Se fosse só o querer,
Já tinha a muito voltado.
Nem sempre se pode ser,
O tudo que foi sonhado.
Piso devagar,
Nos caminhos desta vida.
Com cuidado vou estar,
Para ganhar um novo dia.
A alma aqui não vive,
Teima em se soltar.
Vai prá lá onde já estive,
E dana de novo a voar.
No espelho que me via,
Há um desenho, esboço.
O canto que seduzia,
Nem de longe eu o ouço.
Busco nos escombros,
Um retrato do que sobrou.
O peso pesa nos ombros,
O fogo a tudo queimou.
Na pálida lembrança,
Só o intenso azul ficou.
Nos passos de uma dança,
Um tango se formou.
E no trágico passo,
O querer ficou.
Este nó eu não desfaço,
Pois foi Deus quem amarrou.
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