quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Me Calarei

Em minha poesia,
já não tem mais o teu nome.
A tua imagem de fantasia
no tempo some.

Tento de ti não lembrar.
Tento de ti me refazer.
Tento de ti me livrar.
Tento e não consigo te esquecer.

Como nódoa marcante
Em minha alma estás impregnada.
Minha vida deve seguir adiante,
Não pode ficar estagnada.

O que falava com prazer,
E que você não ouvia,
Se perdeu na vontade do querer.
Foi verão sem andorinha.

Nunca mais te falarei,
As palavras que ainda guardo comigo.
Com força, de ti esquecerei.
Em outro canto procurarei abrigo.

Se o que falava complicava,
Ou não era entendido,
Deixarei que outras bocas falem
Talvez sejam mais compreendidos.

Que sua vida seja feliz
Em seus passeios vespertinos.
Continuarei sendo aprendiz
em minha trilha de beduíno.

O que traz o vento
aos ouvidos de muito longe,
Nunca será tormento
Serão sempre palavras de monge.

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