sábado, 5 de setembro de 2009

Ainda sou

Ainda sou poeta,
o meu poeta.
Fecharam minha boca,
mas meus olhos estão livres.
Meus poemas
são para minhas amadas,
que cantam comigo
as minhas canções.
Meus poemas são simples.
Falam de coisas da vida,
da vida perdida,
do tempo passado,
falam de mulheres mortas,
ou ainda não nascidas.
Falam de enfeites da alma,
falam de perfumes,
da essência.
Ainda sou poeta,
e não quero calar,
se calar minhas asas fecham
formado meu esquife.
Deixe solta minha alma.
Deixem soltas minhas asas.
Deixa solto meus pensamentos.
Minhas amadas me cercam.
Sinto o cheiro dos seus corpos,
e seus cantos místicos
invadem meus ouvidos,
despertando todas as palavras
que estão em mim.
Não mataram o poeta,
não mataram meus poemas,
mataram minha amada.

Um comentário:

  1. Muitas vezes, somos nós memo quem matamos o ser amado...

    Há momentos que queremos essa morte, mesmo que doa...

    E mesmo depois da morte, ainda derramos palavras em forma de poemas..

    Meu querido, um dia nublado, que confesso, não deixa nem um pouco
    otimista...rs

    Bom sábado para voce!


    Beijos!

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