segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Fim do Amor?

Ontem encontrei o amor.
Ele estava meio cabisbaixo,
Muito triste, um horror.
Estava muito prá baixo.

A ele perguntei:
- O que foi que se passou?
Ele disse: - Meu amigo . . .
E então ele chorou.

Coloquei seu rosto no ombro
E o deixei chorar em paz.
Nesta hora não tem assombro
E nem palavras que satisfaz.

Depois das lágrimas vertidas,
E ainda a soluçar,
Ele maldisse a vida,
E falou em se matar.

- Suicídio não é solução.
Disse eu ao meu amigo.
As vezes é melhor o perdão,
é bem menor o perigo.

E com um olhar magoado
olhou-me de cima em baixo.
Falou: - A cura do complicado,
Onde é que eu acho?

Eu lhe disse em sussurro:
- Eu também não sei.
Se descobrir eu te juro,
Um dia lhe contarei.

Só sei que agora,
Não era de decisão.
Deixe passar esta onda
De mágoa e solidão.

E abraçou-me apertado
Colando seu peito ao meu.
Senti algo engraçado,
Parece que nada se perdeu.

Daquela conversa consolada
Saímos os dois a pensar.
Será que vale mesmo a pena
O coração se entregar?

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