terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sou Banal

Sou um poeta banal,
igual a mim tem muitos,
a dar com pau.

O que escrevo tem objetivo fixo,
quem eu tento alcançar
não é muito ligado nisso.

Sou sombra do que era.
Via o que não existia.
O que era para ser visto eu nem percebia.

Estava, onde não estava.
E onde deveria estar
Não agradava.

Andava onde nunca andei.
Sonhava com que inventei.
Vi coisas que só eu sei.

Sou poeta que se diz um cara,
Um cara que se diz poeta.
A verdade está na cara e se não gostar sai da reta.

Vou tirar a magia dos olhos e você nem vai reparar.
Vou tentar matar parte dos sonhos
E deixar você livre ficar.

Sou senhor, sou escravo,
Sou louvor, e não me acho.
Sou calor, e não esculacho.

Tenho necessidade de palavras cálidas,
a falta do teu escrito,
deixa minha alma esquálida.

Isto me entristece
isto me aborrece,
a alma em mim um pouco padece.

Não adianta em um livro escrever,
virar a página,
e achar que ninguém vai ler.

Leia outros contos.
Ouça outros cantos.
Tenha outras vidas,de encontros e desencontros.

Voei alto demais, a cera de minhas asas derreteram,
Minha queda aos abissais
muitos nem perceberam.

3 comentários:

  1. Olá, amigo!
    Passei para matar a saudade do seu cantinho e da sua poesia.
    Boa semana!
    Beijinhos
    Itabira
    Brasil

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  2. seu mal...viver de ilusão. Seu bem, Ter o mesmo Deus que eu tb.

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  3. Sua poesia é sempre carregada de sentimentos, mas só te peço que saia da escuridão, do pré estabelecido, do programado, deixe o seu melhor aflorar, venha pra luz, aqui do lado de cá o sol brilha muito mais forte, só deixe com que seus olhos se acostumem!

    Muito carinho pra voce!

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