sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Buscando Orientação

A poesia simples,
Devaneios deste jovem senhor.
Já não tem mais requinte,
Já não tem mais ardor.

O tempo com suas marcas,
E a vida com seus pesares,
Afogaram em mágoas
Todos os seus sonhares.

O devaneio espairecia
A mente tão conturbada.
Da falta que tu fazia,
Da distância a nós implantada.

Agora, em si mesmo perdido,
As pernas não sabem para onde vão.
O corpo busca abrigo,
A mente só encontra escuridão.

Como eremita me isolo,
No alta da montanha de sonhos.
Nas nuvens me consolo,
Tentando fugir do medonho.

Embora não adiante,
De si mesmo fugir,
Da cabeça quero levante
No corpo forças reunir.

Brigue, lute, chore.
Grite, apele, console.
Arrisque, reze, implore.
Se lixe, palpite, descontrole.

Não fique parado,
Esperando tudo se resolver.
Não terás bom grado,
Se você não se mexer.

Busco a ajuda divina,
E também a ajuda terrena.
Tentar resolver esta sina,
Tentar sair desta cena.

Aos homens e anjos me entrego,
Com Fé de tudo se resolver.
Com meu Deus me pego
E dos homens quero seu saber.

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