O dia morre,
lentamente,
na figura do sol
que por trás da montanha
se esconde.
O céu vai ficando rubro,
como rubro é meu coração.
Esta agonia diária,
como fruto de promessa
de um novo dia que virá
na esperança de todos.
Aos poucos o negro da noite
vai tomando o céu,
como se estivesse fechando os
olhos
para descansar.
Sentado na sala
a tudo observo,
calado,
como deve ser,
só olhando,
admirando
esta morte lenta.
Aos poucos
pequenas luzes vão surgindo,
como vagalumes
a iluminar o céu,
cintilam de uma maneira
inconstante,
como inconstante é a vida.
O silêncio aos poucos vai
chegando,
sossegando o que há pouco
era uma agitação e balburdia.
Ao longe um som se perde
na calada noite,
todos dormem,
e eu continuo aqui,
sentado na sala,
observando,
calado,
como calado
é meu coração.
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