas  no ar.
Talvez não a tenha recebida,
quem as deveria escutar.

Um dia quem sabe,
Por um pouco de sorte.
Um coração se abre,
E a poesia acorde.

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